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Jovens entre 20 e 40 anos são os mais afectados pela hepatite no país

Em Moçambique os jovens na faixa etária dos 20 aos 40 anos de idade são os mais afectados pelas hepatites do Tipo-B e Tipo-C, sendo que a sua prevalência é maior nos homens.

 

Segundo a médica, Lina Cuna, que falava hoje, durante o Programa Tarde Informativa da STV, no âmbito da reflexão sobre o dia Mundial da Luta Contra as Hepatites, “estudos muito recentes indicam que a doença afecta mais indivíduos jovens, dos 20 aos 40 anos e a prevalecia é maior nos homens, com 11 por cento e nas mulheres com seis por cento”.

A Hepatite é uma doença causada por um vírus que irrita e inflama o fígado. Não muito falada em relação as outras, como o HIV, a Malária ou Tuberculose, mas é bastante perigosa e é a segunda maior causa de morte, entre as doenças infeciosas, depois da tuberculose.

Num comunicado do Ministério da Saúde enviado à redação do “O País” consta que existem vários tipos de hepatite, mas as predominantes no país são as do tipo-B e tipo-C, sendo que a prevalência é estimada em 7 % na população e 0,8 por cento, respectivamente.

Algumas pessoas não manifestam sintomas, enquanto que em outras, os sintomas mais comuns são a tonalidade amarela da pele e da parte branca dos olhos, falta de apetite, vómitos, fadiga, dor abdominal ou diarreia.

O comunicado refere ainda que a hepatite pode ser temporária (aguda) se a duração for inferior a 6 meses, ou de longa duração (crónica), se for de duração superior a 6 meses, dependendo da sua duração, quer inferior ou superior a seis meses.

Por isso, o médico Gastroenterologista, Muhammad Ismail, chama atenção para as formas de prevenção, como as vacinação em crianças, o uso do preservativo, redução no consumo de álcool, a não partilha de objectos cortantes, entre outras.

“Existe uma vacina que previne a Hepatite B, mas infelizmente não tem cura, para hepatite C não existe vacina, mas tem cura, existe um tratamento curantivo, apesar da hepatite B não ter cura, ela pode ser controlada com medicação”.

O Gastroenterologista diz que é preciso que os pacientes, logo que sejam diagnosticados, façam o tratamento adequado de modo a que impeçam a progressão para cirrose (quando o fígado é destruído) ou em casos mais graves o cancro do fígado.

No mundo existem nove vezes mais pessoas infectadas com as hepatites em relação ao HIV. E esta doença afecta 325 milhões de pessoas e causa a morte de 1,4 milhão de pessoas por ano.

Este ano, a data é celebrada sob o lema “Futuro livre das Hepatites”.

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