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Lançada pedra para construção da segunda maior central solar de Moçambique  

O Chefe de Estado, Filipe Nyusi, lançou esta sexta-feira a primeira pedra para a construção da Central Solar de Metoro, no distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado. Trata-se da segunda maior infra-estrutura de género em Moçambique, a seguir à central de Mocuba.

A central será erguida numa área de aproximadamente 140 hectares e vai injectar 30 megawatts na rede de distribuição nacional. Ganhos neste sentido notar-se-ão no terceiro trimestre do próximo ano, segundo o Presidente da República.

De acordo com Filipe Nyusi, durante as obras, mais de 380 pessoas terão emprego.

A Central Solar de Metoro enquadra-se no plano de expansão de infra-estruturas de geração de energia renováveis.

Neste quadro, o Executivo está a trabalhar para garantir o aumento da disponibilidade de energia eléctrica, promovendo investimento público e privado em novas infra-estruturas que assegurem o incremento da capacidade instalada em pelo menos 600 megawatts nos próximos quatro anos, disse Filipe Nyusi.

A materialização do projecto ora lançando, bem como de outros já em funcionamento, vai contribuir para fazer face ao aumento da demanda nacional no que à corrente eléctrica diz respeito.

A aposta no sector de electricidade “reitera o compromisso do meu Governo com os planos de mitigação das mudanças climáticas, que tantos danos têm causado ao planeta, em particular ao nosso país”, disse o Chefe de Estado.

A Central Solar de Metoro vai melhorar a qualidade e segurança no fornecimento de energia eléctrica, bem como sustentar os planos de expansão para vários postos administrativos e localidades, “atendendo a procura na região norte” do país, afirmou Nyusi, reiterando o plano de electrificar “todos os postos administrativos” até ao fim desde ciclo de governação.

A infra-estrutura ora em construção constitui um marco por ser a primeira que vai garantir a produção em escala e implantada em Cabo Delgado.

A seguir a este empreendimento, o Governo vai lançar a primeira pedra para a edificação da Central Solar de Cuamba, no Niassa. “Queremos pôr Cuamba com autonomia de produzir a própria energia”. Aliás, segundo o Chefe de Estado, ainda em Cabo Delgado será instalada uma central em Mecúfi.

Por sua vez, o embaixador da França em Moçambique, David Izzo, disse que assim que a Central Solar de Metoro entrar em funcionamento, “cerca de 135 mil moçambicanos terão acesso à electricidade”.

A central vai trazer benefícios sociais e ambientais, na medida em que será possível evitar 49 mil toneladas de CO2, por ano. Igualmente, a emissão de gases com efeito na estufa será significativamente reduzida, contribuindo na luta contra as alterações climáticas, afirmou o embaixador.

Parte das receitas provenientes da Central Solar de Metoro será destinada a projectos comunitários, segundo um plano de identificação de necessidades prioritárias a ser desenhado, segundo explicou David Izzo.

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