Início de estação entusiasmante das “locomotivas” na marcha rumo à renovação dos títulos de campeão da cidade de basquetebol em seniores femininos. Havia, há e haverá sempre expectativas quanto ao seu desempenho, tendo, certamente, em conta o domínio avassalador ao nível de basquetebol nacional e internacional.
Ultrapassada a questão meramente burocrática de formação de elementos ligados ao processo de testagem, uma das premissas para a realização de competições desportivas, a bola foi ao ar nos pavilhões da capital.
Em modo heptacampeão accionado, e na ressaca das festividades do 97° aniversário do clube, o Ferroviário de Maputo “A” atingiu a “chapa 100” no duelo com o seu homónimo “B”: 104-26. As bicampeãs africanas de clube preparam-se, nesta altura, para atacar o “tri” na Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores femininos, prova a realizar-se em Dezembro, em Luanda, Angola.
Nasir “Nelito” Salé agradece a retoma das provas, até porque poderá conferir algum ritmo competitivo às suas jogadoras que terão, certamente, o Inter Clube, vice-campeão, como principal oponente na Taça dos Campeões Africanos.
Adversário de peso no Campeonato da Cidade, não fosse vice-campeão, o reforçadíssimo Costa do Sol ficou de fora devido ao número ímpar de equipas (7). Destaque, nesta ronda, para a A Politécnica que venceu a estreante Lazio, por 47-27.
No embate entre vizinhos e históricos, sensaborão até pelo facto de não apresentarem formações renovadas face a razia que sofreram após conquistar África e ganharem tudo no país, o Maxaquene bateu o Desportivo Maputo por 45-26.
Pressionada pelos clubes, filiados que exigiram mais jogos dados o investimento que fizeram, a Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo optou por uma prova disputada num sistema de todos contra todos em três voltas, seguindo-se os “play-offs” até a final.
FERROVIÁRIO E COSTA DO SOL NÃO FACILITAM
E o Ferroviário de Maputo, vice-campeão em título, não teve dificuldades para derrotar o seu “irmão” Ferroviário “B” por 79-39.
Os campeões nacionais controlaram todos os quartos do jogo diante de um conjunto que apenas participa na prova para rodar jogadores. Ou seja, não entra nas contas das formações que vão lutar por uma vaga na “poule” de apuramento da zona sul à Liga Moçambicana de Basquetebol.
Com dose maior de mérito, o Costa do Sol, vice-campeão da cidade, derrotou o Desportivo Maputo, que se fez à quadra sem treinador. Não tem culpa o conjunto de Miguel Guambe da falta de pagamento de salários a Horácio Joaquim Martins, treinador do GDM.
Vencedora da prova em 2019, ano em que bateu o Ferroviário de Maputo por 3-1 no “play-off” da final a melhor de cinco, a A Politécnica iniciou a defesa do título com vitória diante da Universidade Pedagógica, por 78-51. O outrora gigante Maxaquene “despachou” o Aeroporto com “chapa 100”: 102