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O presidente norte americano, Donald Trump, ameaça intervir directamente no conflito entre Israel e Hamas, caso o grupo pelestiano não liberte todos os reféns até o dia de sábado. Trump afirma que a sua interferência poderá ser um inferno caso a sua pretensão seja atendida.   

Se na semana passada Donald Trump sugeriu a retirada dos palestinianos na Faixa de Gaza para darem lugar ao que chama de reconstrução, esta segunda-feira, o republicano exigiu a libertação urgente de todos os reféns israelitas nas mãos do grupo armado Hamas.

A pretensão de Trump é urgente e requer que até o dia de sábado todos os reféns tenham sido libertados, sob o risco de uma interferência directa no conflito, incluindo a suspensão do cessar-fogo.

O Hamas decidiu adiar a libertação de reféns por tempo indeterminado por causa de violações do acordo do cessar-fogo por parte de Israel. Este congelamento levou de imediato o ministro israelita da Defesa a colocar em prontidão os militares.

Durante a habitual conferência de imprensa na sala oval da casa branca esta segunda-feira,  Trump voltou a comentar sobre a África do sul, e disse que o país vive um contexto de segregação.

Donald Trump decidiu esta segunda-feira a retirada de Joe Biden da lista de figuras que recebem informações confidenciais.

O julgamento de 84 soldados congoleses acusados ​​de assassinato, violação e outros crimes contra civis, no leste do país, devastado pelo conflito, começou esta segunda-feira.

Os soldados são acusados ​​de terem invadido casas de civis em várias aldeias dos territórios de Kabare e Kalehe, na província oriental de Kivu do Sul, no fim de semana, violando várias mulheres e matando pelo menos 12 pessoas.

Os soldados acusados ​​foram levados perante um tribunal militar em Bukavu, capital da província de Kivu do Sul, na segunda-feira. A parte civil solicitou a pena de morte para todos os acusados.

O Congo suspendeu uma moratória de mais de 20 anos sobre a pena de morte em Março, uma decisão criticada por ativistas de direitos humanos. A última execução ocorreu em 2003.

Zawadi Chapo Ombeni, morador de Kavumu, disse que foi espancado e roubado por soldados, enquanto se preparava para fugir da vila devido aos avanços dos rebeldes.

O julgamento acontece no momento em que os rebeldes do M23, apoiados por Ruanda, vêm obtendo ganhos significativos em Kivu do Sul, nas últimas semanas, após terem capturado a importante cidade de Goma, na província vizinha de Kivu do Norte.

Cerca de 3 mil pessoas morreram e quase o mesmo número ficou ferido desde o final de Janeiro.

Nas últimas 24 horas, Angola registou mais de  104 casos de cólera, elevando o total para 3.147 casos desde início do surto no mês passado e sete óbitos, somando 108 mortes, segundo anunciou o Ministério da Saúde daquele país.

Dos novos casos, 44 foram registados na província do Bengo, 41 na província de Luanda, 17 na província do Icolo e Bengo, um na província do Cuanza Sul e um na província da Huíla.

Nas últimas 24 horas ocorreram 7 óbitos: 3 na província do Icolo e Bengo, 2 na província de Luanda e 2 na província do Bengo, estando internadas 322 pessoas com cólera.

Foram vacinadas 925.573 pessoas, o que corresponde a uma cobertura vacinal de 86% da população alvo.

Desde o início do surto, a 07 de janeiro foram reportados 3.147 casos, sendo 1.542 na província de Luanda, 1.163 na província do Bengo, 407 na província do Icolo e Bengo, 10 na província do Cuanza Sul, 6 na província do Huambo, 6 na província da Huíla, 5 na província do Zaire, 5 na província de Malanje, 2 na província do Cuanza Norte e 1 na província do Cunene, com idades compreendidas entre 2 e 100 anos.

A doença provocou 108 óbitos, dos quais 48 na província de Luanda, 43 na província do Bengo, 15 na província do Icolo e Bengo e 2 na província do Cuanza Sul, sendo o grupo etário mais afetado o dos 2 aos 5 anos de idade com 486 casos e 13 óbitos, seguindo-se o grupo etário dos 10 aos 14 anos de idade com 409 casos e 8 óbitos.

A cólera é uma doença infecciosa causada pela bactéria Vibrio cholerae, que se transmite através da ingestão de água ou alimentos contaminados, causando sintomas como diarreia intensa e aquosa, vómitos e desidratação severa que podem levar à morte.

