Istambul vai, novamente, às urnas para escolher o presidente da Câmara Municipal após o Alto Comité Eleitoral ter anulado o resultado do escrutínio de 31 de Março a pedido do AKP (Partido Justiça de Desenvolvimento), o partido do Presidente Recep Tayyip Erdogan.
As autoridades eleitorais turcas deram razão à queixa do partido AKP sobre irregularidades no escrutínio de 31 de Março e ordenaram a repetição das eleições. O AKP perdeu por menos de 13 mil votos, uma margem ínfima tendo em conta os cerca de 10 milhões de eleitores da cidade.
Já o Partido Republicano do Povo, que surpreendentemente venceu o sufrágio, com mais de 10 milhões de habitantes nega irregularidades. Ekrem Imamoglu, líder da oposição afirmou que uma decisão que não respeita a vontade da população é típica de uma "ditadura".
"Meus concidadãos, eles tentaram tirar as eleições que ganhámos na noite de 31 de Março. Tentaram roubar-nos o nosso trabalho árduo", sublinhou Imamoglu.
O ex-primeiro-ministro Binali Yildirim, que perdeu por uma curta margem de 13 mil votos, afirmou que o escrutínio foi marcado por "manchas".
"Porque é que as eleições foram para o Comité Eleitoral? Por causa das irregularidades, irregularidades, irregularidades, fraudes e manchas que detetamos e que aconteceram durante e depois do escrutínio".
As novas eleições municipais, em Istambul, estão marcadas para o dia 23 de junho.