O País – A verdade como notícia

O papa Francisco, ainda convalescente de seus problemas de saúde, reapareceu neste domingo diante dos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, ao final da missa do Jubileu dedicada aos doentes.

Francisco foi levado em uma cadeira de rodas desde o interior da Basílica de São Pedro até o altar na praça para missas públicas e falou brevemente, com alguma dificuldade devido às cânulas nasais que usa para receber oxigênio.

“Bom domingo a todos, muito obrigado”, disse Francisco aos fiéis, antes de percorrer parte da praça, distribuindo bênçãos.

Os fiéis o saudaram com emoção, aplausos e gritos de “Viva o papa!”

Uma mulher leu uma mensagem em seu nome, na qual saudou “com carinho” todos os que participaram da missa do Jubileu dos Enfermos e agradeceu “do fundo do coração” pelas orações por sua saúde.

As últimas informações médicas fornecidas pela Santa Sé indicam que sua saúde está a melhorar, à medida que continua sua terapia medicamentosa e fisioterapia motora e respiratória.

O Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, anunciou que vai retirar todas as tarifas sobre produtos norte-americanos para construir uma relação mutuamente benéfica, após a decisão de Donald Trump de impor novas tarifas de 18% às exportações zimbabweanas.

A medida, explica o dirigente, destina-se a facilitar a expansão das importações dos EUA para o mercado do Zimbabwe. 

Por outro lado, Emmerson Mnangagwa considera que a medida vai promover o crescimento das exportações do Zimbabué para os EUA.

A União Europeia vai disponibilizar mais 40 milhões de euros para apoiar a República Democrática do Congo, país que trava um conflito no leste do país com o M23 e o Ruanda. 

Os valores monetários vão ascender aos 100 milhões de euros, conforme o total previsto este ano.

O anúncio foi feito após um debate sobre a deterioração da situação humanitária no leste da RDC, organizado pela instituição europeia com o coordenador da ajuda de emergência das Nações Unidas e o comissário da União Africana para a Saúde, os Assuntos Humanitários e o Desenvolvimento Social.

O Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, garantiu ter feito “tudo” para trazer de volta à CEDEAO o Mali, Burkina Faso e Níger, considerando contudo que estes países são “livres de fazer as suas próprias escolhas”, segundo escreveu o Notícias ao Minuto.

“Pedi que as pessoas se sentassem à volta de uma mesa e conversassem para preservar as hipóteses de manter uma organização sub-regional forte”, referiu Faye, durante uma entrevista de quatro horas em wolof (língua local), esta sexta-feira, citada pela AFP.

Faye afirmou ainda sentir que ao fazer isso tinha cumprido o seu dever, sublinhando, contudo, que “estes países, como outros, são soberanos, são livres de fazer as suas próprias escolhas e são eles que decidem o que querem fazer e para onde querem ir”.

“Tudo o que devemos é respeitar a sua vontade, sabendo que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para os reintegrar”, acrescentou.

Em Janeiro, os três países do Sahel abandonaram a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que consideraram ser subserviente a França, e fundaram a Aliança dos Estados do Sahel (AES).

No início de Julho do ano de 2024, o Presidente Faye foi nomeado pela CEDEAO como mediador para estes três Estados liderados por militares.

Na entrevista, Faye sublinhou que o Mali, tal como o Burkina Faso e o Níger “continuam a ser parceiros privilegiados de longa data”.

Questionado sobre as novas relações entre o Senegal e a França, Faye afirmou que este país “continua a ser um parceiro importante para o Senegal a todos os níveis”.

No entanto, acrescentou, “por vezes, num determinado momento da sua história, um país decide reorientar a sua trajetória. Foi o que aconteceu com a presença militar francesa no país”.

Em Novembro do ano passado, Faye anunciou o fim de toda a presença militar francesa a estrangeira em solo nacional, até ao final de 2025.

Morgan Ortagus, enviada especial-adjunta dos Estados Unidos para o Médio Oriente, discutiu, este sábado, com as autoridades libanesas a retirada das tropas israelitas do Líbano e a implementação do cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.

De acordo com o comunicado oficial, segundo se pode ler na página do Notícias ao Minuto, na reunião com o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, foram analisadas “as medidas tomadas pelo Exército libanês para implementar a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU”, que pôs fim à guerra entre as partes, em 2006, e ao texto que serve de base ao actual acordo de cessar-fogo.

O acordo de cessar-fogo alcançado em Novembro, após um ano de combates, previa que as forças do Hezbollah deviam retirar-se para norte do rio Litani, as tropas israelitas saíssem do sul do Líbano e que o Exército libanês se desloque para essa região para monitorizar a área e manter a segurança.

Embora o Exército libanês se tenha movimentado para o sul do Líbano, Israel não cumpriu a sua parte do acordo, mantendo a sua presença em cinco locais do país vizinho.

Ainda no Notícias ao Minuto, avança-se que, relativamente a essa presença israelita, o comunicado adiantou que Salam e Ortagus discutiram a “conclusão da retirada israelita do território libanês” durante a reunião, que durou mais de uma hora e “foi caracterizada por uma atmosfera positiva”.

A enviada dos Estados Unidos discutiu anteriormente as mesmas questões com o Presidente libanês, Joseph Aoun, e deverá fazer o mesmo com o presidente do parlamento, Nabih Berri, que é também o principal negociador no cessar das hostilidades com Israel.

