O País – A verdade como notícia

Os Estados Unidos enviaram cinco imigrantes que foram condenados por crimes graves para a nação africana de Eswatini, informou o Departamento de Segurança Interna dos EUA, citado por Associated Press.

Os EUA já deportaram oito homens para outro país africano, o Sudão do Sul, depois que a Suprema Corte suspendeu as restrições ao envio de pessoas para países com os quais não têm vínculos. 

Em uma publicação, na madrugada de terça-feira, a Secretária Assistente de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, afirmou que cinco homens, cidadãos do Vietnã, Jamaica, Cuba, Iêmen e Laos, foram deportados para Eswatini. McLaughlin afirmou ainda que todos eram criminosos condenados e “indivíduos tão singularmente bárbaros que seus países de origem se recusaram a aceitá-los de volta”, cita a AP.

 A Secretária Assistente de Segurança Interna disse que os individuos em causa  foram condenados por crimes como assassinato e estupro de crianças, e que um deles era membro “confirmado” de uma gangue. 

O governo de Eswatini disse, na quarta-feira, que os homens, aos quais se referiu como “prisioneiros” e “detentos”, estavam a ser mantidos em unidades isoladas em instalações correcionais não identificadas em Eswatini, mas eram considerados em trânsito e seriam enviados aos seus países de origem.

Em uma série de publicações no X, o governo de Eswatini afirmou que vai colaborar com os Estados Unidos e a agência de migração da ONU para facilitar o retorno deles e garantir que “o devido processo legal e o respeito aos direitos humanos sejam seguidos” como parte de sua repatriação. O governo não deu um prazo para que isso acontecesse.

Segundo a Associated Press, quatro dos cinco países de onde os homens são originários têm historicamente resistido a aceitar de volta alguns cidadãos quando são deportados dos Estados Unidos.

O Presidente Angolano, João Lourenço, recebeu, na terça-feira, em audiência no Palácio da Cidade Alta, o Príncipe Henry Charles Albert David, Duque de Sussex, que está em Angola, para o fortalecimento do trabalho de desminagem, segundo escreve a imprensa local.

O Príncipe Harry é embaixador da Halo Trust, organização sem fins lucrativos especializada na limpeza de escombros de guerras, tais como minas terrestres e armamentos não detonados em zonas de guerra pós-conflito. 

O Duque de Sussex, como também é conhecido, já esteve em Angola em outras ocasiões com o mesmo objectivo.

Segundo o Jornal de Angola, em Setembro do ano passado, a Halo Trust enalteceu o empenho do Presidente João Lourenço no processo de desminagem em Angola, durante um reconhecimento feito pelo próprio Príncipe Harry.

Angola alcançou, nos últimos anos, milhares de hectares desminados, o que está a permitir o regresso à agricultura e ao turismo em áreas antes inacessíveis, devido à presença de minas terrestres.

O Príncipe Harry sublinhou que o seu envolvimento nesta missão significa muito para a memória da sua mãe, Princesa Diana, que também se dedicou a esta causa. 

Ao pronunciar-se sobre este assunto, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, citado pelo Jornal de Angola, fez saber que Angola é dos poucos países no mundo que paga a sua própria desminagem, gastando cerca de 60 milhões de dólares. 

Pelo menos 27 pessoas foram mortas e várias ficaram feridas, num ataque desencadeado por um grupo de homens armados no estado de Plateau, no centro da Nigéria, segundo fontes locais.

“Vinte e sete pessoas inocentes foram mortas a tiros e algumas a golpes de machetes, principalmente mulheres. Muitos feridos foram transportados para o hospital. Suspeitamos que os agressores sejam criadores de gado, [da etnia] fula”, disse Haggai Gankis, secretário da organização local dedicada à juventude, Berom Youth Moulders, citado por Notícias ao Minuto.

O estado de Plateau sofre há muito tempo com a violência, que se intensificou recentemente devido aos efeitos das alterações climáticas, entre criadores de gado, muçulmanos e agricultores, predominantemente cristãos, pelo controlo de terras e recursos.

Segundo Gankis, o ataque ocorreu na noite de segunda-feira, quando os agressores entraram numa aldeia, dispararam e mataram as suas vítimas.