Foram encontrados em duas valas comuns, no deserto da Líbia, 49 corpos de emigrantes. A informação foi partilhada este domingo pelas autoridades líbias, citadas pela imprensa internacional. 

A descoberta de 49 corpos em duas valas é considerada uma tragédia, a mais recente envolvendo pessoas que tentam chegar à Europa através daquele país do Norte de África. 

A primeira vala comum, contendo 19 corpos, foi descoberta na última sexta-feira, numa quinta na cidade de Kufra, no sudeste do país.

A direcção de segurança de Alwahat publicou imagens numa rede social que mostra agentes da polícia e médicos a recuperar cadáveres que estavam embrulhados em cobertores e enterrados.

De acordo com a instituição de caridade al-Abreen, que ajuda migrantes no Leste e Sul da Líbia, grande parte dos migrantes foram mortos a tiros.  

Outra vala comum contendo pelo menos 30 corpos também foi descoberta durante o fim-de-semana, num centro de tráfico de pessoas, disseram autoridades líbias, citadas pela imprensa internacional. Sobreviventes revelaram que cerca de 70 pessoas foram soterradas.

 É frequente encontrar-se valas comuns de migrantes na Líbia. Em 2024, as autoridades desenterraram 65 corpos de migrantes numa região a 350 km ao Sul da capital, Trípoli. 

A Líbia é o principal ponto de trânsito de migrantes da África e do Médio Oriente que tentam chegar à Europa. 

 

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que está “comprometido em comprar e possuir” a Faixa de Gaza, embora tenha convidado outros países da região a reconstruir o enclave palestiniano.

“Quanto à reconstrução [da Faixa de Gaza], podemos dá-la a outros Estados do Médio Oriente para construírem partes (…) Outras pessoas podem fazê-lo sob os nossos auspícios, mas estamos empenhados em possuí-la, tomá-la e garantir que o Hamas não a reocupa”, disse Trump aos jornalistas.

Pouco depois, o Hamas condenou as declarações do Presidente norte-americano.

“Condenamos as declarações de Trump sobre comprar e possuir Gaza’, que reflectem uma profunda ignorância sobre a Palestina e a região. Gaza não é uma propriedade que possa ser comprada e vendida, é parte integrante da nossa terra palestiniana ocupada”, disse Izat al-Rishq, um dirigente da ala política do Hamas.

Num comunicado divulgado pelo jornal ‘Filastín’, ligado ao movimento islamita, Al-Rishq salientou que a Faixa de Gaza “pertence ao seu povo e não o abandonará”.

A única forma de os palestinianos abandonarem voluntariamente o enclave é se puderem regressar às casas nas cidades e vilas que Israel ocupou em 1948, acrescentou o dirigente.

“Tratar a questão palestiniana com a mentalidade de um agente imobiliário é uma receita para o fracasso, e o nosso povo vai frustrar todos os planos de deslocação e deportação”, disse Al-Rishq.

Na terça-feira, Trump propôs expulsar mais de dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza e transformá-la numa “Riviera do Médio Oriente”, gerando protestos globais, sobretudo no mundo árabe.

O Presidente dos Estados Unidos anunciou a ideia numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que a saudou como “a primeira boa ideia” que ouviu sobre o que pós-guerra no enclave devastado.

Também no domingo, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que ninguém tem o poder de expulsar os habitantes da Faixa de Gaza, rejeitando o plano de Trump.

O príncipe Karim al Hussaini, 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, foi hoje sepultado no cemitério da família, na província de Assuão, no sul do Egito.

O funeral de Aga Khan IV, que morreu na terça-feira aos 88 anos, em Lisboa, foi realizado na presença de dezenas de familiares e seguidores, poucas horas após a sua chegada a Assuão, onde foram recebidos por altos responsáveis egípcios, incluindo o governador da província, Ismail Kamal.

Kamal, acompanhado pelo diretor do Aeroporto Internacional da cidade, o general Ahmed al Baz, recebeu o avião, que aterrou cerca das 12:00 (hora local) e que transportava o corpo de Aga Khan, bem como outro voo com 80 pessoas, entre familiares – incluindo o seu sucessor, o príncipe Rahim Aga Khan V – e membros da comunidade ismaelita.

