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Jovens devem lutar pela independência económica do país, Chipande

Foto: O País

Alberto Chipande diz que o terrorismo em Cabo Delgado é uma tentativa de pilhagem dos recursos minerais e que a juventude não deve ficar alheia à esta realidade. O general na reserva e combatente da luta de libertação insta, ainda, os jovens a lutar pela independência económica do país.

Numa palestra que durou pouco mais de três horas, Alberto Chipande tinha como missão explicar aos jovens o valor do patriotismo e mostrar quais são os desafios para a juventude nos dias de hoje.

O combatente da luta de libertação nacional reviveu e contou os momentos épicos para a conquista da independência nacional, em 1975.

“A luta da libertação nacional foi para a defesa da integridade territorial e não só conquistamos e o direito de autodeterminação. Os colonos já foram, deixamos de ser portugueses. Eu não sou português e vocês, também, não são. Quem conquistou a independência foi a Renamo, MDM ou sociedade civil?” questionou retoricamente, Alberto Chipande, combatente da luta de libertação nacional, dando, seguidamente, a resposta: “foi a Frelimo”.

Ora, estes são trechos da missão dos jovens de 25 de Setembro de 1964, mas os tempos são outros e os desafios da juventude, também.

“Não fiquemos só com a Independência. Agora, temos que nos unir todos em torno da libertação económica. Para a independência, não lutámos de forma isolada. Lutámos todos. Agora, para a economia, se quisermos lutar um por um, tribo por tribo e zona por zona, nunca vamos conseguir”, alertou Alberto Chipande, membro da comissão política do partido Frelimo.

Para alcançar a independência económica, o general na reserva diz que a juventude deve apostar na educação, não ficar alheia às novas tecnologia e não aceitar migalhas.

“Estudem e pesquisem. Tudo, hoje, é pesquisa. E vamos mudar, completamente, o nosso Moçambique. Dominem a ciência, a tecnologia para a agricultura, educação, saúde e todos os sectores. Dominem isto”, sublinhou, Alberto Chipande, num discurso com desabafo à mistura: “chega da dependência, mas quem deve dizer isso são vocês. Não aceitar migalhas e esse acabou depende de vocês. Não deixarem pessoas vos roubarem. Agora, crie mentalidade de toma dá. Quer gás, dá e se não tem vá lá. Quer ouro, toma e dá. Se não tem, vai lá”.

E para o general na reserva, não restam dúvidas de que o terrorismo em Cabo Delgado pelos recursos naturais, daí que pede aos jovens que sejam vigilantes e não se juntem ao grupo terrorista.

“Mas nunca vão tomar o gás de Cabo Delgado e muito menos o petróleo. É por isso que estamos a combater. Há três anos, mas não conseguem. Não temos armas, não temos nada, mas não vão conseguir. Toma, dá porque lá não há tribalismo. Não há regionalismo. Somos moçambicanos que estamos a combater. São moçambicanos que se deslocam para outras províncias e são apoiados. São jovens de todo o país que vão para lá sacrificar-se. Por isso eles (os terroristas) não vão conseguir”, disse Chipande, num tom de convicção.

O membro da comissão política da Frelimo, combatente da luta de libertação nacional e general na reserva fala, este sábado, na Escola do Partido, na palestra subordinada ao tema: Desafios e Perspectivas da Juventude Moçambicana nos dias de hoje, organizada pela OJM.

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