O juiz Efigénio Baptista informou, esta terça-feira, que o libanês Jean Boustani, figura muito citada no julgamento do “caso dívidas ocultas”, deverá prestar declarações através de canais formais. A informação de Efigénio Baptista surge na sequência de respostas ao requerimento apresentado pela defesa, que numa das sessões do tribunal defendeu que a audição de Boustani é fundamental para esclarecer zonas de penumbra no processo. Por isso, imaginando a morosidade do processo caso se optasse por canais formais, a defesa propôs que Jean Boustani fosse ouvido por videoconferência. Assim, não haveria o risco de que a resposta formal fosse dada depois de o julgamento terminar.
Portanto, depois de analisar o requerimento da defesa, o tribunal decidiu, neste 25º do julgamento do “caso dívidas ocultas”, que decorre na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, na província de Maputo, que Jean Boustani deverá dar declarações por via de canais formais.
Ainda esta terça-feira, Efigénio Baptista disse que a audição aos declarantes iniciará segunda-feira, dia 11, e que para quem não comparecer ao tribunal voluntariamente, serão usadas formas coercivas.
Nesta terça-feira, a sessão do julgamento iniciou com a audição a Gregório Leão. O juiz colocou ao réu quatro questões, que, segundo disse, lhe ocorreram durante o estudo dos documentos no fim-de-semana. Em geral, o réu ou preferiu não responder às perguntas, ou disse que não estava em condições de responder ou remeteu as questões a António Carlos do Rosário, réu que já está a ser ouvido neste momento, na B.O.