O País – A verdade como notícia

O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, afirmou, hoje, que os Estados Unidos querem um Irão “obediente” que aceite as suas exigências, garantindo que o país se vai opôr e descartando que a negociação directa com Washington resolva as tensões, escreve o Notícias ao Minuto.

Ali Khamenei destacou que o país “com a sua história, dignidade e grandeza, nunca será subjugado”, e advertiu que a nação enfrentará “com toda a sua força” aqueles que pretendem impor essa condição.

Khamenei, segundo o Notícias ao Minuto, rejeitou os apelos dentro do país para iniciar negociações directas com Washington a fim de chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano e aliviar as tensões.

“Aqueles que nos dizem por que não negociamos directamente com os EUA e não resolvemos os problemas só veem as aparências. À luz do verdadeiro objectivo da hostilidade dos Estados Unidos em relação ao Irão, essas questões são insolúveis”, afirmou.

O líder supremo iraniano disse ainda que Israel e os EUA compreenderam, após “a resistência e a poderosa união do povo, dos responsáveis e das forças armadas” na guerra dos 12 dias em Junho, que não é possível “subjugar a nação iraniana com a guerra nem obrigá-la a obedecer”.

Por isso, indicou que agora procuram alcançar o seu objectivo através da “criação de divisões dentro do país”, pelo que insistiu na necessidade de manter a coesão interna.

As declarações surgem depois de a Frente de Reformas – uma coligação de partidos reformistas – e várias figuras próximas terem apelado nos últimos dias a mudanças estruturais no país, especialmente na política externa, e a aceitar a exigência do Ocidente de suspender o enriquecimento de urânio em troca do levantamento das sanções que asfixiam a economia, adianta o Notícias ao Minuto.

Pelo menos oito pessoas morreram na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, incluindo dois bebés com poucos meses de idade, devido à fome no território palestiniano. A informação foi tornada pública pelas autoridades locais.

A situação na Faixa de Gaza continua crítica, com o número de mortos a aumentar a cada dia. Desta vez, pelo menos oito pessoas morreram, incluindo dois bebês recém-nascidos, devido à fome .

Os dados, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, elevam o número total das vítimas de fome para 281, sendo que destas 114 são crianças.

Uma das crianças que morreu na sexta-feira, era uma menina de 5 meses, internada num Hospital após sofrer de “desnutrição grave.

A ONU declarou a fome na província de Gaza, na sexta-feira, a primeira vez no Médio Oriente, e alertou que a situação deverá alargar-se às províncias de Deir el-Balah (centro) e Khan Younis (sul) até ao final de Setembro.

O secretário-geral-adjunto das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, afirmou, na sexta-feira, que se trata de uma fome “previsível e evitável” causada pelo homem.

Num outro comunicado, o Ministério da Saúde de Gaza apelou este sábado à comunidade internacional para agir e ir além de meras declarações.

Israel negou a existência de fome na Faixa de Gaza e acusou a ONU de veicular uma narrativa falsa do Hamas.

A ofensiva israelita já provocou mais de 62.260 mortos em Gaza, a maioria civis, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

O embaixador da Ucrânia em Moçambique diz que a guerra, que dura há anos, é uma violação à independência do país. A comunidade ucraniana residente em Maputo reuniu-se, hoje, para orar pela paz, no âmbito dos 34 anos da independência do país. 

Pelo quarto ano consecutivo, a Ucrânia celebra a sua independência em meio a guerra. Ainda sem luz verde para o cessar-fogo, quem, mesmo de longe, acompanha a morte de conhecidos e vê a destruição da terra que o viu nascer, o seu desejo é a paz. 

Em meio a orações, a comunidade ucraniana residente em Maputo, reuniu-se na Sé Catedral para reforçar o pedido de intervenção divina, para pôr fim à guerra. 

Há cerca de 10 anos em Moçambique, Saril Allan deseja regressar ao país, mas fala de uma Ucrânia irreconhecível devido à destruição. 

O embaixador da Ucrânia, Rostyslav Tronenko, que garante que o seu país está aberto a negociações de cessar-fogo, diz que o conflito é uma ameaça à independência.

A União Europeia esteve também representada nas orações e prometeu continuar a apoiar a Ucrânia, para o fim da instabilidade, disse Antonino Maggiore, Embaixador da União Europeia em Moçambique. 

