O Governo decidiu passar a companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) para uma comissão de gestores internacionais a partir deste mês. Tal comissão tem entre seis meses a um ano para tirar a empresa dos resultados no vermelho.
Segundo o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, os gestores internacionais deverão trabalhar com os nacionais.
Depois de a empresa se estabilizar ou ter a situação financeira melhorada, tomar-se-á uma decisão sobre o seu futuro.
Se o Governo tivesse decidido vender a LAM hoje, o seu valor de venda seria muito baixo, daí que se decidiu avançar pelo modelo de uma comissão de gestores internacionais.
Neste momento, a companhia aérea tem uma dívida de cerca de 300 milhões de dólares, o que, comparado aos seus níveis actuais de resultados e à sua capacidade de financiamento, a torna completamente insustentável. Na situação em que se encontra, Mateus Magala diz que nenhum empresário estaria disposto a comprar a empresa a um valor competitivo no mercado.
Essencialmente, na nova estrutura, quem estará no topo de direcção é o ministro dos Transportes e Comunicações e o presidente do Conselho de Administração do Instituto para Gestão das Participações do Estado (IGEP), seguidos pelo vice-ministro dos Transportes e Comunicações e depois a comissão de gestores internacionais.
Segundo a opinião dos gestores contratados para avaliar a situação da LAM, a empresa tem ainda nome relevante e uma história, que não deve ser perdida.