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Logística da Total baseada em Pemba

Quase toda a logística necessária para a exploração de gás natural liquefeito na Área 1 da Bacia do Rovuma, será feita a partir da baia de Pemba, a capital da província de Cabo Delgado. O facto foi confirmado pelo director geral da Total, multinacional francesa que lidera o projecto Mozambique LNG.

“Com certeza que o projecto Mozambique LNG também está a analisar todas opções para optimizar parte da sua cadeia logística, e poderá haver alguns serviços a serem efectuados em Mayotte, como uma base de apoio, mas o fundamental das operações offshore estarão baseadas aqui em Pemba, em Muxara e nas instalações dos CFM/PESCHAUD,” confirmou o director geral da Total Moçambique, Ronan Bescond.

Actualmente, de acordo com a fonte, decorrem obras para a construção da base logística da Total, em Muxara, um dos bairros da capital da província, ao mesmo tempo que os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), em parceria com a empresa PESCHAUD, remodelam o Porto de Pemba.

“Visitamos a base logística de Muxara que vai apoiar toda operação offshore, que prevê a perfuração de 18 poços segundo o plano de desenvolvimento. E também as operações offshore que vão ser desenvolvidas pela Technip FMC, a nossa contratada, para as operações offshore em águas profundas. Agora estamos no porto de Pemba onde a CFM e PESCHAUD vão providenciar apoio logísticos para carregar e descarregar navios e todos equipamentos que vão ser necessários para todas operações na área 1,” explicou Ronan Bescond, que também é vice-presidente do projecto Mozambique LNG.

Além de confirmar a instalação da base logística da Total na baia de Pemba, Ronan Bescond reafirmou o compromisso da multinacional em continuar com o processo do conteúdo local, que era uma das maiores preocupações levantadas pelos empresários da província, quando aperceberam-se da possibilidade de alguns serviços serem feitos a partir de Mayotte, um arquipélago francês do oceano índico situado a cerca de 500 km da costa de Cabo Delgado.

“Nós comprometemo-nos com as autoridades o gastar cerca de 2.5 biliões de dólares e ter cerca de 5 mil moçambicanos empregados nos nossos projectos. E estamos a pensar na formação desse pessoal, por isso, estamos a construir um centro de treinamento em Afungi, e estamos a preparar a construção do centro em Maputo, além de termos as empresas moçambicanas ou registadas em Moçambique, inclusive em parceria com a embaixada francesa oferecemos 40 bolsas de estudos para formação na área, e tudo isso demonstra o nosso compromisso com o conteúdo local”, tranquilizou Bescond.

Entretanto, nesta visita à província de Cabo Delgado, o director geral da Total Moçambique, escusou-se a falar sobre a situação de insegurança na província de Cabo Delgado, mas garantiu que não há mudança de planos para início de exploração de gás previsto para o ano 2024.

“O plano inicial continua para inicio da exploração em 2024 e estamos a trabalhar com o Governo para que esse objectivo seja alcançado,” concluiu Ronan Bescond.

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