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O UNOCHA alertou para a necessidade de fornecer ajuda alimentar imediata e cuidados de saúde essenciais a dois milhões de pessoas, incluindo 600 mil crianças, nos estados de Borno, Adamawa e Yobe.

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, nesta segunda-feira, que precisa de cerca de 140 milhões de euros para fornecer ajuda a milhões de pessoas no nordeste da Nigéria, onde existe uma dupla crise, alimentar e de segurança.

“Não consigo descrever o quão desesperada é a situação. É a pior que vi nos últimos cinco anos”, declarou Trond Jensen, que dirige o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (UNOCHA) na Nigéria, numa conferência de imprensa, em Abuja, capital do país, afirmando que se trata de uma emergência.

O nordeste da Nigéria é assolado há 16 anos por uma insurreição jihadista que já causou mais de 40 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados, sendo que os combates destruíram explorações agrícolas e dificultaram o acesso aos terrenos e aos mercados, provocando uma grave crise alimentar.

“Precisamos de ajuda agora, não na próxima semana, não no próximo mês”, insistiu, juntamente com os responsáveis de outras agências da ONU, nomeadamente do Programa Alimentar Mundial (PAM), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

O UNOCHA alertou ainda para a necessidade de fornecer ajuda alimentar imediata e cuidados de saúde essenciais a dois milhões de pessoas na Nigéria, incluindo 600 mil crianças, nos estados de Borno, Adamawa e Yobe.

A situação poderá agravar-se em caso de epidemia ou de catástrofe natural, como inundações, à medida que se aproxima a estação das chuvas.

Em Outubro de 2024, o Banco Mundial informou que mais de metade da população da Nigéria, o país mais populoso do continente africano, vivia abaixo do limiar de pobreza, ou seja, 129 milhões de pessoas.

Os cortes da ajuda proveniente dos Estados Unidos (EUA) tiveram um impacto considerável na capacidade de prestar serviços essenciais à população da região, sublinhou Jensen.

Em meados de Abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou que os níveis de pobreza e de insegurança alimentar na Nigéria continuam elevados, dois anos após o lançamento das reformas pelo Governo do Presidente, Bola Ahmed Tinubu.

O Chefe de Estado da Nigéria, após ter tomado posse em Maio de 2023, iniciou reformas estruturais, como o fim dos subsídios à gasolina e a liberalização da moeda nacional para atrair investimento estrangeiro, sendo que os efeitos imediatos foram uma inflação superior a 30% em 2024 e o colapso da naira, moeda desta nação africana, mergulhando o país na sua pior crise económica das últimas três décadas.

O gabinete de segurança de Israel, responsável pelo curso da ofensiva em Gaza, aprovou, durante a noite de domingo, um plano para retomar o acesso de ajuda humanitária em Gaza, que está completamente bloqueado desde 02 de Março, segundo informações partilhadas pela imprensa local.

De acordo com o diário Israel Hayom, o gabinete também aprovou o aumento gradual da pressão militar sobre o enclave e pressionar o Hamas a aceitar um cessar-fogo.

Quanto ao plano para retomar o acesso da ajuda humanitária a Gaza, o diário Yediot Ahronot dá conta de que alguns ministros opuseram-se à ideia de permitir que alimentos, remédios e outros bens essenciais voltassem a ser distribuídos no território palestiniano, após um bloqueio de mais de dois meses.

Israel bloqueou, em Março, o acesso de ajuda humanitária a Gaza para impedir o Hamas de aceder ao material que entra na Faixa.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, conhecido por ser ultranacionalista, disse durante a reunião que “não há necessidade de introduzir ajuda em Gaza” e que “os armazéns de alimentos do Hamas devem ser bombardeados”, provocando o que a imprensa local descreveu como uma discussão acalorada com o chefe do Estado-Maior do Exército, Eyal Zamir.

Este é o maior bloqueio de Israel no enclave desde o início da ofensiva.

Inicia, esta segunda-feira, em Nova York, o julgamento de Sean “Diddy” Combs, um dos rappers e magnatas da música de maior sucesso nos EUA, com a seleção do júri .

Acusado de Conspiração extorsão, tráfico sexual e transporte de pessoas para fins de prostituição, o rapper, produtor, magnata da indústria musical, “Diddy” Combs, de 55 anos, foi detido em Setembro de 2024 em Nova Yorque,   e enfrenta um julgamento que o pode deixar encarcerado pelo resto da vida. 

