O País – A verdade como notícia

O Papa Francisco celebra, esta quinta-feira, 12 anos de pontificado.O Sumo Pontífice está internado desde o dia 14 de Fevereiro, devido a uma pneumonia, na clínica Agostinho Gemelli, em Roma.

Apesar das questões pessoais de saúde, a que se junta o impacto da pandemia na gestão da Igreja, Jorge Bergoglio tem procurado uma actualização moderada da Igreja, mais aberta às periferias e minorias, com um discurso pela tolerância e paz num mundo polarizado e em guerra, numa Igreja ensombrada pelos abusos sexuais, refere a mesma fonte.

 Desde que assumiu a liderança da Igreja Católica, procurou ser um exemplo pessoal do discurso de humildade e de defesa dos mais desfavorecidos ao recusar luxos tradicionais associados à figura papal.

A Presidência angolana anunciou, esta quarta-feira,  que vai acolher, no dia 18 de Março, em Luanda, “negociações directas”, entre as autoridades da República Democrática do Congo (RDC) e o grupo  rebelde M23, no âmbito da mediação de Angola do conflito  naquele país.

“No prosseguimento das diligências levadas a cabo pela mediação angolana no conflito que afecta o leste da República Democrática do Congo, o Governo da República de Angola torna público que delegações da República Democrática do Congo e do M23 iniciarão negociações directas para a paz, no dia 18 de Março, na cidade de Luanda”, lê-se num comunicado, citado pela Agência Lusa.

O anúncio vem na sequência da divulgação, na segunda-feira, na página da Presidência angolana na Internet, que Angola vai iniciar contactos com os rebeldes RDC, para pôr fim ao conflito no leste daquele país.

A iniciativa foi feita após uma visita do Presidente democrático-congolês, Félix Tshisekedi, que se encontrou, na segunda-feira, em Luanda, com o seu homólogo angolano, João Lourenço, que tem actuado como mediador no conflito.

O grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) tem avançado no território democrático-congolês desde Janeiro, altura em que tomou Goma, capital da província de Kivu Norte.

Em Fevereiro, o M23, que é apoiado pelo Ruanda, segundo a ONU e países como os EUA, a Alemanha e a França, apoderou-se de Bukavu, a capital estratégica da vizinha província de Kivu Sul.

Os rebeldes controlam agora as capitais destas duas províncias, que fazem fronteira com o Ruanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

Desde segunda-feira ocupam um novo território, o distrito de Kaziba, que dista quase 45 quilómetros de Bukavu.

Em 24 de Fevereiro, a primeira-ministra da RDC, Judith Suminwa, declarou em Genebra que, de acordo com os números do Ministério da Saúde Pública, desde Janeiro,  o conflito causou a morte de mais de sete mil pessoas, das quais cerca de 2 500 foram enterradas sem identificação.

Estima-se que mais de 8 500 pessoas perderam a vida devido à violência contínua, desde Janeiro, e aproximadamente 600 mil pessoas foram deslocadas desde Novembro de 2024.

O Presidente angolano tem actuado como mediador no conflito na República Democrática do Congo, tendo sido designado pela União Africana como facilitador para promover a paz e a segurança na região e reduzir as tensões entre a RDC e o Ruanda.

Angola assumiu, em Fevereiro, a presidência rotativa da União Africana, mantendo-se João Lourenço como mediador no conflito da RDC.

O Governo português foi derrubado, ontem, na sequência da rejeição, pelo Parlamento, da moção de confiança, que determina a sua demissão. Devido à situação, o Presidente da República convocou os partidos e conselho de Estado.

Está instalada uma crise política em Portugal. Depois de negociações no Parlamento, um grupo da oposição votou contra a moção de confiança apresentada pelo Governo. 

De acordo com a imprensa local, o chumbo implica a queda do Governo que já foi comunicada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Contra a moção de confiança, votaram o PS, Chega, BE, PCP, Livre e o PAN. E a favor, votaram PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

Na sequência da queda do Governo, o presidente português decidiu convocar os partidos políticos com representação parlamentar para uma audição esta quarta-feira e o Conselho de Estado, para uma reunião, na quinta-feira, no Palácio de Belém.

