O País – A verdade como notícia

O Papa Leão XIV alertou, hoje, para a importância de “sair do perigo de uma fé cansativa e estatística” e apelou a igreja para que se abra as mudanças e procure novos caminhos de evangelização.

Na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma, o Papa presidiu a missa na Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, onde fez um novo apelo à unidade da Igreja.

Leão XIV advertiu que “sempre existe o risco de cair na rotina, no ritualismo, em esquemas pastorais que se repetem sem se renovar e sem captar os desafios do presente”.

Por isso, exortou a Igreja a deixar-se “interrogar pelos acontecimentos, pelos encontros e pelas situações concretas das comunidades, a procurar novos caminhos para a evangelização a partir dos problemas e das perguntas levantadas pelos irmãos e irmãs na fé”.

Salientou ainda que, se os cristãos não se querem reduzir “a uma herança do passado, como tantas vezes” alertou o Papa Francisco, “é importante sair do perigo de uma fé cansada e estática”.

Aos membros da igreja greco-católica ucraniana que também assistiram à missa, o Papa pediu “que o Senhor conceda a paz ao seu povo”.

A Aliança Democrática decidiu abandonar com efeitos imediatos o diálogo nacional, projecto do presidente Cyril Ramaphosa. A nova polémica, que estremece o governo de coligação entre DA e ANC, foi causada pela demissão de um ministro da DA pelo presidente sul africano.

A tensão começou quando o presidente Cyril Ramaphosa demitiu um vice-ministro do Comércio indicado pela Aliança Democrática devido a uma viagem não autorizada aos Estados Unidos sem a aprovação da presidência.

A DA respondeu com um pedido a Ramaphosa para demitir em 48 horas três ministros do ANC que enfrentam acusações de corrupção, mas a presidência rejeitou os apelos e disse que os “ultimatos” não incomodariam o presidente, o que para a DA, é sinal de hipocrisia.

Por essa razão, a DA diz que não vê sentido em continuar a dialogar com um governo. Aliás diz que o diálogo será um desperdício de tempo e dinheiro.

As duas forças políticas mantêm diferenças ideológicas acentuadas, apesar de continuarem juntas no governo,  num passado recente entraram em conflito sobre o orçamento e as políticas destinadas a dar poder à maioria negra da África do Sul.

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, sancionou quatro projectos de lei sobre finanças num conjunto de importantes reformas que visam reestruturar o sistema fiscal do país, escreve o Jornal de Angola.

Segundo a fonte, o governo nigeriano afirma que as novas leis simplificarão a cobrança de receitas, reduzirão a carga fiscal sobre algumas pessoas singulares e colectivas e, ao mesmo tempo, ajudarão a aumentar a tão necessária receita do governo, tornando a cobrança mais eficiente.

A Lei Fiscal da Nigéria, acrescenta a fonte angolana, que reúne várias regras num código único e mais fácil de compreender e elimina mais de 50 impostos menores e sobrepostos. 

A presidência nigeriana, com efeito, afirmou que a redução do número de impostos e a eliminação da duplicação facilitarão os negócios. A Lei da Administração Fiscal que estabelece regras comuns para a cobrança de impostos nos governos federal, estadual e local.

A Lei do Serviço de Receita da Nigéria, que substitui o Serviço de Receita Federal (FIRS) por uma nova agência independente: o Serviço de Receita da Nigéria (NRS). A Lei do Conselho de Receita Conjunta, que melhora a coordenação entre os níveis de governo e cria um Provedor de Justiça Tributário e um Tribunal de Apelação Tributária para resolver litígios, adianta o Jornal de Angola.

 

A República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda assinaram, ontem, em Washington, nos Estados Unidos da América, um acordo que pretende cessar conflitos entre as partes.

De acordo com o Jornal de Angola, para o Presidente norte-americano, Donald Trump, a assinatura do documento marca “um grande dia para o mundo”. Já o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que o acordo marca “um momento importante após 30 anos de guerra” no Leste da RDC.

Ainda segundo o Jornal de Angola, o acordo, assinado pelos ministros das Relações Externas dos dois países africanos – Thérèse Kayikwamba Wagner, da RDC, e Olivier Nduhungirehe, do Ruanda – e testemunhado por Rubio, também ajudará as empresas norte-americanas a obter acesso a minerais essenciais necessários para grande parte da tecnologia mundial, como o cobalto, num momento em que os Estados Unidos e a China estão a competir activamente por influência em África.

Sobre os compromissos assumidos pelas duas partes, estes inspiraram-se numa Declaração de Princípios aprovada em Abril, entre os dois países, e que prevê “o respeito pela integridade territorial e o fim das hostilidades” no Leste da RDC.

Segundo o chefe da diplomacia ruandesa, a RDC concordou em cessar todo o apoio aos militantes hutus ligados ao genocídio de 1994.

O acordo de paz é “baseado no compromisso assumido aqui de pôr fim, de forma irreversível e verificável, ao apoio do Estado (congolês) às FDLR (Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda) e às milícias associadas”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros ruandês, Olivier Nduhungirehe, citado pelo Jornal de Angola. 

O conselheiro de Donald Trump para a África, Massad Boulos, indicou que Kigali se compromete a “levantar as medidas defensivas do Ruanda”, mesmo que o acordo não mencione explicitamente o Movimento 23 de Março (M23), até ao momento alegadamente apoiado pelo Ruanda e que no início do ano realizou ofensivas e conquistou cidades no Leste da RDC.

 

O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, defende que a União Europeia não deve ficar impávida sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza. António Costa disse também acreditar no diálogo com Israel para o cessar-fogo.

Numa altura em que se estima que as operações israelitas já tenham causado mais de 56 mil mortos desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, o antigo primeiro-ministro português levou de novo o assunto ao Conselho Europeu.

António Costa disse que a União Europeia não pode ficar indiferente diante da situação na Faixa de Gaza.

“Não devemos estar impávidos e devemos dialogar com Israel e procurar que Israel faça aquilo que tem que fazer: aceitar o cessar-fogo, permitir a ajuda humanitária chegue à população de Gaza”, disse o presidente da União Europeia, citado por Lusa.

Costa chamou inaceitável a situação de Gaza, segundo escreve a agência de Notícias ao Minuto. “Ninguém pode ignorar o que vemos na televisão e o que lemos na imprensa: a situação humanitária em Gaza é completamente inaceitável”.

António Costa anunciou que a chefe da diplomacia comunitária da UE vai avaliar os próximos passos relativos ao acordo de associação entre Bruxelas e Telavive.

O Ministério da Defesa da Rússia disse, hoje, que 50 aparelhos aéreos não tripulados foram neutralizados pelos sistemas antiaéreos em sete regiões do país, incluindo nas imediações de Moscovo. Entretanto, a Ucrânia relata a morte de 145 soldados russos na região de Donetsk.

De acordo com o relatório militar russo, praticamente todos os drones ucranianos abatidos durante a noite foram destruídos em regiões que fazem fronteira com a Ucrânia, nomeadamente 23 na região de Kursk, 11 na região de Rostov, seis na região de Bryansk e três na região de Belgorod.

O Ministério da Defesa acrescentou que três outros aparelhos aéreos não tripulados foram abatidos perto de Moscovo, dois dos quais visavam directamente a capital russa.

Segundo a mesma fonte, dois drones foram destruídos pela defesa aérea sobre a península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

O Ministério da Defesa russo não informou se os ataques aéreos ucranianos causaram vítimas ou danos materiais.

Entretanto, um relatório das forças ucranianas, citado pela agência de notícias pública do país, refere que Kyiv manteve esta quarta-feira as suas posições e infligiu pesadas perdas aos russos.

Em Pokrovsk, Donetsk, região do Donbass decorreram os ataques mais intensos na linha da frente, detalhou a mesma fonte, provocando a morte de 145 soldados russos.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991.

O presidente dos Estados Unidos da América sugere a anulação do processo judicial contra Benjamin Netanyahu, em Israel, por corrupção. Donald Trump considera o acto uma “caça às bruxas” a “um grande herói” e afirma que os Estados Unidos o salvarão.

Benjamin Netanyahu está a ser julgado em Israel sob acusações de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos distintos.

Através de uma publicação na rede social Truth, Trump diz ter sido informado que Netanyahu foi convocado para o Tribunal, na segunda-feira, para responder a um processo de Maio de 2020 e sugere que o mesmo deve ser anulado, ou dado um perdão ao primeiro-ministro.

Num dos casos, é acusado de receber ilicitamente prendas de luxo de empresários ricos em troca de favores políticos, e noutro de favores regulatórios a uma empresa de telecomunicações, em troca de uma cobertura noticiosa positiva sobre si e a sua família.  

Entretanto, Netanyahu nega as acusações e diz tratar-se de uma tentativa política de afastá-lo do poder.  

Em uma publicação, Donald Trump acrescentou que foram os Estados Unidos da América que salvaram Israel, e agora voltarão a salvar Bibi Netanyahu, como também é conhecido. 

O presidente norte-americano criticou, igualmente, o facto de as audiências continuarem em um momento em que Israel acaba de vivenciar “um dos maiores momentos de sua história”, referindo-se aos bombardeamentos e retaliações com o Irão.

A declaração de Trump é feita um dia depois de ele ter feito comentários duros contra Israel, enquanto um frágil cessar-fogo entre Israel e o Irã estava em jogo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, na quarta-feira, que autoridades americanas e iranianas conversariam na próxima semana.

Citado pelo African News, Donald Trump disse a repórteres em uma cúpula da OTAN que não estava interessado em reabrir negociações sobre as ambições nucleares do Irão.

“Podemos assinar um acordo. Não sei. Para mim, não acho que seja tão necessário. Quer dizer, eles tiveram uma guerra. Eles lutaram. Agora estão a voltar para o mundo deles. Não me importa se tenho um acordo ou não” , disse.

O presidente dos EUA ajudou a intermediar o cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira.

Trump insistiu que os ataques dos EUA destruíram o programa nuclear do Irão,  e disse ainda que ele havia sido “explodido até o fim”.

“A única coisa que estaríamos pedindo é o que pedíamos antes, sobre [o fato de] não querermos energia nuclear. Mas nós destruímos a energia nuclear” , disse ele.

Trump não reconheceu um relatório da inteligência dos EUA que dizia que o programa havia sido atrasado apenas por alguns meses.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que várias instalações nucleares iranianas sofreram danos extensos.

Os inspetores da agência das Nações Unidas precisam retornar ao Irão para reavaliar as capacidades nucleares do país, após ataques dos EUA em três grandes locais, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, na quarta-feira.

Um tribunal sul-africano suspendeu o sepultamento do ex-presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, poucas horas antes da data marcada para sua realização em Joanesburgo. O Tribunal Superior de Pretória emitiu a ordem de emergência depois de um pedido judicial do governo zambiano, exigindo a devolução do corpo de Lungu para um funeral de Estado em Lusaka.

Lungu, que morreu no início deste mês na África do Sul, deveria ser enterrado em local privado, de acordo com o que sua família afirma ser seu desejo. No entanto, as autoridades da Zâmbia insistem que o ex-presidente da zambiano deve ser sepultado no Parque da Embaixada, local oficial de sepultamento de ex-chefes de Estado, com todas as honras nacionais.

Segundo o African News, o impasse gerou tensões políticas, já que Lungu e o actual presidente Hakainde Hichilema eram rivais de longa data. A família afirma querer evitar dramas políticos, enquanto a Zâmbia argumenta que o protocolo e a dignidade nacional devem prevalecer.

O tribunal agendou uma audiência completa sobre o assunto para 4 de Agosto. Até lá, o enterro permanece suspenso.

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