O Presidente do Brasil, Lula da Silva, chegou a Portugal, ontem, para uma visita oficial de cinco dias. Entretanto, a sua estadia é marcada por polémica, devido aos seus últimos pronunciamentos sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Em cerca de uma semana e meia, Lula da Silva cumpre uma maratona diplomática que atravessa continentes.
Esta sexta-feira chegou a Portugal, acompanhado de oito ministros, para uma visita oficial até o dia 25 de Abril.
O presidente brasileiro foi recebido pelo seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa.
Depois de cumprir vários momentos do protocolo, os presidentes foram ao Palácio de Belém, onde Lula da Silva depositou uma coroa de flores no túmulo de Luís Vaz de Camões.
Ainda no Palácio de Belém, Marcelo e Lula estiveram reunidos em privado e depois dirigiram-se à imprensa.
Lula da Silva reiterou as críticas à União Europeia, tendo sublinhando que se não faz a paz, contribui para a guerra. Por sua vez, Marcelo censurou a Rússia.
A vista do presidente do Brasil é marcada por polémicas, uma das quais, que resultam dos seus últimos pronunciamentos em relação à guerra na Ucrânia, primeiro feitos na China e depois em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde acusou os Estados Unidos da América e a União Europeia de prolongar o conflito, dando também a entender que a Ucrânia não teria sido um actor passivo no início da guerra.
As afirmações de Lula da Silva causaram insatisfação aos cidadãos ucranianos residentes em Portugal e, este sábado, manifestaram-se em frente a embaixada do Brasil, em Lisboa, e entregaram uma carta de protesto pelos pronunciamentos de Lula da Sila.
Em Portugal, Lula vai fechar acordos bilaterais na cimeira luso-brasileira e seguirá em viagem para a Espanha.