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Já há um detido ligado a incêndio de viaturas na África do Sul

Foto: O País

O Governo informou, ontem, que já há um detido e um processo-crime em Moçambique relacionado ao incêndio de um carro com matrícula sul-africana no território nacional. Enquanto isso, a Polícia sul-africana abriu cinco processos-crime, mas ainda sem nenhum detido.

A informação foi prestada pela ministra do Interior aos deputados da Sétima Comissão da Assembleia da República, numa audição à porta fechada. Era suposto que lá tivessem estado os ministros dos Transportes e dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, mas não foram; mandaram ofícios a responder às perguntas dos deputados.

O assunto era a queima de viaturas moçambicanas na África do Sul e um sul-africana cá, no nosso país. Enquanto isso, Arsénia Massingue deu dados, que, por sua vez, a Presidente da 7ª Comissão, Catarina Dimande, os passou aos jornalistas.

“Ficámos a saber que a Polícia sul-africana abriu cinco processos-crime e a nossa abriu um, com um detido nesse mesmo processo, cá em Moçambique”, disse Dimande.

Além disso, está a estudar-se a possibilidade de os transportadores moçambicanos atravessarem a fronteira sem angústia de verem suas viaturas queimadas. Uma das soluções, que, aliás, é proposta pelos transportadores é a escolta. “A ministra garantiu que o assunto voltará à mesa, para que os transportadores tenham a escolta o mais rápido possível.”

Essa é, ainda, uma medida paliativa, porque “a solução, como tal, não existe, ainda está-se a estudar”, disse Catarina Dimande, citando a governante.

Aos jornalistas, a ministra Arsénia Massingue, que não queria falar e os profissionais da comunicação social tiveram de a interpelar, disse que o trabalho está a ser feito em conjunto.

Dessa actividade, resultou a devolução de quatro viaturas roubadas na África do Sul, aguardando-se os expedientes das restantes 57 para o repatriamento das mesmas e “muito obrigada”. Colocámos esta citação porque foi assim que a governante fechou a breve entrevista com os jornalistas, embora estes ainda tivessem mais perguntas.

Por exemplo, Arsénia Massingue é a responsável, a nível do Governo, pela Polícia. Assim sendo, houve preocupação de conhecer a sua posição em relação à reacção da Polícia no sábado, na marcha que vários moçambicanos tentaram realizar em homenagem ao músico Azagaia.

Não houve resposta de Arsénia Massingue e os seus seguranças apelaram para que os homens da imprensa a deixassem continuar a sair da Assembleia da República.

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