Miwa Sado, jornalista na estação pública do Japão NHK, morreu depois de ter feito 159 horas extraordinárias mensais, tendo apenas tido dois dias de folga num mês. O excesso de trabalho da jornalista de 31 anos fez com que esta tivesse sofrido um ataque cardíaco fatal, conta o The Guardian, citado pelo Notícias ao Minuto.
Foi a própria empresa a tornar o caso público. A jornalista morreu, três dias, depois de cobrir as eleições da assembleia da área metropolitana de Tóquio e as eleições para a câmara alta do parlamento japonês.
O anúncio da morte da jornalista acontece precisamente um ano depois de Dentsu, trabalhador numa agência de publicidade ter também morrido por excesso de trabalho. O caso de Dentsu originou um debate nacional sobre a atitude do Japão em relação ao equilíbrio entre a vida e o excesso de trabalho.
Em 2015, uma mulher pôs termo à própria vida por estar "fisicamente e mentalmente despedaçada". Matsuri Takahashi, de 24 anos, tinha trabalhado mais de 100 horas extra nos meses antes de se ter suicidado. Segundo nota ainda o The Guardian, mais de dois mil japoneses suicidaram-se devido a questões relacionadas com stress no trabalho no ano passado. Outras dezenas de trabalhadores morreram de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e outras condições provocadas por gastar muito tempo no trabalho.