Lula da Silva prometeu reconstruir o país, apostar na edução, reestabelecer a democracia e fortalecer a cooperação internacional. O novo presidente do Brasil falava, ontem, na cerimónia de tomada de posse.
Milhares de pessoas reunidas por uma causa, a tomada de posse de Lula da Silva, eleito com 51 por cento de votos contra os 49 angariados por Jair Bolsonaro.
O presidente eleito chegou ao Congresso Nacional, onde decorreu a cerimónia na viatura protocolar, para saudar ao povo brasileiro e reafirmar o compromisso de manter a ordem e progresso.
No seu primeiro discurso presidencial, no Congresso Nacional, Lula comprometeu-se a reconstruir o país. Mas para que tal aconteça defendeu a necessidade de prevalecer a democracia e a liberdade do povo.
Aliás, começou por lembrar o seu discurso de tomada de posse em 2022.
“Quando fui eleito presidente pela primeira vez, ao lado do José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra mudança. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos constitucionais. O direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação”, disse Lula
Lula reforçou que irá revogar os decretos editados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ampliaram o acesso a armas e munições pela população brasileira. “Que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer mais armas, quer paz e segurança para seu povo”, disse no discurso após tomar posse como 39º presidente da República.
Outra aposta de Lula será a educação, que deverá contribuir para a redução da criminalidade e circulação de armas. O presidente brasileiro quer colocar o país no mapa da economia mundial, e isso passa pelo fortalecimento das relações com os outros países, incluído os de África.
Ainda no seu discurso, Lula disse também que todos no País poderão exercer “livremente” sua religiosidade. “Sob a proteção de Deus, inauguro este mandato reafirmando que no Brasil a fé pode estar presente em todas as moradas, nos diversos templos, igrejas e cultos”, afirmou
Outro aspecto que não ficou de fora no discurso de Lula tem a ver com o fim do desmatamento na Amazónia. Para o presidente, o país deve investir em energia limpa, combater as mudança climáticas e massificar a agricultura.
Diferentemente das outras cerimónias de tomada de posse, desta vez, Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado por cidadãos de diferentes classes sociais, que representam “a riqueza e a diversidade do povo brasileiro”.
Lula recebeu a faixa presidencial das mãos de uma mulher afro-brasileira. Emocionado, Lula vestiu a faixa e saudou aos presentes na Praça dos Três Poderes, replecta de apoiantes.
