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Irreverência “tricolor” para contrapor experiência “canarinha”

Foto: O País

Costa do Sol vs Maxaquene é o jogo de destaque das meias-finais do Campeonato da Cidade Basquetebol em seniores masculinos. Na outra meia-final, o Ferroviário de Maputo mede forças com A Politécnica. Os jogos 1 e 2 dos “play-offs” das meias-finais estão para sexta-feira e sábado, respectivamente.

É a fase do “mata mata”. Fase a eliminar, na qual bloquear pode ser fatal. Costa do Sol e Maxaquene reeditam a final da última edição do Campeonato da Cidade, vencida à negra pelos “canarinhos” por 2-1 num “play-off” a melhor de três jogos.

Os comandados de Miguel Guambe venceram o jogo 1 por 61-55 e, no segundo, os “tricolores” condicionaram o seu adversário e saíram vitoriosos por 65-64. Na fase regular do Campeonato da Cidade, os irreverentes miúdos do Maxaquene sob ordens do “coach” Hermínio Changule colocaram em sentido o campeão da cidade em título, vencendo o Costa do Sol por 78-68 em jogo da 6ª jornada do Torneio de Abertura.

Estes dados não chamados à cola por acaso. São, decerto, um elemento para ter em conta na avaliação do desempenho dos dois conjuntos nos últimos confrontos entre si nas provas da capital do país.

O Maxaquene já deu, aliás, mostras de apresentar uma equipa combativa que dá tudo na quadra, condicionando muitas vezes os seus adversários. E parte para este duelo das meias-finais com claro objectivo de fazer mossa a um adversário que, ano passado, teve que suar às estopinhas para vencer na Liga Moçambicana de Basquetebol.

A raça, personificada em Joaquim Octávio Chuma (o puto não tem medo de lançar), Turdivales Nhantumbo (mandão, em algum momento, nas tabelas), Mauro Jinó (irmão de Fernando Jinó, ou simplesmente Nandeco, base da A Politécnica), Ronaldo e Marco Geneto, Edilson Tivane (o veloz base que reforça os “tricolores” depois de representar o Ferroviário e Município da Beira), Juvêncio Sidume, Aurélio Chiziane, Lourenço Nguambe, Delton Simão, Jhon Jordão (filho de Jordão Cardoso, antiga torre do Maxaquene), Calus Pascoal e Delton Simeão. Rodados, até porque recentemente disputaram um torneio internacional em Joanesburgo, na África do Sul, os “putos” querem fazer acontecer na quadra!

Campeão em título e vencedor da fase regular, e num fim de um ciclo de cinco anos do actual projecto, o Costa do Sol está pressionado a vencer esta meia-final. Pudera, os “canarinhos” reforçaram-se bastante com a contratação, nos últimos anos, de activos como Klaus Bunguele (tarda em afirmar-se na equipa, mesmo com todo potencial), Francisco Braga (Tchesco pode dar mais e mostrar o valor que mostrou na A Politénica), Ivan Machava (muito longe daquele jogador que foi melhor triplista da Liga, quando jogava no Ferroviário da Beira), David Canivete (castigado pelas lesões) e Luís de Barros (sem o vigor e aquelas penetrações de quebrar o joelho do passado).

Com crise de abundância no seu plantel, os “canarinhos” são convocados a exibições seguras e maior domínio internamente pois, na verdade, contam com atletas que são chamados a selecção: Milton Seifane, Egídio Zandamela, Danilo Cumbe, Daniel Maveure.

FERROVIÁRIO DE MAPUTO VS A POLITÉCNICA

Em estado de graça, porquanto foi à Inhambane chancelar a qualificação para a Liga Moçambicana de Basquetebol, a A Politécnica joga acesso à final com o Ferroviário de Maputo, segundo classificado da fase regular do Campeonato da Cidade.

José “Matilo” Macuácua, “coach” da A Politécnica, não tem a mesma armada que fez história em 2019 ao conquistar o inédito Campeonato da Cidade, mas apresenta activos com vontade férrea de vencer. Os “politécnicos” pretendem inverter o cenário da fase regular quando perderam os dois duelos diante dos “locomotivas” da capital.

Uma coisa é certa: o Ferroviário de Maputo leva vantagem no histórico dos confrontos com A Politécnica, destacando-se, desta forma, o 3-0 aplicado “play-off” da final do Campeonato da Cidade de 2017.

Mas há mais dados a acrescentar: em 2016, ano em que foi campeão nacional sob as ordens de Milagre Macome, o Ferroviário de Maputo afastou nas meias-finais (2-0 no “play-off” a melhor de três) a A Politécnica de Carlos “Bitcho” Niquice.

Os “locomotivas”, que ficaram na segunda posição na fase regular, apontam para mais uma presença na final da prova que conquistaram pela última vez em 2018, derrotando o Costa do Sol por 3-0 no “play-off” da final a melhor de três jogos!

 

 

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