O Município de Maputo diz ter certeza de que a lixeira de Hulene será encerrada definitivamente em 2028. Sobre o bombeamento de água da chuva em zonas inundadas da cidade, a edilidade diz ser um método definitivo, que só falha por falta de recursos como combustível.
A última informação sobre a lixeira de Hulene era a de que ia continuar operacional até 2026. Nesta sexta-feira, a edilidade explicou que o seu encerramento é um processo que se inicia com o fim da construção do aterro de KaTembe, em 2027.
“Antes de encerrar a lixeira de Hulene, temos de ter um novo sítio onde a colocar, e, de acordo com o programado, até 2027, teremos o aterro (em KaTembe) concluído e em funcionamento”, explicou o vereador de Infra-Estruturas e Salubridade, João Munguambe.
Segundo o vereador, depois disso, uma série de processos devem ser realizados para se considerar que a lixeira está encerrada. Todavia, João Munguambe garante o encerramento “até finais de 2028, mas isso pode acontecer antes”.
Em 2022, o Conselho Municipal de Maputo disse estar em pouco mais de 62% o nível de execução dos processos para o encerramento da lixeira, que agora diz ser não passar de 2028.
“É uma questão de certeza, e nós temos certeza que, no decurso de 2028, estaremos a trabalhar nisso, e até ao final nós termos concluído esta actividade”, declarou.
No segundo dia da reunião da Assembleia Municipal, dedicada à sessão de perguntas e respostas da edilidade, a questão das inundações urbanas também foi assunto.
Actualmente, o Município de Maputo diz ter cinco sistemas de bombeamento de águas da chuva e esclarece que os sistemas não são soluções provisórias ou paliativas, mas definitivas.
“Construiu-se uma narrativa segundo a qual o sistema de bombeamento de águas, que o município, até ao momento, colocou em cinco bairros, é um uma solução paliativa, mas é uma solução definitiva”, revelou o presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal de Saneamento e Drenagens, Borges Silva, que a seguir exemplificou: “Enquanto a chuva decorre, accionamos as bombas e vamos retirando as águas, impedindo-as de entrar nas zonas e afectar famílias.”
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal de Saneamento e Drenagens admite, entretanto, que o sistema de bombeamento de águas falha e justifica com a falta de recursos.
“O que acontece é que o Conselho Municipal não tem recursos para assegurar que em cada tempo possamos pôr dois ou três sistemas para resolver, em curto espaço de tempo, o problema de água. Neste momento, temos desafios de combustível para operacionalizar as bombas, o que nós podemos melhorar no futuro e provavelmente meter uma electrobomba”, disse Borges.
Questionada sobre o estágio actual do Cine-Teatro Gil Vicente, a edilidade disse que está à procura de um parceiro privado para o reabilitar e que pretende lançar um concurso público ainda neste semestre para o efeito.
O edil de Maputo preferiu esclarecer sobre o sistema de drenagem da baixa da cidade. “Nos meses que passaram, houve trabalhos em pontos altos da cidade, que vão culminar com aquele ponto baixo da cidade”, disse esclarecendo que o foco do município é tornar o sistema de drenagem eficiente.
Transporte público, saúde e habitação formam, também, assuntos no último dia da Assembleia Municipal.