O País – A verdade como notícia

Pelo menos 21 pessoas precisaram de atendimento médico, por inalar fumaça no incêndio que atingiu um dos pavilhões da Cimeira dos Líderes Mundiais sobre Mudanças Climáticas-COP30. O corpo de bombeiros afirma que o incêndio tenha tido origem num microondas. 

A organização da COP-30 informou que 21 pessoas precisaram de atendimento médico devido ao incêndio que atingiu o Pavilhão da África Oriental, nesta quinta-feira. 

Do total de casos, 19 estão relacionados a  inalação de fumaça e dois a crise de ansiedade, após o ocorrido. Não há, até o momento, registo de óbitos.

As chamas foram controladas em seis minutos e todas as pessoas foram evacuadas com segurança. A Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima declarou que as instalações atingidas, agora, estão sob a autoridade do Brasil e não são mais consideradas um território da ONU.

O Corpo de Bombeiros  avançou que a principal suspeita é de que o fogo tenha começado em um equipamento eletrônico, possivelmente um forno de micro-ondas instalado em um dos estandes.

No total, 56 bombeiros atuaram diretamente na resposta ao incêndio, além de uma equipe externa posicionada com um carro de combate. Foram utilizados 244 extintores de incêndio, além do acionamento de uma mangueira instalada no local.

A área afetada pelo incidente ficará, no entanto, isolada até a conclusão da COP30.

Pelo menos 33 pessoas morreram, esta quinta-feira, depois de mais uma ofensiva em vários pontos da Faixa de Gaza.  Trata-se de mais um ataque que é realizado mesmo após o acordo de cessar-fogo. 

É para já considerado um dos ataques mais mortíferos, desde o início do cessar-fogo entre Israel e Hamas, que teve início a 10 de Outubro. 

Até o momento, as autoridades sanitárias  locais contabilizaram 33 vítimas mortais, em resultado de ataques aéreos  realizados em vários pontos da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira. 

O Hospital Nasser em Khan Younis recebeu parte dos corpos e confirmou que cinco vítimas são crianças mortas na sequência de ataques aéreos israelitas contra tendas que abrigavam pessoas deslocadas. 

Desde o início do cessar-fogo, que foi mediado pelos Estados Unidos da América, foram registadas mais de 300 mortes. 

 

Um incêndio de grandes proporções atingiu parte das instalações da Cúpula do Clima das Nações Unidas “COP-30”, na tarde desta quinta-feira, em Belém. Apesar do Fogo ter atingido o local dedicado a negociações oficiais, até aqui não há registo de feridos. As causas do incêndio são desconhecidas. 

 O incêndio concentrou-se na zona azul, também chamada de Blue Zone, área reservada para   os negociadores que representam países e ministros.

De acordo com informações avançadas pela imprensa internacional, o incêndio atingiu parte das instalações da Cúpula do Clima das Nações Unidas em Belém, incluindo  lonas e instalações da East African Community.

 Trata-se de um incêndio que acontece depois de, recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) ter enviado uma carta ao governo brasileiro levantando críticas à segurança e infraestrutura da Cúpula do Clima das Nações Unidas. 

A reclamação foi encaminhada após uma tentativa de invasão da área azul, onde ocorrem as negociações climáticas, por manifestantes de um movimento indígena.

 Apesar do Fogo ter atingido o local dedicado a negociações oficiais, não há registo de feridos. 

Uma grande operação da INTERPOL na África Ocidental resultou em 62 detenções e na apreensão de armas, explosivos, droga, medicamentos falsificados e veículos roubados.

A Operação Screen West Africa 2025, que decorreu de Julho a Outubro, envolveu forças policiais de 12 países, incluindo o Gana, a Nigéria, o Burkina Faso e a Côte d’Ivoire. Os agentes utilizaram as bases de dados globais da INTERPOL para realizar 1,7 milhões de verificações em tempo real nas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas.

Nove pessoas foram detidas por suspeita de ligações ao terrorismo, incluindo três no Burkina Faso ligadas ao grupo JNIM, afiliado da Al-Qaeda e responsável por um ataque em 2020 na Côte d’Ivoire que matou mais de dez membros das forças de segurança. Outras seis pessoas foram detidas na Mauritânia por suspeita de actividades terroristas.

A operação resgatou ainda 21 vítimas de tráfico humano no Gana, que estavam detidas na Nigéria e exploradas em esquemas fraudulentos. As autoridades apreenderam explosivos, dinamite, 136 veículos roubados, 731 kg de canábis, medicamentos falsificados, moeda falsa e documentos fraudulentos. Alguns destes artigos poderiam ter sido utilizados para financiar o terrorismo ou o crime organizado. As inspecções marítimas revelaram embarcações que utilizavam práticas enganosas, como desligar os sistemas de identificação e mudar de bandeira com frequência. Os 12 países participantes foram o Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Gana, Libéria, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. A operação foi financiada pela Alemanha, Dinamarca e Estados Unidos.