O presidente ucranaino, Volodymyr Zelensky, felicitou os ucranianos pelo dia da independência com uma mensagem emotiva sobre a aspiração a uma paz justa, segura e duradoura.

 

O Ministério Público da República Democrática do Congo pediu uma pena de morte para o ex-presidente do país, Joseph Kabila. O antigo Chefe de Estado congolês é acusado de traição, crimes de guerra e apoio ao grupo rebelde M23. 

Mais uma etapa do processo criminal que pesa contra o ex-presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila.

É que na última sexta-feira, o procurador público do país pediu que fosse aplicada uma pena de morte ao antigo estadista congolês, no âmbito das acusações de traição ao Estado, crimes de guerra, incluindo o apoio ao Movimento rebelde 23 de Março.    

Em sede de Tribunal, um dos representantes  da acusação solicitou uma pena de 20 anos pela alegada ligação de Kabila com crimes de guerra e 15 anos por conspiração, embora não tenham sido fornecidos mais detalhes. 

Recorde-se que a imunidade de Kabila como senador vitalício foi revogada em Maio e actualmente os seus aliados consideram que o julgamento tem motivações políticas.

Joseph Kabila, presidiu de 2001 a 2019, a República Democrática do Congo, após assumir o poder aos 29 anos na sequência do assassinato do seu pai, o ex-presidente Laurent Kabila.

 

Uma operação internacional nos últimos meses, coordenada pela Interpol, resultou na prisão de 1 209 suspeitos de envolvimento em cibercrimes em África, que lesaram 88 mil pessoas. 

A acção decorreu entre Junho e Agosto, com apoio de 18 países africanos e do Reino Unido, e expôs uma rede de fraudes digitais de 1209 suspeitos, que terá feito cerca de 88 mil vítimas.

No total, foram recuperados mais de 97 milhões de dólares e desmanteladas mais de 11 mil infraestruturas digitais maliciosas.

Em Angola, por exemplo, foram encerrados 25 centros ilegais de mineração de criptomoedas operados por cidadãos chineses, que validaram transações blockchain de forma fraudulenta.

A Zâmbia também foi palco de um grande esquema de fraude online, que prometia lucros fáceis com criptomoedas. Estima-se que cerca de 65 mil pessoas tenham sido lesadas, com prejuízos que ultrapassam os 300 milhões de dólares e 15 indivíduos foram detidos.

A Interpol destacou a importância da colaboração com o sector privado, que ajudou a rastrear e identificar os autores dos crimes.

O Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar, um mecanismo das Nações Unidas, calcula que há 514 mil pessoas em privação alimentar, número que vai aumentar em Setembro. 

Um número que, segundo a imprensa internacional, corresponde a quase um quarto dos palestinos em Gaza, o número deverá aumentar para 641 mil até o final de Setembro.

Cerca de 280 mil dessas pessoas estão na região norte, abrangendo a Cidade de Gaza, que o relatório da ONU mostra estar em situação de fome. 

O restante está em Deir al-Balah e Khan Younis, áreas do centro e sul, onde se estima que estará em situação de fome até o final do próximo mês.

Israel rejeitou o relatório e disse ser “falso e tendencioso”, com o órgão militar que coordena as entregas de ajuda a Gaza. Tel Aviv afirmou que a pesquisa baseou-se  “dados parciais originários da Organização Terrorista Hamas”.

Para que uma região seja classificada como em situação de fome, pelo menos 20% da população deve sofrer de extrema escassez de alimentos, com uma em cada três crianças gravemente desnutridas e duas pessoas em cada 10 mil a morrerem diariamente de fome ou desnutrição e outras doenças.

O Ministro da Defesa de Israel ameaça destruir Cidade de Gaza se o Hamas não aceitar condições para cessar-fogo. Esta sexta-feira, pelo menos 37 pessoas morreram na Faixa de Gaza.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, diz que a cidade de Gaza pode ser destruída se o Hamas não aceitar as condições impostas por Israel para pôr termo à guerra. 

A ameaça surge um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter anunciado que vai dar a aprovação final para a ocupação da cidade de Gaza e, ao mesmo tempo, iniciar negociações com o Hamas, para devolver os reféns e terminar a guerra. 

Esta sexta-feira, 37 pessoas morreram, 19 das quais só na cidade de Gaza, em resultado de mais uma ofensiva do exército israelita, protagonizado durante a madrugada.