Além deste julgamento principal num tribunal federal, há ainda vários processos civis individuais, mais de 70, que o responsabilizam por drogar, violar e silenciar pessoas ao longo de várias décadas, enquanto era um dos nomes mais poderosos da indústria do rap. Diddy, que está detido há sete meses, nega todas as acusações que lhe são feitas. 

Numa audiência preliminar, na quinta-feira, disse ao juiz que tinha rejeitado um acordo judicial, cujos contornos não são conhecidos,

Sean também era conhecido pelos nomes Puffy, Puff Daddy, P Diddy, Love e Brother Love – surgiu na cena hip-hop na década de 1990.

Responsáveis da República Democrática do Congo e do Ruanda preparam, no Qatar, a apresentação do projecto de acordo para pôr fim à guerra no Leste do Congo. 

O acordo estaria alinhado com uma declaração de princípios assinada em Washington há uma semana.

O projecto de acordo abrangeria questões como a soberania territorial, a luta contra os grupos armados, o comércio de minerais, os refugiados e o papel das forças internacionais, particularmente a MONUSCO.

Os rebeldes apoiados pelo Ruanda assumiram o controlo de duas capitais provinciais no Leste do Congo no início deste ano, forçando Kinshasa a suavizar a sua posição sobre o diálogo com o grupo M23.

Uma colisão frontal entre um mini-autocarro lotado e uma camioneta na noite de sábado causou 15 mortos numa área rural da África do Sul.

De acordo com o Notícias ao Minuto, cinco pessoas foram hospitalizadas com ferimentos graves após o acidente, que ocorreu pouco antes da meia-noite de sábado, perto da cidade de Maqoma, na província do Cabo Oriental, cerca de 1.000 quilómetros ao sul de Johanesburgo, disse o porta-voz Unathi Binqose à imprensa.

Os motoristas dos dois veículos estão entre as vítimas e uma investigação será aberta para determinar as circunstâncias do acidente, segundo indicou ao Newzroom Afrika.

A África do Sul tem uma rede rodoviária sofisticada e movimentada, mas enfrenta uma alta taxa de mortalidade no trânsito, atribuídas principalmente ao excesso de velocidade, condução imprudente e veículos em más condições.

Acidentes de trânsito causaram mais de 11.800 mortes em 2023, cerca de 45% delas de pedestres, de acordo com os dados mais recentes da Road Traffic Management Corporation.

Um míssil balístico disparado pelos rebeldes hutis do Iémen caiu hoje na área do aeroporto de Ben-Gurion, próximo de Telavive, e causou seis feridos ligeiros, noticiou a imprensa de Israel.

O serviço de emergência Magen David Adom (MDA) disse que prestou assistência médica a quatro mulheres e dois homens com idades entre os 22 e os 54 anos que ficaram ligeiramente feridos devido à explosão, escreve o Notícias ao Minuto.

Os jornais Haaretz, The Times of Israel e Jerusalem Post publicaram imagens em vídeo que mostram o momento do impacto na zona do Terminal 3 do Aeroporto Ben-Gurion.

As operações no aeroporto foram interrompidas devido ao ataque, mas os voos foram retomados cerca de uma hora depois, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O exército israelita confirmou o ataque, mas disse desconhecer ainda se intercetou o míssil ou não.

“Foram feitas várias tentativas para intercetar o míssil lançado do Iémen”, afirmou o exército em comunicado, informando que um objeto caiu na zona do aeroporto, sem especificar se se tratava de um míssil ou de destroços do projétil.

“Podem ver a área atrás de nós: formou-se uma cratera com várias dezenas de metros de largura e também várias dezenas de metros de profundidade”, disse o chefe da polícia local, Yair Hezroni, num vídeo com a torre de controlo do aeroporto em segundo plano.

Um comunicado emitido pela polícia concluiu tratar-se de um “impacto de míssil”.

O ataque não foi reivindicado de imediato, mas os rebeldes hutis do Iémen, aliados do movimento palestiniano Hamas, reivindicaram a responsabilidade por vários ataques com mísseis e ‘drones’ em território israelita desde o início da guerra em Gaza.

Brice Oligui Nguema, que liderou um golpe no Gabão, pondo fim a décadas de governo da família Bongo e venceu as eleições no mês passado com quase 95% dos votos, foi empossado presidente do país.