O secretário-geral das Nações Unidas alertou os líderes mundiais de que o terrorismo no Sahel “não é apenas uma realidade dramática regional”, mas “uma ameaça global crescente”. Num discurso ao Conselho de Segurança da ONU, António Guterres instou as nações de toda a região a trabalhar em conjunto e a permitir uma acção coordenada contra o terrorismo.

“Corremos o risco de um efeito dominó desastroso em toda a região. Muitos países estão em crise”, disse Guterres. O responsável da ONU mencionou ainda a recente crise de segurança no Mali, onde o grupo Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM) tem vindo a interromper o fornecimento de combustível.

A recente decisão do Burkina Faso, Mali e Níger de abandonarem a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) criou novos desafios à cooperação regional. “Infelizmente, a situação na nossa região é caracterizada pela desconfiança e pelo elevado nível de suspeição entre as partes interessadas”, afirmou o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray.

“Infelizmente, a situação na nossa região é caracterizada pela desconfiança e pelo elevado nível de suspeição entre as partes interessadas”, afirmou o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray. Apelou aos membros do Conselho de Segurança para que ajudassem a região a “construir confiança. Nenhuma quantidade de dinheiro, nenhum equipamento nos ajudará a vencer o terrorismo se não colaborarmos e criarmos sinergia”, acrescentou.

A Guiné-Bissau realiza no próximo dia 23, domingo, as primeiras eleições integralmente financiadas pelo país, sem apoio externo, desde os cadernos eleitorais à impressão dos boletins de voto, segundo tem vindo a anunciar o Governo guineense.

O orçamento para este acto eleitoral ronda os três mil milhões de francos CFA, equivalente a mais de 4,5 milhões de euros, segundo dados divulgados pela agência de notícicas da Guiné-Bissau, a ANG.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, já tinha garantido nos primeiros meses de 2025 este propósito, considerando que se trata de “uma questão de soberania” e que tinha sido criado um fundo da democracia para o efeito.

O chefe de Estado ressalvou, na época, que a comunidade internacional podia acompanhar o país, referindo-se a eventuais observadores do processo eleitoral que se realiza no domingo, com eleições presidenciais e legislativas em simultâneo.

As eleições legislativas de 2023 foram orçadas então em cerca de 12 milhões de euros, tendo o Governo anunciado que seriam financiadas em 70% pelo Estado guineense – quando anteriormente a quase totalidade do custo dos actos eleitorais era assegurada pela comunidade internacional.

Na época, o Governo já havia anunciado estar “a fazer esforços para assumir no futuro a totalidade do financiamento dos actos eleitorais, que são de soberania”.

Em Março de 2023, o Governo guineense assinou um acordo com as Nações Unidas, através do Programa das Nações Unidas de Apoio ao Desenvolvimento (PNUD), que previa um apoio de 5,3 milhões de euros no âmbito do Projecto de Apoio aos Ciclos Eleitorais, entre 2023 e 2025, centrado no reforço institucional, mas também na educação cívica e dos valores democráticos.

As eleições de 2023 foram acompanhadas por missões de observação da União Africana, que enviou uma delegação de 29 elementos chefiada pelo ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ROJAE-CPLP), chefiada pela Comissão Nacional de Eleições de Portugal.

A União Europeia apoiou, com a parceria do PNUD, uma Célula de Monitorização Eleitoral constituída por diversas organizações da sociedade civil guineense.

O último relatório do projecto do Mecanismo da Diáspora Global da União Europeia concluiu que Angola continua sem uma política oficial de comprometimento com as comunidades angolanas no exterior, apesar de reconhecer o papel crucial da diáspora no desenvolvimento económico e projecção internacional do país.

De acordo com o Mecanismo da Diáspora Global da União Europeia (EUDiF, sigla em inglês que significa European Union Global Diáspora Facility), Angola tem cerca de 2% da população a residir no estrangeiro, da qual 32,9% vive nos países da União Europeia, sendo Portugal o segundo país a receber mais imigrantes angolanos.

Mas é na República Democrática do Congo que reside a maior comunidade angolana (179 065 angolanos), seguindo-se Portugal (158 958), África do Sul (69 659), Congo (42 506) e Namíbia (39 580).

Os números revelados no relatório do EUDiF reportam ao período entre 2018 e 2022 e analisam as medidas avançadas pelo Governo, com vista ao apoio da diáspora angolana.

“O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2018-2022 e a Estratégia Angola 2050 destacam a importância da diáspora na construção de uma economia diversificada e próspera, com iniciativas como o desenvolvimento de um portal electrónico para facilitar a comunicação com os angolanos no exterior e a promoção de laços com comunidades estrangeiras que tenham vínculos históricos e culturais com Angola”, lê-se no documento.

São destacadas outras iniciativas como “a emissão de documentos de identidade para cidadãos angolanos no estrangeiro, a realização de fóruns nacionais da diáspora e a criação de um sistema digital de gestão consular (SIGGEC) para modernizar os serviços consulares”.

Apesar dos avanços, Angola enfrenta desafios significativos, como se pode ler no relatório, em que se aponta “a falta de políticas estruturadas, a desconfiança histórica devido aos conflitos passados e a baixa organização da diáspora”.