Doze dessas mortes ocorreram durante um ataque de artilharia contra o edifício de uma escola.  

Entre as vítimas na cidade de Gaza estava uma família, com três crianças, que perderam a vida quando a tenda em que se abrigavam foi bombardeada.

Outras 12 pessoas foram mortas durante os ataques que atingiram o campo de refugiados de Al Shati e cinco num hospital, enquanto aguardavam por ajuda humanitária. 

Desde o dia 08 de Agosto, mais de 50 estruturas residenciais foram atacadas na capital do enclave, provocando a morte de 87 palestinianos, segundo dados da Agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

 

Pelo menos 18 pessoas morreram e 60 ficaram feridas, esta quinta-feira, em dois ataques terroristas na Colômbia. O presidente do país, Gustavo Petro, atribui os ataques a dissidentes da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

A tarde de ontem foi violenta na Colômbia, depois de ter sido marcada por dois ataques terroristas.

Um dos ataques foi protagonizado com recurso a um camião-bomba, que explodiu em uma rua movimentada, perto de uma base aérea em Cali, no sudoeste da Colômbia, causando pelo menos seis mortos.

A outra ofensiva teve lugar no noroeste do país, quando uma facção atacou um esquadrão da polícia que trabalhava em uma missão para erradicar plantações de folhas de cocaína. Armados com fuzis e um drone, os rebeldes derrubaram um helicóptero e houve confrontos que resultaram na morte de doze policiais.

Segundo escreve a imprensa local, a Colômbia está a registar intensificação da violência nos últimos meses, a menos de um ano para a realização das eleições presidenciais, processo que está, para já, marcado pela morte a tiro do favorito da direita, o senador Miguel Uribe, em um atentado, a 11 de Agosto.

O presidente colombiano, Gustavo Pedro, já reagiu aos dois ataques terroristas e atribuiu-os a dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Segundo o dirigente, a aeronave foi atacada em retaliação de uma apreensão de cocaína que supostamente pertencia ao grupo.

Em resultado dos dois ataques, mais de 60 pessoas ficaram feridas, com destaque para civis. Em reacção, a Organização das Nações Unidas instou os grupos armados não estatais a respeitarem os direitos humanos.

 

O Presidente da Ucrânia disse que a República Popular da China não pode ser uma garantia de segurança para a Ucrânia “contra a Rússia”, referindo-se directamente ao apoio de Pequim a Moscovo.

Segundo a imprensa internacional, as declarações de Zelensky foram prestadas na quarta-feira a um grupo de jornalistas, incluindo da Agência France Presse, mas sob embargo até hoje de manhã.

“Em primeiro lugar, a China não nos ajudou a acabar com esta guerra desde o início. Em segundo lugar, a China ajudou a Rússia abrindo o mercado dos `drones`”, disse Zelensky sobre as posições de Pequim face ao conflito. 

Zelensky referiu-se também ao eventual encontro bilateral Ucrânia-Rússia, no quadro dos contactos diplomáticos estabelecidos nos últimos dias, afirmando que o encontro com o Presidente da Rússia pode ocorrer na Suíça, na Áustria e na Turquia.

O Presidente ucraniano disse ainda que acredita que um encontro com Vladimir Putin “é possível após um acordo sobre garantias de segurança para Kiev”.

Na mesma conferência de imprensa, o Presidente ucraniano disse que a Rússia está a concentrar tropas na região ocupada de Zaporijia, no sul da Ucrânia, preparando uma potencial ofensiva.

Segundo Zelensky, Moscovo está a transferir as forças da região russa de Kursk para Zaporijia, na Ucrânia.

Em questões relacionadas com armamento, o presidente ucraniano afirmou que Kiev testou com “sucesso” um novo míssil com um alcance de três mil quilómetros.

O míssil “Flamingo” pode começar a ser produzido em grande escala a partir do início do próximo ano, de acordo com Zelensky.  

O Presidente ucraniano revelou ainda que pediu ao homólogo norte-americano, Donald Trump, para “convencer” o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, a desbloquear a abertura das negociações sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.

“Pedi ao presidente [Donald] Trump que garantisse que Budapeste não bloqueava a nossa adesão à União Europeia. O presidente Trump prometeu que a equipa norte-americana vai trabalhar no assunto”, disse Zelensky.

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