O antigo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi condenado definitivamente a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influências, um dos quais deverá passar com uma pulseira electrónica. O Supremo Tribunal de Justiça francês rejeitou, esta quarta-feira, os recursos apresentados por Sarkozy.
Aos 69 anos, Nicolas Sarkozy foi considerado culpado de corrupção e tráfico de influências, e será agora chamado, num prazo inferior a um mês, a comparecer perante um juiz de execução de pena, que determinará os termos e condições da pulseira eletrónica.
Além disso, o antigo presidente ficará impedido de concorrer a cargos públicos durante três anos.
Em reacção, o advogado de Sarkozy diz-se inconformado e garantiu que o seu cliente vai cumprir a sua sentença final, mas que ainda vai recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
A sentença ocorre no momento em que o antigo inquilino do Palácio do Eliseu deverá comparecer em Paris, a partir de 06 de Janeiro, durante quatro meses, num processo que envolve suspeitas de financiamento líbio da sua campanha presidencial de 2007.
No chamado caso das escutas, Sarkozy e o seu advogado terão subornado um alto magistrado do Tribunal de Cassação para obter informações sobre um outro caso de financiamento ilícito da sua campanha, em que o antigo Presidente conservador estava envolvido.
A decisão da primeira instância foi divulgada em 2021 e resultou na condenação de Sarkozy à mesma pena. Já em 2023, a segunda instância tinha rejeitado o recurso da pena apresentado pelo antigo Presidente.
Para além de Sarkozy, o seu advogado Thierry Herzog e o magistrado Gilbert Azibert também viram a sua condenação confirmada pela última instância no mesmo caso.