No entanto, prossegue o EUDiF, o país continua a trabalhar para fortalecer os laços com as suas comunidades internacionais, promovendo a integração e incentivando o retorno de profissionais qualificados para contribuir para o crescimento e para a reconstrução nacional.

Com estas medidas, prossegue o programa da União Europeia, Angola procura consolidar a sua relação com a diáspora e garantir que os angolanos no exterior desempenham um papel activo na construção de um futuro mais próspero e inclusivo. Seja no plano internacional, na economia, ou na reconstrução.

“No plano internacional, ajuda a promover a imagem de Angola no mundo, fortalecendo a presença do país em organismos internacionais e criando conexões globais. Na economia, és quem apesar das remessas representarem uma pequena parcela do PIB (0%), é reconhecido o potencial dos angolanos no exterior para investir e impulsionar o crescimento económico através de conhecimentos, competências e recursos financeiros”, refere-se.

Segundo a mesma fonte, a contribuição de profissionais qualificados “que podem contribuir para suprir lacunas em sectores como saúde, educação e engenharia, ajudando na reconstrução e modernização do país”.

O fortalecimento de Relações Culturais e Históricas é outra das áreas sinalizadas, referindo-se que “a diáspora promove a cultura angolana e mantém laços com comunidades estrangeiras que têm vínculos históricos e culturais com Angola”. E a Agenda 2063 da União Africana sublinha a importância das comunidades no exterior “como um elemento-chave para alcançar os objectivos de desenvolvimento sustentável definidos pela União Africana”.

Apesar dos desafios, conclui a EUDiF, “como a falta de políticas estruturadas e a desconfiança histórica”, Angola reconhece o papel estratégico da diáspora e tem trabalhado para integrá-la no processo de desenvolvimento nacional.

A Presidente tanzaniana, Samia Suluhu Hassan, anunciou a criação de uma comissão de inquérito para investigar as mortes ocorridas durante as manifestações antigovernamentais que eclodiram à margem das eleições contestadas no fim do mês passado.

Este país da África Oriental mergulhou num caos a 29 de Outubro, dia das suas eleições gerais (legislativas e presidenciais), segundo a oposição e observadores estrangeiros.

Durante vários dias, realizaram-se manifestações antigovernamentais em muitas cidades do país, nas quais centenas de pessoas foram mortas. Dizendo-se “profundamente entristecida” por “aqueles que perderam a vida durante a violência ocorrida a 29” de Outubro, Hassan anunciou a criação de uma comissão de inquérito “a fim de examinar os eventos e determinar a sua causa”.

“O relatório guiar-nos-á para um diálogo propício à reconciliação e à paz”, declarou a chefe de Estado. Samia Suluhu Hassan venceu oficialmente a eleição presidencial com quase 98% dos votos.

Segundo a oposição, mais de mil pessoas foram mortas durante as manifestações contra o Governo, mas o Executivo ainda não oficializou os dados. Mais de 200 pessoas também foram acusadas de “traição” na semana passada, um crime punível com a pena de morte neste país.

“Eu compreendo que muitos jovens detidos e acusados de traição ignoravam o alcance dos seus actos”, referiu Hassan. “Como mãe da nação, exorto as forças da ordem, e mais particularmente ao gabinete do director da polícia, a examinar cuidadosamente a gravidade das infracções cometidas pelos nossos jovens”, acrescentou pedindo que seja permitido àqueles que se movimentaram “sem intenção criminosa” a pagarem “os seus erros”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, esta segunda-feira, a eliminação do sarampo e da rubéola em Cabo Verde, Maurícias e Seychelles, primeiros países subsaarianos a alcançar este marco.

A certificação foi verificada “por comissões independentes” que se reuniram no final de Outubro, explicou o director regional da OMS para África, Mohamed Janabi, em conferência de imprensa realizada através da Internet.

“Ainda assim, há sempre “riscos de importação”, pelo que é preciso manter “a vigilância, deteção rápida e capacidade de resposta” em cada país, disse o responsável, citado pela Lusa.

A OMS mantém o objectivo de conseguir eliminar as duas doenças em, pelo menos, 80% dos países africanos, até 2030.

Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Saúde de Cabo Verde, Jorge Figueiredo, classificou a certificação como um “momento histórico”.

“Durante décadas, o sarampo e a rubéola ameaçaram a saúde e o futuro das nossas crianças, hoje celebramos o fim desta ameaça”, acrescenta.

No entanto, a eliminação anunciada, “não significa erradicação”, porque “o risco de importação permanece: é preciso manter a vigilância e investir de modo que nenhuma criança fique de fora”, refere a mesma fonte.

Mohamed Janabi destacou, igualmente, a importância de consolidar a vacinação e de contrariar “a desinformação que, por si só, é uma pandemia, porque as pessoas perdem confiança” e isso pode significar retrocesso.

O sarampo é uma doença viral aguda e altamente infecciosa, que ainda causa mortalidade e morbilidade em países em desenvolvimento, mas que pode ser prevenida através de vacinação.

A rubéola, também, viral e contagiosa e evitável com vacina, manifesta-se geralmente por uma erupção cutânea.

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