A investigação do caso Lava Jato havia sido aberta com base na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. Na altura, o ex-senador disse em depoimento aos investigadores da Lava Jato que Lula da Silva tentou persuadir os senadores Edson Lobão e Renan Calheiros a criar um gabinete de crise para conter os avanços da operação, que investiga os crimes cometidos na petrolífera estatal Petrobras e noutras instituições públicas do Brasil.
Conforme avançou a impressa brasileira, volvidos vários meses de investigação, o procurador Ivan Marx diz não haver provas da existência da tentativa de embaraço às investigações e pede arquivamento do processo.
"Não havendo nenhuma corroboração para a versão apresentada pelo delator, e nem mesmo a possibilidade de buscá-la por outros meios, o arquivamento dos autos é medida que se impõe", lê-se no pedido redigido pelo procurador.
Este não é o único processo que envolve o ex-Presidente Lula da Silva e o ex-senador Delcídio na Justiça brasileira.
O ex-Presidente é acusado de ter recebido vantagens indevidas da construção OAS através da compra de um apartamento de luxo na cidade de Guarujá. E também de ter recebido um terreno da construtora Odebrecht como forma de suborno para, em troca, favorecer os interesses da empresa perante o Governo brasileiro.
Recorde-se que Lula da Silva sempre negou todas as acusações contra si e declarou, em diversas oportunidades, que é vítima de perseguição de membros da operação Lava Jato e do aparelho judicial brasileiro.