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Kombo de Frank Paco em cena no Mercado de Música do Oceano Índico

A banda do baterista moçambicano Frank Paco actuou, esta terça-feira, no Mercado de Música do Oceano Índico, um evento que decorre entre 30 de Maio e 2 de Junho. O trio Kombo existe desde 2019 e mistura o jazz com ritmos tradicionais.

 

A banda que mistura jazz e tantos outros ritmos musicais é recente. Embora se tenha formado há dois anos, a qualidade musical dos Kombo permitiu aos integrantes Frank Paco (bateria), Melanie Bourire (vocalista e instrumentais) e Lise Van Dooren (teclado), esta terça-feira, subir ao palco do Le Kerveguen, no segundo dia do Mercado de Música do Oceano Índico (IOMMa), evento que decorre na Cidade de Saint-Pierre, na Ilha Reunião.

A actuação da banda de Frank Paco, que vive na Ilha Reunião há algum tempo, durou, como tem sido habitual no IOMMa 2022, meia hora. Nesse intervalo temporal, o trio interpretou quatro músicas, que oscilam entre o que se pode considerar um jazz africano e outras sonoridades do continente. Com efeito, no Le Kerveguen ouviu-se uma mistura de músicas, às vezes, tocadas em jeito remixes.

Conforme explicou Frank Paco, momentos depois do espectáculo, sendo aquele evento um mercado de música, “quisemos escolher aquelas músicas que dariam bom impacto, para que as pessoas presentes pudessem escolher o nosso trabalho”. Com isso, adicionou, o propósito do trio composto por um moçambicano e duas francesas, todos residentes na Ilha Reunião, foi o de fazer com que os consumidores da música africana se interessassem em investir na sua música. Por exemplo, contratando-os para outros espectáculos. Considerando o nível de oferta do IOMMa, Kombo investiu numa sonoridade particular. Suave e apresentada numa actuação ascendente em termos de protagonismo e do impacto sonoro no auditório.

Questionado sobre o que os Kombo já conquistaram de 2019 a esta parte, Frank Paco respondeu que as pessoas têm sido acolhedoras. Inclusive, têm conseguido trabalhar com muita gente importante. Além disso, o baterista moçambicano que não passa despercebido de La Réunion, a forma como é chamada a Ilha Reunião pelos franceses, revelou que, neste momento, encontra-se a escrever e a descobrir os ritmos locais. Por isso, assumiu que o próximo disco terá influências daquela região francesa localizada no Oceano Índico, mais ou menos a cinco horas de voo de Maputo.

Em dois anos de existência, Kombo gravou um disco de vinil, intitulado Tizan Amare. A obra discográfica foi produzida pela Run Run Records, sedeada a poucos quilómetros do centro da Cidade de Saint-Pierre, onde o IOMMa decorre até 2 de Junho com forte representação de uma delegação moçambicana constituída por representantes do Conselho Municipal de Maputo, da Khuzula Investimentos e da Associação IVERCA.

 

 

 

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