De acordo com o G1, a crise que derrubou o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro,  foi desencadeada por um escândalo envolvendo uma empresa de consultoria de propriedade de sua família, o que provocou acusações de conflito de interesse.

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa é quem deve decidir pela dissolução da Assembleia da República e convocação de novas eleições.

A Ucrânia concordou com uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia em terra, mar e céu, após conversas com autoridades americanas na Arábia Saudita.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que a decisão está agora com a Rússia. Enquanto isso, autoridades ucranianas na Arábia Saudita disseram que suas conversas de alto nível com os EUA na terça-feira mostraram que Kiev está pronta para a paz.

“Hoje demonstramos ao mundo todo que queremos paz. Estamos prontos para a paz, para uma paz justa e duradoura”, Andriy Yermak, chefe do Gabinete Presidencial que liderou a delegação ucraniana, citada por African News.

Depois de negociações, o Governo do Presidente dos EUA, Donald Trump, retirou a suspensão de ajuda militar e compartilhamento de inteligência para a Ucrânia, o que marca uma grande mudança de há uma semana, quando foram impostas medidas para pressionar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy a iniciar negociações para acabar com a guerra.

Trump disse, ontem, que estava aberto a convidar Zelenskyy de volta à Casa Branca, depois do último encontro no Salão Oval.

A Rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia há três anos e agora detém cerca de um quinto do território ucraniano.

Até agora, o Kremlin se opôs a qualquer coisa que não fosse um fim permanente para o conflito, sem aceitar nenhuma concessão.

O Departamento de Educação dos Estados Unidos planeia despedir cerca de 1 300 dos seus mais de 4 mil funcionários, no âmbito de uma reorganização, considerada o começo do plano do Presidente Donald Trump para desmantelar a agência.

Funcionários do departamento anunciaram, esta quarta-feira, os cortes, o que levantou questões sobre a capacidade da agência de continuar as operações normais, segundo noticiou a agência Associated Press (AP).

Os despedimentos fazem parte de uma redução de pessoal liderada por Trump, que procura reduzir a presença do governo federal. Espera-se que milhares de empregos sejam cortados no Departamento de Assuntos de Veteranos, na Administração da Segurança Social e noutras agências.

O departamento está também a rescindir contratos de arrendamento de edifícios em cidades como Nova Iorque, Boston, Chicago e Cleveland, segundo adiantou Rachel Oglesby, chefe de gabinete do departamento, citada por Lusa.

Oglesby disse que as mudanças não afectariam o Gabinete de Direitos Civis da agência ou as suas funções determinadas pelo Congresso, como a distribuição de ajuda federal às escolas.

A secretária da Educação, Linda McMahon, disse aos funcionários para se prepararem para cortes profundos num memorando emitido em 03 de Março, dia em que foi confirmada pelo Senado.

McMahon frisou que a “missão final” do departamento era eliminar o inchaço burocrático e transferir a autoridade da agência para os estados.

Segundo a agência de informação Lusa, o departamento enviou, hoje, um e-mail aos funcionários a informar que a sua sede em Washington e os gabinetes regionais estariam encerrados na quarta-feira, com acesso proibido, antes de reabrir na quinta-feira.

A única razão apresentada para os encerramentos foram “razões de segurança”, não especificadas.

 

Pelo menos seis pessoas morreram e dez ficaram feridas, durante um ataque do grupo terrorista Al-Shebab a um hotel, no centro da Somália, onde se encontravam chefes tradicionais locais e comandantes militares, segundo comunicado das autoridades locais.

Segundo os meios de comunicação somalianos, os terroristas detonaram um carro armadilhado, em frente ao Hotel Cairo, na cidade de Beledwayne, capital da região de Hiran, e, de seguida, invadiram o estabelecimento. 

“Até agora, podemos confirmar a morte de seis pessoas e dez feridos, que foram admitidos em centros de saúde para tratamento”, disse à agência noticiosa EFE o comissário distrital de Beledweyn, Omar Osman Alasow, citado por Lusa.

De acordo com a mesma fonte, a maioria das vítimas mortais são líderes tradicionais, que apoiavam a luta contra o Al-Shebab.

Numa mensagem publicada na sua página do Facebook, o Ministro da Saúde da Somália, Ali Haji Adam, condenou o “ataque brutal”.

