O País – A verdade como notícia

Júlio Carrilho diz que Estado devia ter tomado cuidado antes das nacionalizações

A Estratégia da Nacionalização do Parque Imobiliário, em 1976, não foi bem pensada e o Estado devia ter tomado cuidado antes de seguir com a ideia. Quem assim defende é Júlio Carrilho, antigo Secretário de Estado da Habitação no Governo de transição.

Passam hoje, 44 anos depois das nacionalizações dos cerca de 70 mil imóveis que pertenciam aos colonos portugueses no país. A decisão foi tomada, pelo então presidente Samora Machel, uma vez que grande parte dos moçambicanos não vivia nas zonas urbanas e era momento de restituir ao povo o direito que lhes tinha sido negado pelas autoridades coloniais.

Segundo recorda o antigo secretário de Estado da Habitação no Governo de Transição, as nacionalizações não foram programadas. Os portugueses, porque não queriam ser dirigidos por moçambicanos, decidiram voltar para sua terra, abandonando assim, os imóveis.
Com as nacionalizações, foi criada Administração do Parque Imobiliário do Estado (APIE) e Carrilho defende que esta medida não foi                                                                              bem pensada pelo Estado, visto que o Governo e o povo não estavam preparados para a nova realidade.

44 anos depois APIE tem controlo, apenas, de 4.600 casas, sendo que as outras foram vendidas ao longo dos anos.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos