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O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou, hoje, a Rússia de tentar salvar o programa de armamento nuclear iraniano, depois de Moscovo ter condenado os ataques israelitas às centrais nucleares iranianas.

Zelensky defendeu num discurso transmitido, hoje, pela televisão ucraniana, citada por Notícias ao Minuto, que não há outra forma de interpretar os sinais demonstrados pela Rússia e pela atividade que Moscovo “mantém nos bastidores”.

O presidente ucraniano acrescentou que a Rússia está a tentar intervir na crise do Médio Oriente porque “um dos cúmplices” está a perder a capacidade de exportar a guerra, referindo-se ao Irão.

O regime de Teerão forneceu à Rússia os aparelhos aéreos não tripulados (drones) Shahed – que Moscovo também já produz – para atacar a Ucrânia.

Volodimir Zelensky disse ainda que os drones de fabrico iraniano e os mísseis balísticos fornecidos pela Coreia do Norte estão a ser utilizados pela Rússia para matar cidadãos ucranianos.  

Neste sentido, o chefe de Estado ucraniano reiterou o pedido sobre o agravamento das sanções internacionais contra a Rússia.

Pelo menos 23 pessoas morreram num desabamento numa mina de ouro artesanal, no nordeste da República Democrática do Congo (RDC), na província de Kivu do Norte, noticia a agência Efe, citando fontes da sociedade civil.

“O solo, enfraquecido pelas chuvas recentes, infelizmente desabou sobre eles; houve deslizamentos de terra por toda a parte, e até ao momento recuperamos 23 corpos, mas as operações de busca continuam”, disse Julien Kinyambisa, presidente da sociedade civil da cidade de Masisi, capital do território homónimo, que inclui a localidade de Rubaya, onde ocorreu o desabamento na quinta-feira.

O Kivu do Norte, como outras províncias do leste congolês, é rica em minerais como ouro e cobre, fundamentais para a indústria tecnológica no fabrico de telemóveis e de baterias para carros elétricos.

A RDC, que faz fronteira com Angola, sofreu chuvas torrenciais nos últimos meses, incluindo também na província vizinha de Kivu do Sul, onde pelo menos 199 pessoas morreram em maio devido às chuvas.

Os deslizamentos de terra são comuns na RDC devido à precariedade das construções e a um solo muito vulnerável à erosão nalgumas zonas, o que, em conjunto com a prática artesanal de exploração de minas, muitas vezes sem as devidas precauções de segurança, resulta em acidentes mortais.

As capitais destas duas províncias estão desde o início do ano sob o controlo dos rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) que, com o apoio do Ruanda – conforme confirmado pelas Nações Unidas e vários países – combate o Exército da RDCongo e as suas milícias aliadas no leste do país.

O leste da RDC está mergulhado desde 1998 num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo Exército, apesar da presença da missão da ONU no país (Monusco).

O Papa Leão XIV classificou como “muito preocupante” o actual cenário internacional e apelou que sejam evitadas,a todo custo, as guerras, pois “muitos inocentes estão a morrer”.

“É verdadeiramente preocupante. Dia e noite tento acompanhar um pouco o que está a acontecer em muitas partes do mundo. Fala-se sobretudo do Médio Oriente, mas não é só lá”, afirmou Leão XIV, em declarações à estação pública italiana RAI.

Nas mesmas declarações, encaradas como a primeira entrevista do pontífice a um ‘media’, Leão XIV renovou o seu apelo à paz e para que se “tente a todo custo evitar o uso das armas e procurar o diálogo por meio de instrumentos diplomáticos”.

“Vamos unir-nos para procurar soluções. Há muitos inocentes que estão a morrer e é preciso promover a paz”, defendeu.

Equipes técnicas de Ruanda e da República Democrática do Congo rubricaram um rascunho de acordo de paz que deve ser assinado na próxima semana, visando o fim dos conflitos no leste do Congo. Segundo a Reuters, o anúncio foi feito pelos dois países e pelos Estados Unidos, esta quarta-feira. 

O acordo provisório foi alcançado após três dias de negociações e, segundo a Reuters,  aborda a integridade territorial e a proibição de hostilidades, além do desligamento, desarmamento e integração condicional de grupos armados não estatais.

O acordo também inclui disposições sobre o estabelecimento de um mecanismo de segurança conjunto que incorpora uma proposta discutida pelas partes no ano passado sob mediação angolana.

A assinatura ministerial do acordo está marcada para 27 de Junho.

Especialistas ruandeses e congoleses chegaram a um acordo duas vezes no ano passado, sob mediação de Angola, sobre a retirada das tropas ruandesas e operações conjuntas contra o grupo rebelde hutu ruandês FDLR, mas os ministros de ambos países não endossaram o acordo.

Angola renunciou em Março à sua posição de mediadora entre as partes envolvidas na crescente ofensiva rebelde apoiada por Ruanda no leste do Congo. 

Os combates no leste do Congo intensificaram-se neste ano, quando os rebeldes do M23 realizaram um avanço que os levou a tomar as duas maiores cidades da região. 

O Congo diz que Ruanda está a apoiar o M23 através do envio de tropas e armas.

Ruanda nega há muito tempo ajudar o M23, e diz que as suas forças estão a agir em legítima defesa contra o exército do Congo e milicianos da etnia hutu ligados ao genocídio de Ruanda em 1994, que matou cerca de um milhão de pessoas, a maioria tutsis.

O exército de Israel disse, esta quarta-feira, que seus “caças completaram uma série de ataques contra alvos militares no oeste do Irão”.

Eles disseram que “aproximadamente 25 caças atingiram mais de 40 componentes de infra-estrutura de mísseis direccionados ao Estado de Israel, incluindo locais de armazenamento de mísseis e agentes militares do regime iraniano”.

Além disso, disseram esta manhã que “atingiram cinco helicópteros de ataque iranianos AH-1 que estavam em uma base militar na área de Kermanshah”.

Aviões de guerra israelitas bombardearam a capital do Irão durante a noite, enquanto o Irão lançava uma pequena barragem de mísseis contra Israel, sem relatos de vítimas.

Uma autoridade iraniana alertou que qualquer intervenção dos EUA no conflito “seria uma receita para uma guerra total na região”.

Os últimos ataques israelitas atingiram uma instalação usada para produzir centrífugas de urânio e outra que produzia componentes de mísseis, disseram os militares.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, concluiu, esta terça-feira, sua visita ao Canadá, país que sediou a cúpula do G7, durante a qual países não membros participaram da Cúpula de Divulgação dos Líderes do G7, com foco em questões ligadas a segurança energética.

De acordo com a presidência sul-africana, Ramaphosa fortaleceu os laços com o país anfitrião, o Canadá, e trabalhou no alinhamento estratégico com outros membros do G7.

Embora muito aguardado e sugerido por Ramaphosa antes da cúpula, uma reunião bilateral entre o líder sul-africano e o presidente americano Trump não ocorreu.

O encontro teria sido uma oportunidade potencial para melhorar as relações após uma visita desastrosa de Ramaphosa à Casa Branca em Maio, durante a qual Trump acusou a África do Sul de cometer um “genocídio” contra os sul-africanos brancos.

Contudo, Trump deixou a cúpula um dia antes, citando a situação explosiva no Oriente Médio como motivo para seu retorno aos Estados Unidos.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, disse em suas considerações finais, na noite de terça-feira, que a saída antecipada de Trump deveu-se à situação “extraordinária” no Oriente Médio, e não a qualquer coisa que tenha ocorrido durante a cúpula.

Os líderes do G7 emitiram, esta segunda-feira, uma declaração conjunta na qual reafirmam o direito de Israel à autodefesa e acusam o Irão de ser a principal fonte de instabilidade e terrorismo no Médio Oriente. No documento, os sete países também apelam à protecção dos civis em meio aos conflitos na região.

A posição do grupo é clara: “Temos sido consistentes ao afirmar que o Irão nunca poderá adquirir uma arma nuclear”, sublinha o texto , citado pelo Notícias ao Minuto.

Os líderes do G7 apelam ainda para que a resolução da actual crise envolvendo o Irão contribua para uma redução mais ampla das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

No mesmo contexto, o grupo destaca o compromisso contínuo com a paz e a estabilidade na região, reiterando não apenas o direito de Israel se defender, mas também o apoio incondicional à sua segurança.

Por fim, o G7 declarou que continua atento às possíveis consequências da crise nos mercados internacionais de energia.

Subiu de 19 para 29, entre sexta-feira e esta segunda-feira, o número de pessoas mortas em resultado das cheias, em Kinshasa, na República Democrática do Congo. 

Através de um comunicado, o Ministério do Interior da República Democrática do Congo confirmou o novo balanço de vítimas e especificou que as mortes foram registadas em oito zonas da capital, sobretudo Ngaliema.

A catástrofe causou danos materiais significativos e deixou muitas famílias sem casa.

Dezenas de milhares de pessoas saíram à rua no sábado nos Estados Unidos para protestar contra o autoritarismo do Presidente, Donald Trump, e a sua política de imigração, após rusgas para apanhar migrantes que abalaram o país.

As manifestações em massa, convocadas em quase 2000 cidades norte-americanas decorreram sob o lema “Dia sem Reis”. 

O Presidente republicano enfrenta o descontentamento de grande parte da opinião pública por causa das recentes rusgas para apanhar migrantes ilegais que também desencadearam protestos e distúrbios noutras cidades, como Los Angeles, no Estado da Califórnia, para onde enviou na semana passada a Guarda Nacional e para onde o Pentágono destacou esta semana fuzileiros navais.

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