A sua visita acontece numa altura que se regista um aumento dos ataques do Estado judaico, que na semana passada lançou dois ataques aéreos contra os arredores de Beirute pela primeira vez desde que o cessar-fogo entrou em vigor há quatro meses.

 

O governo da África do Sul anunciou que não pretende retaliar, por agora, as tarifas impostas recentemente pelos Estados Unidos. Em vez disso, o país aposta no diálogo para tentar negociar isenções e acordos de quotas com a administração norte-americana.

A medida surge após o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações e uma tarifa específica de 31% sobre os produtos sul-africanos, na última quarta-feira.

 Os EUA são o segundo maior parceiro comercial bilateral da África do Sul, atrás apenas da China.

Durante uma conferência de imprensa, o ministro do Comércio sul-africano, Parks Tau, afirmou que uma resposta imediata com tarifas recíprocas seria imprudente, defendendo a necessidade de compreender as razões por trás da decisão norte-americana. Tau lembrou ainda que a tarifa média aplicada pela África do Sul às importações é de 7,6%.

Apesar de já ter manifestado interesse em estabelecer um acordo comercial bilateral com os EUA, o governo sul-africano reconhece que o caminho pode ser difícil, principalmente diante das críticas constantes de Trump ao país, desde que retornou à presidência em Janeiro.

O conflito em curso entre grupos armados locais e rebeldes do M23, na República Democrática do Congo (RDC) continua a resultar em perdas de vidas, ferimentos e deslocamento entre a população local. Enquanto isso, a província de Tanganica está a lidar com um surto de cólera em rápida expansão. 

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) emitiu um alerta sobre a violência persistente em Kivu do Norte e do Sul, na República Democrática do Congo (RDC), que continua resultando em mortes, ferimentos e deslocamentos de civis.

Conflitos intensos entre grupos armados locais e rebeldes do M23 foram relatados, na quinta-feira, na cidade de Masisi Centre, em Kivu do Norte.

Contudo, na província de Tanganica, até quarta-feira, nove das onze zonas de saúde da foram afectadas por um surto de cólera,  com mais de 1 450 casos confirmados e 27 mortes relatadas desde Janeiro, um aumento de seis vezes, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os parceiros de saúde da ONU enfatizam a necessidade urgente de acesso à água potável, observando que menos de 20% das áreas afectadas têm cobertura adequada. 

À medida que o impacto dos aumentos de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, continua a repercutir pelo mundo, a presidência da África do Sul expressou suas preocupações.

“Embora continuemos comprometidos com um relacionamento comercial mutuamente benéfico com os Estados Unidos, tarifas punitivas e impostas unilateralmente são uma preocupação e servem como uma barreira ao comércio e à prosperidade compartilhada”, disse em um comunicado, citado pelo African News.

Ele disse que as tarifas destacam a necessidade urgente de negociar um novo acordo comercial bilateral e mutuamente benéfico com os EUA, como um passo essencial para garantir a certeza comercial de longo prazo.

Trump impôs uma taxa de 30% ao país, que exporta uma ampla gama de produtos para os Estados Unidos, seu segundo maior destino de exportação.

Segundo o African News, o rand sul-africano caiu para uma mínima de três meses na quarta-feira, afectado tanto pelo aumento de tarifas quanto pelos temores de que a Aliança Democrática, pró-negócios, possa deixar o governo de coalizão do país devido a um desacordo sobre o orçamento do país para 2025.

A informação é avançada pelo Notícias ao Minuto. Um responsável da Cruz Vermelha afirmou, esta sexta-feira, que o número de mortos resultante de ataques a aldeias, na Nigéria, é superior a 40, sendo a maioria mulheres e crianças. 

De acordo com Farmasum Fuddang, funcionário do governo local do estado de Plateau, “Enterrámos mais de 30 pessoas ontem [quinta-feira]” e um total de 48 corpos foram recuperados após uma série de ataques na quarta-feira, indicou.

Ainda de acordo com a mesma fonte, no balanço anterior, as autoridades locais anunciaram que 10 pessoas tinham morrido nos ataques.

Fuddang atribuiu a violência nas aldeias aos pastores muçulmanos Fulani. O estado nigeriano de Plateau, onde ficam as aldeias atacadas, está entre o norte predominantemente muçulmano e o sul maioritariamente cristão.

“A violência étnica e religiosa ocorre frequentemente neste estado nigeriano e está a ser agravada por conflitos de terra entre pastores muçulmanos Fulani e agricultores predominantemente cristãos. Segundo Fuddang, a violência foi o resultado da ‘limpeza étnica e religiosa’ por parte de agressores que falam o dialeto Fulani utilizado pelos pastores Fulani. Mas, de acordo com os investigadores, os factores que impulsionam o conflito no estado de Plateau são mais complexos”, le-se na página do Notícias ao Minuto.

A fonte acrescenta que, com o crescimento populacional, a área de terra utilizada pelos agricultores aumentou num contexto em que as pastagens estão sob forte pressão devido às alterações climáticas.

A apropriação ilegal de terras, as tensões políticas e a mineração ilegal agravam ainda mais os conflitos.

Um ataque na aldeia de Ruwi, no final de março, em circunstâncias semelhantes às de quarta-feira, fez 10 mortos. Homens não identificados “apareceram na aldeia e dispararam vários tiros”, disse o responsável da aldeia, Moses John, à AFP.

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