O Presidente da República, Filipe Nyusi, esteve, hoje, em Cabo Delgado onde testemunhou a assinatura do memorando para a implementação do Projecto de Emergência em Cabo Delgado, orçado em 100 milhões USD com a previsão de beneficiar 324 mil moçambicanos.
O acordo, hoje assinado em Cabo Delgado, vai colocar a experiência e o conhecimento das Nações Unidas ao dispor do Governo de Moçambique, que terá a Agência do Desenvolvimento do Norte (ADIN) e Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) como a contraparte da coordenação e implementação das actividades previstas.
Na ocasião, Nyusi destacou que a assinatura do acordo entre o Governo de Moçambique e o braço das Nações Unidas para a implementação do Plano de Resposta e Emergência representa um investimento de 100 milhões de UDS financiados pelo Banco em regime de donativos.
O Chefe do Estado explicou que este investimento faz parte de um pacote global de cerca de 1.1 mil milhões USD a serem aplicados na região norte do país.
Com o valor, serão construídos, nos distritos de acolhimento dos deslocados e distritos afectados, 800 salas de aula, 10 hospitais, 43 sistemas de abastecimento de água, 200 casas para professores, 136 infra-estruturas comunitárias (desportivas e sociais), 20.000 latrinas melhoradas e 40 casas de banho públicas.
Filipe Nyusi disse que, num curto prazo, o Governo deverá concluir os programas de desenvolvimento a serem financiados no pacote global que totaliza pouco mais de mil milhões de dólares americanos.
Um dos aspectos partilhados, hoje, refere que, no centro deste plano, está o programa de assistência social produtiva que tem o objectivo de retirar famílias em situação de vulnerabilidade para a condição de autossuficiência, através de inclusão económica.
“Rejeitámos a violência e todo o tipo de chantagem como modo de vida. A segurança será nossa prioridade que se reflecte num plano completo para derrotar e desarmar os terroristas, tendo como principal objectivo o retorno à normalidade nos distritos afectados’’, afirmou o Presidente da República.
“Temos a consciência de que esse plano exige coragem, determinação, persistência e o tempo necessário que compreende, primeiro, a capacitação e modernização das nossas Forças de Defesa e Segurança e, segundo, a correcta escolha pelos moçambicanos do tipo de apoios provenientes dos nossos amigos e países vizinhos perante a ameaça’’, sublinhou.