O funeral teve lugar numa zona privilegiada da província, onde se encontra o mausoléu familiar que abriga os restos mortais do seu antecessor e avô, Aga Khan III – falecido em 1957 -, e da esposa, Begum Om Habibeh, que morreu em 2000.

Segundo a Presidência epícea, o ministro da Aviação ordenou “que fossem disponibilizadas todas as facilidades para receber o corpo do falecido”, e as autoridades aeroportuárias de Assuão tomaram “todas as medidas necessárias para assegurar uma boa receção e organização da chegada e saída das delegações que participaram nas cerimónias fúnebres”.

No sábado, realizou-se em Lisboa um funeral privado com cerca de 300 pessoas, com a presença de personalidades como o rei emérito de Espanha, Juan Carlos I, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Participaram também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.

As exéquias ocorreram sob um forte dispositivo policial no Centro Ismaelita.

O Presidente dos EUA Donald Trump assinou, sexta-feira, uma ordem executiva para pôr fim à assistência financeira à África do Sul, acusando o Governo do país de “discriminação racial injusta” contra os africânderes. Além disso, o chefe de Estado dispõe-se a oferecer asilo a esta minoria étnica branca.

Num documento intitulado “Addressing Egregious Actions of The Republic of South Africa” (“Abordagem às Ações Irresponsáveis da República da África do Sul”), Trump critica uma lei recentemente promulgada pelo Governo sul-africano que permite a expropriação de terrenos, disponibilizando poucas ou nenhumas compensações em alguns casos.

Para os EUA, esta medida serve para atacar “minorias étnicas africânderes”, fazendo parte de uma campanha de “ódio e de acções governamentais, que alimentam uma violência desproporcionada contra proprietários de terras racialmente desfavorecidos”.

Além disso, Trump critica o papel da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça ao ser o país a acusar Israel por genocídio na Faixa de Gaza nesta instância legal.

O herói da independência da Namíbia e primeiro presidente do país, Sam Nujoma, morreu, na noite de sábado,  aos 95 anos de idade. O anúncio foi feito, este domingo, pelo actual presidente do país, através da sua conta na rede social X.

É, portanto, com a maior tristeza e pesar que anuncio esta manhã de 9 de fevereiro de 2025 ao povo namibiano, nossos irmãos e irmãs africanos e o mundo em geral, sobre o falecimento de nosso reverenciado lutador pela liberdade e líder revolucionário, Sua Excelência Dr. Sam Shafiishuna Nujoma. O presidente Nujoma faleceu aos 95 anos no dia 8 de fevereiro às 23h45 em Windhoek, Namíbia”, escreveu Nangolo Mbumba, actual presidente da Namíbia, na sua rede social X.

Nujoma esteve três semanas internado no hospital, devido a problemas de saúde, para receber tratamento e observação médica, tendo perdido a vida na noite do último sábado. O actual presidente da Namíbia enalteceu a figura de Sam Nujoma, na sua mensagem de pesar. 

Nosso Pai Fundador viveu uma vida longa e consequente durante a qual serviu excepcionalmente o povo de seu amado país. Nosso Pai Fundador comandou heroicamente o povo namibiano durante as horas mais sombrias de nossa luta de libertação até a obtenção da liberdade e independência em 21 de março de 1990”, lê-se na mensagem.

A cimeira dos líderes africanos reunidos na Tanzânia para enfrentar a crise na República Democrática do Congo apelou, este sábado, aos chefes militares, para estabelecerem um “cessar-fogo imediato e incondicional” no prazo de cinco dias.

“A cimeira conjunta solicitou aos chefes das forças de defesa da CAO e da SADC que se reunissem dentro de cinco dias e fornecessem diretrizes técnicas sobre um cessar-fogo imediato e incondicional, bem como sobre o fim das hostilidades”, declarou um porta-voz, no final da cimeira na Tanzânia, que reuniu os líderes da Comunidade da África Oriental (CAO) e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Os líderes apelaram também à “prestação de assistência humanitária, incluindo o repatriamento dos falecidos e a evacuação dos feridos”, bem como à abertura de corredores de abastecimento nas zonas afectadas pelo conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC).

“A cimeira conjunta reafirmou a solidariedade e o compromisso inabalável de continuar a apoiar a RDC nos seus esforços para salvaguardar a sua independência, soberania e integridade territorial”, acrescenta a declaração

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