O Ferroviário de Maputo partiu, esta segunda-feira, a Kigali, no Ruanda, onde vai disputar a primeira edição da Liga Africana de Basquetebol (BAL, na sigla em inglês), de 16 a 29 de Maio corrente. Milagre Macome leva consigo 13 jogadores, dos quais quatro estrangeiros.
É a primeira vez que será organizada pela FIBA-Africa em parceria com a NBA, a maior competição de basquetebol do mundo, que decorre nos Estados Unidos da América, e Moçambique estará representada pelo Ferroviário de Maputo, campeão nacional.
Depois de dois adiamentos devido à COVID-19, finalmente a prova vai arrancar e as equipas são todas esperadas esta terça-feira para se juntarem a uma bolha de combate à pandemia, que começa com um isolamento de seis dias, antes dos treinos e da competição, que deverá arrancar a 16 de Maio.
Os “locomotivas” da capital do país partem para esta prova sem rodagem, tendo em conta que nenhuma prova foi disputada no país nos últimos tempos. Ou seja, a última competição aconteceu em Março do ano passado, antes da sua suspensão, quando a pandemia da COVID-19 começou a assolar o país.
Este ano, com a autorização de retoma das competições, a Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo organizou o torneio Nutrição, mas apenas três jornadas foram disputadas. Vale isto dizer que, em um ano, o Ferroviário de Maputo leva para a Basketball African League apenas três jogos de controlo.
Na hora da partida, o treinador dos “locomotivas” de Maputo, Milagre Macome, não prometeu milagres nesta participação, mas garante que a equipa está moralizada e motivada para procurar alcançar bons resultados na Região Nilo da BAL, designação do grupo no qual está integrado o representante moçambicano.
“Como sabem, não tivemos nenhuma competição que nos desse a rodagem de que precisávamos para esta competição, mas temos que estar presentes e temos que procurar representar condignamente o país e o clube”, referiu Macome para quem o sucesso desta participação deve ser repartido por todos os moçambicanos, no sentido de que todos devem apoiar a equipa, porque “não vamos representar somente o Ferroviário de Maputo, mas o país no seu todo”.
MACOME LEVA 13 JOGADORES À PROCURA DE MILAGRE
Para esta empreitada da Liga Africana de Basquetebol, o Ferroviário de Maputo leva consigo 13 jogadores a Kigali, encabeçados por Custódio Muchate, que será o capitão. Os restantes jogadores moçambicanos são os extremos Manuel Uamusse, Stélio Rodrigues, Yuran Biosse, Hugo Martins e o extremo/poste Milton Caifaz. Outro poste é Inélcio Chire, para além dos bases Baggio Chimonzo e Muhambi Maculane. Do estrangeiro, vêm reforçar o Ferroviário de Maputo os extremos Álvaro Manso e D’Marcus Holland, o poste Adjehi Baru e o base Myck Kabongo, sendo que estes três últimos só se juntam aos “locomotivas” em Kigali, esta terça-feira.
Milagre Macome diz confiar nos jogadores que leva para esta competição, porque são os que estão em melhores condições e lamenta o facto de não ter tido a oportunidade de ver de perto os estrangeiros, que só se juntam ao grupo em Kigali.
Entretanto, Macome diz estar confiante que vão saber honrar a camisola do Ferroviário de Maputo e se mostrarem aos amantes do basquetebol mundial.
FERROVIÁRIO DE MAPUTO, KIGALI, LIGA AFRICANA DE BASQUETEBOL