As autoridades venezuelanas libertaram 76 adolescentes detidos nos protestos pós-eleições presidenciais de Julho, nas quais o Presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor.
A informação foi revelada pelo Fórum Penal, organização não-governamental venezuelana, que acrescentou que os adolescentes pertenciam a oito estados da Venezuela, nomeadamente: Guárico, Barinas, Lara, Bolívar, Táchira, Portuguesa, Yaracuy e Caracas.
Na mesma nota, a organização disse condenar o facto dos adolescentes terem sido privados da sua liberdade por “defenderem a sua forma de pensar, e que eles e as suas famílias tenham tido de viver dias de angústia e dor”.
O Fórum Penal denunciou que os menores foram sujeitos a detenções arbitrárias e abusos no contexto do direito de protesto pacífico, e exigiu a “libertação imediata” dos adolescentes que ainda continuam detidos.
A 29 de agosto, foram também libertados outros 16 adolescentes detidos durante os protestos. Até sábado, o Fórum Penal contabilizava 1.780 detenções desde 29 de julho, incluindo 1.550 homens e 230 mulheres, com 114 adolescentes na lista.
A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as actas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.