A Somália intensificou as operações militares contra o Al-Shebab, desde que o Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, anunciou, em Agosto de 2022, uma “guerra total” contra os terroristas.

Desde então, o exército, apoiado por sucessivas missões da União Africana, tem efectuado ofensivas contra o grupo, por vezes com a cooperação militar dos Estados Unidos e da Turquia, através de bombardeamentos aéreos.

O Al-Shebab, grupo afiliado desde 2012 à rede terrorista Al-Qaida, realiza frequentes ataques na capital, Mogadíscio, e noutras partes do país para derrubar o Governo central. O grupo controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.

O Sumo Pontífice encontra-se no hospital há quase um mês, sendo que este é o quarto e o seu mais longo internamento desde o início do pontificado, em 2013.

O Papa Francisco, que está hospitalizado desde o dia 14 de fevereiro, passou mais uma “noite tranquila”, tendo acordado por volta das 08h00 (07h00, em Lisboa). “A noite foi tranquila e o Papa acordou por volta das 08h00”, lê-se na nota do Vaticano.

De recordar que, no boletim clínico de segunda-feira à tarde, foi revelado que o Papa está a ter uma “boa resposta” ao tratamento para a pneumonia bilateral, pelo que o seu prognóstico já não é reservado.

A Santa Sé acrescentou ainda que “tendo em conta a complexidade do quadro clínico e o importante quadro infeccioso apresentado na admissão, será necessário continuar a tratamento médico farmacológico em ambiente hospitalar por mais alguns dias”.

Donald Trump poderá visitar a China, em Abril, para se encontrar com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.A visita de Trump ocorre num momento em que Pequim impôs novas taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos.

O Presidente dos Estados Unidos já havia, bem antes da sua tomada de posse, em Janeiro, comunicado aos seus conselheiros sobre a vontade de visitar Xi Jinping durante os primeiros cem dias de governação.

A visita de Donald Trump ocorre num momento de fricções comerciais entre a China e os Estados Unidos. Na segunda-feira, novas taxas alfandegárias impostas por Pequim sobre vários produtos norte-americanos do sector agroalimentar entraram em vigor.

A imposição de taxas surgiu em resposta à decisão de Trump de duplicar para 20% as taxas alfandegárias adicionais impostas ao país asiático, desde que regressou à Casa Branca.

Em Fevereiro, a China impôs taxas entre 10% e 15% sobre outros produtos norte-americanos, além de estabelecer controlos de exportação sobre minerais essenciais e abrir uma investigação antimonopólio contra o gigante tecnológico Google.

Durante a primeira presidência, Trump impôs várias rondas de taxas de importações oriundas da China, às quais Pequim respondeu com taxas sobre as exportações dos EUA.

O Ministro de Energia de Israel, Eli Cohen, ordenou a suspensão imediata do fornecimento de energia para a faixa de Gaza e assegurou que usará todos os meios à sua disposição para garantir o regresso de todos os reféns israelitas. Reagindo a medida, o grupo palestiniano Hamas acusa o governo de TelAviv de promover uma escalada do genocídio em seu teritório. 

A suspensão do fornecimento de energia à Faixa de Gaza acontece há pouco mais de uma semana depois de o governo de Tel Aviv ter proibido a entrada da ajuda humanitária. 

O corte de energia anunciado pelo Ministro de Energia de Israel, Eli Cohen, abrange a única linha de eletricidade entre Israel e Gaza, através da qual é fornecida a energia para a principal usina de dessalinização de água, que abastece mais de 600 mil pessoas no território palestiniano. 

Em reação, o ministério das relações exteriores da palestina condenou veementemente a medida, acusando o governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ter a pretensão de promover uma escalada ao genocídio na faixa de Gaza. 

Em uma nota divulgada pela mídia internacional, o  ministério das relações exteriores da palestina critica a falha na implementação das resoluções da ONU e das ordens provisórias do Tribunal Internacional de Justiça por alegadamente incentivarem as incursões israelitas contra os palestinianos.  

Os cortes no fornecimento de ajuda humanitária à faixa de Gaza são parte da estratégia de pressão adoptada por Israel no âmbito da guerra contra o grupo palestinano Hamas. 

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