As infra-estruturas desportivas continuam a ser a prioridade dos clubes neste período de paragem da prática do desporto, derivada da pandemia do novo coronavírus. Depois do Estádio da HCB, em Songo, que está a receber trabalhos de melhoramento do relvado, balneários, vedação e acessos, agora é o Estádio Municipal 1º de Maio, em Lichinga, que está a beneficiar de trabalhos de melhoramento com vista a acolher jogos do Moçambola.
Depois da colocação da relva sintética, que foi uma das promessas cumpridas do presidente da República, Filipe Nyusi, durante a campanha eleitoral para as eleições de Outubro de 2019, agora seguem-se os balneários, bancadas e outros aspectos, para que o mesmo esteja em condições de acolher jogos da alta roda do futebol moçambicano.
Para já, o estádio necessita de ter quatro novos balneários, sendo dois para as duas equipas em campo, um para os árbitros e outro para a tribuna de honra, para além de melhorar as bancadas, os acessos e a vedação.
É pensando nestas melhorias que o Conselho Autárquico de Lichinga, entidade gestora do campo, já lança pedidos de apoio para ter fundos necessários para todos os trabalhos. Luís Jumo, presidente do Conselho Autárquico de Lichinga, fala de cerca de dois milhões e quinhentos mil meticais para os acabamentos necessários. “Precisamos de cerca de 2.5 milhões de meticais para resolver todas as questões dos balneários, incluindo das bancadas e da iluminação do próprio campo”, revelou o edil ao jornal electrónico olho clinico.
O valor, ainda de acordo com Luís Jumo, será também usado para a colocação de uma vedação ao redor do campo, que vai permitir mais protecção aos jogadores diante dos adeptos.
Actualmente decorrem trabalhos de acabamento e do detalhe da finalização da colocação da relva sintética para deixar o piso em condições de voltar a acolher jogos de futebol.
O Estádio 1º de Maio de Lichinga dispõe, neste momento, de apenas um balneário para o público e duas torres de iluminação funcionais, mas que precisam de manutenção.
Para além da colocação da relva sintética, decorrem também as obras de pavimentação do acesso ao Estádio Municipal 1º de Maio, num troço de 750 metros, bem como a construção de um parque de estacionamento para os intentes. As obras estão orçadas em mais de 39 milhões de meticais, financiados na totalidade pelo Conselho Autárquico de Maputo.
O campo voltará a acolher jogos do Moçambola, este ano, como casa do Ferroviário de Lichinga, que ganhou o direito de disputar o principal campeonato nacional de futebol, depois de conquistar o campeonato da segunda divisão, zona norte, no ano passado.
Infra-estruturas desportivas como centros de internamentos da COVID-19
Ainda relacionado às infra-estruturas desportivas, as autoridades sanitárias da capital do País, Maputo, pretendem recorrer aos pavilhões para a instalação de centros de apoio e internamento de pacientes que venham a ter sintomas mais graves da pandemia da COVID-19, em caso de alastramento, como forma de auxiliar o Serviço Nacional de Saúde.
Assim, são os pavilhões de Maxaquene, Estrela Vermelha, Malhangalene e Académica os que estão a ser estudados como possíveis locais para internamento, numa acção que inclui outros empreendimentos, segundo explicou Rosa Marlene, Directora nacional de Saúde Pública. “Não são somentes infraestruturas desportivas que estamos a analisar, mas estamos a ver outras infraestruturas. Mas não está de todo certo que vamos usar esses pavilhões porque não queremos chegar ao extremo de termos casos mais graves e em grande escala, por isso apelamos ao cumprimento das medidas de prevenção para não termos que usar estes empreendimentos”, disse Rosa Marlene.
Para já, o único centro instalado para acolher pessoas graves padecendo da pandemia do novo coronavírus é o centro de saúde da Polana Caniço.