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Lançado pré-concurso para segunda fase das obras de protecção costeira da Beira

Foi lançado, esta quinta-feira, 13 de Fevereiro, o pré-concurso para a reabilitação da segunda fase de protecção costeira da Cidade da Beira. O primeiro concurso, lembre-se, foi anulado pelo facto dos financiadores da obra terem rejeitado o empreiteiro seleccionado pelo Governo moçambicano. 

É uma nova fase do tão propalado, delicado e ambicioso projecto de protecção costeira da Cidade da Beira. Depois de, em meados de 2024, o Banco Mundial e o KFW da Alemanha terem rejeitado o empreiteiro seleccionado pelo Governo moçambicano, para a execução das obras de protecção costeira da Beira, na província de Sofala, procedeu-se, quinta-feira, 13 de Fevereiro, o lançamento do segundo concurso. O facto acontece depois do empreiteiro seleccionado na altura não ter reunido os requisitos básicos exigidos num concurso internacional. Agora, há que ter em conta estes procedimentos. 

“Que eles não tenham surpresa, amanhã, no sentido de dizer que não conhecem o sítio, não dimensionaram de onde vêm os materiais, que tipo de obras devem ser feitas e a ligação que deve ser feita com as infraestruturas existentes. Então, é preciso que eles tenham oportunidade neste concurso, visitando o local da obra e tirando as  dúvidas que forem necessárias”, explicou Carlos Laisse, coordenador-adjunto do projecto. 

Uma das acções levadas a cabo para evitar a repetição do cenário do ano passado foi a interacção entre o Município da Beira e o Governo, representado pela Administração de Infraestruturas de Águas e Saneamento e potenciais empreiteiros na orla marítima da Beira. 

Tal visava aferir o trajecto de onde a obra será executada e ter em conta as dificuldades que, eventualmente,  os empreiteiros poderão encontrar, bem como os tipos de intervenção necessárias. 

“Os empreiteiros não perceberam, de todo, as exigências deste processo de concurso. O concurso desenvolve-se ao longo de uma orla marítima, e eles apresentaram  alguma experiência de obras realizadas dentro do continente, isto é,  em zonas das lagoas. É por isso que não foram elegidos para executar as obras”, acrescentou. 

A segunda fase das ondas de protecção costeira inclui, segundo a explicação, a construção de um muro resiliente face às mudanças climáticas e obras como dunas. 

“Isto é para trazer aquilo que é o ambiente. É preciso perceber que estamos numa zona em que a erosão é bastante alta. Então, é preciso fazer esta miscelânea da parte verde, para garantir a mitigação do efeito estufa”, disse Albano Cariz, edil da Beira. 

A erosão costeira já danificou várias infraestruturas, desde estradas e edifícios públicos e privados. As obras devem fazer face a estes danos. 

“Tenho a plena certeza que, até Março, poderá haver a abertura do concurso. Provavelmente, este ano, poderemos ter o arranque das obras”, frisou Cariz.

cerca de 60 milhões de dólares.

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