O general e ex-líder do governo militar, que derrubou Ali Bongo em Agosto de 2023, assumiu oficialmente a presidência, após liderar um governo de transição de 19 meses.

A inauguração no Estádio Angondje, no norte da capital Libreville, atraiu cerca de 40 mil apoiantes e contou com a presença de mais de 20 chefes de estado africanos, incluindo Adama Barrow, da Gâmbia, Bassirou Diomaye Faye, do Senegal, Ismail Omar Guelleh, do Djibuti, e Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, da Guiné Equatorial, informou a agência de notícias AFP, citada por Al Jazeera. O Presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, também participou.

As ruas de Libreville ficaram congestionadas enquanto milhares de pessoas se reuniram no local, com apresentações artísticas e um desfile militar planejado ao longo da orla de Libreville à noite, informou a mídia estatal.

Oligui enfrenta sérios desafios na liderança do país rico em petróleo, que precisa reformular sua infraestrutura crucial e diversificar sua economia, mas está altamente endividado.

Ex-chefe da Guarda Republicana de elite, Oligui prometeu um afastamento das políticas dinásticas do passado.

Em sua primeira entrevista internacional desde a eleição, Oligui disse à Al Jazeera que estava determinado a “restaurar a dignidade do povo gabonês”.

A SADC iniciou, esta semana, a retirada das suas tropas que ajudavam na restauração da paz e da segurança no leste da República Democrática do Congo, onde o grupo armado Movimento 23 é acusado de criar instabilidade.

Terminou a Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que, há mais de um ano, apoiou o Governo de Kinshasa a restaurar a paz e a segurança no leste da República Democrática do Congo. 

A retirada já havia sido determinada em Março passado. Segundo um comunicado da SADC, a retirada das tropas começou em Abril último.

“A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral iniciou, oficialmente, a retirada do leste da República Democrática do Congo desde 29 de Abril de 2025. A retirada está a ser efectuada por via rodoviária, passando pela República do Ruanda rumo aos respectivos países contribuintes com tropas”, lê-se no comunicado. 

O mesmo documento diz ainda que “esta acção está em conformidade com a directiva da Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC, realizada a 13 de Março de 2025, que anunciou o termo do mandato da Missão da SADC e aprovou a sua retirada faseada, bem como dos resultados do encontro ocorrido em Goma, a 28 de Março passado”. 

A missão foi destacada para a República Democrática do Congo no dia 15 de Dezembro de 2023 e era composta por Malawi, África do Sul e Tanzania.

“A SADC reafirma o seu empenho contínuo na paz e segurança regionais e continua empenhada em apoiar os esforços diplomáticos e políticos no sentido de uma resolução sustentável do conflito no leste da República Democrática do Congo”.

O leste da República Democrática do Congo RDC continua a registar instabilidade militar atribuída ao grupo Movimento 23 de Março.

O Governo liderado por Donald Trump planeia reduzir o número de serviços de informação dos EUA, e ter menos 1 200 funcionários, cortando sobretudo nas novas contratações, segundo noticiou, sexta-feira, o jornal The Washington Post.

As fontes anónimas ligadas ao processo citadas pelo jornal referem que o Governo republicano já informou os congressistas sobre o plano, que seria implementado ao longo dos anos e passa pela redução de funcionários da CIA (Agência Central de Informações) e da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês).

O plano, que não está ligado ao controverso Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo magnata da tecnologia Elon Musk, envolve principalmente a redução de contratações que cobririam as perdas de centenas de oficiais de inteligência que optem pela reforma antecipada nos próximos anos.

O projecto foi noticiado pela primeira vez pelo The Washington Post depois de a diretora de inteligência nacional, Tulsi Gabbard, e o diretor da CIA, John Radcliffe, terem pedido a eliminação das demissões.

A pedido do próprio Trump, eliminaram também os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) das suas agências e despediram funcionários.

Como resultado, 19 funcionários da CIA e do Gabinete da Direção de Inteligência Nacional processaram o Governo, e uma ordem temporária de um juiz federal congelou as demissões.

Estas reduções de pessoal ocorrem numa altura em que a própria CIA procura reforçar a vigilância à China ou alocar mais recursos contra o tráfico de fentanil.

A agência chefiada por Gabbard, que coordena mais de uma dúzia de agências, avisou recentemente que as agências de informação estrangeiras — especialmente da China — estão a tentar recrutar antigos funcionários do governo federal dos EUA.

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