“Estávamos a dormir quando ouvimos tiros. Os assaltantes dispararam (…) [e] também usaram machetes para matar muitas pessoas”, disse David Chuwang, um morador.

Segundo Chuwang, entre os cadáveres, foram encontrados alguns queimados e, por isso, irreconhecíveis.

 

Donald Trump ameaça tarifas severas de 100% à Rússia, caso não seja firmado um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, dentro de 50 dias. O presidente norte-americano diz que o conflito deve parar urgentemente.   

O presidente norte-americano, Donald Trump, estabeleceu nesta segunda-feira o prazo de 50 dias para que a Rússia alcance um acordo de paz com a Ucrânia,  caso não, ameaça aplicar um pacote de tarifas severas. 

Depois de afirmar que está insatisfeito com o presidente russo Vladimir Putin, com quem já teria formalizado quatro acordos para pôr fim ao conflito, Trump explicou que a taxa cobrada a Moscovo será de 100%. 

O estadista falava durante um encontro com  o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Mark Rutte, que decorreu na Casa Branca, onde justificou que o comércio é “excelente para resolver guerras”.

As sanções aplicadas incluirão medidas punitivas contra terceiros que mantiverem laços comerciais com Moscovo.

Além de aplicar tarifas severas, Trump afirmou que enviará armas de ponta à Otan para apoiar a Ucrânia, cujos custos serão cobertos por integrantes da aliança militar.

Na manhã desta terça-feira,  Moscovo reagiu às ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump. O vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, desvalorizou e disse que a Rússia “não se importa”. 

Em contrapartida, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu a Trump pelo anúncio e acusou a Rússia de querer fazer com que a guerra seja vista como um “novo normal”.

A guerra entre a Rússia e Ucrânia perdura desde Fevereiro de 2022 

O presidente ucraniano agradeceu a Donald Trump e aos países da NATO a decisão de fornecer armas a Kiev e de avançar com sanções à Rússia. Volodymir Zelensky tem vindo a defender que a paz só será possível através da força e levanta o véu sobre um entendimento militar mais vasto com Washington.

“Estou a agradecer aos Estados Unidos, à Alemanha e à Noruega, por terem preparado uma decisão sobre patriots na Ucrânia. Estamos também a trabalhar em importantes acordos de defesa com os EUA. Ainda não posso revelar os detalhes, mas juntos podemos conseguir muita coisa em prol da segurança”, disse o presidente ucraniano. 

O Presidente brasileiro assinou, na segunda-feira, o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, o instrumento aprovado pelo Congresso em Maio, que permite ao Brasil adoptar contramedidas para responder às tarifas anunciadas por Donald Trump.

O decreto detalha os procedimentos de proteção económica que o Governo deve adoptar, em reciprocidade, para responder a medidas unilaterais ou barreiras impostas por parceiros comerciais, que restrinjam as exportações brasileiras.

A medida prevê a “reciprocidade” com que Lula da Silva prometeu responder caso as negociações não impeçam o Governo dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros a partir de 01 de Agosto, como anunciou Trump na semana passada.

O Presidente norte-americano justificou a medida unilateral como uma resposta ao alegado elevado excedente do Brasil no comércio bilateral, que as próprias estatísticas norte-americanas negam, mas também usou como justificação o processo contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, considerando tratar-se de “uma caça às bruxas” e que este está a ser vítima de “perseguição”.

Os Estados Unidos são o destino de 12% das exportações do Brasil, que no ano passado totalizaram 40,3 mil milhões de dólares (34,5 mil milhões de euros), enquanto as importações da maior economia do mundo ascenderam a 40,5 mil milhões de dólares. 

Segundo Lusa, o ministro da Presidência do Brasil, Rui Costa, anunciou que o decreto tinha de ser assinado na segunda-feira para que pudesse ser publicado hoje no Diário Oficial da União, altura em que o Governo vai realizar as primeiras reuniões com exportadores para estudar uma resposta às ameaças de Trump.

O ministro afirmou que a lei aprovada pelo Congresso autoriza o Executivo a adotar medidas para “proteger o país, quando outros países impuserem medidas unilaterais extemporâneas e extraordinárias” que afectem as exportações.

A Lei da Reciprocidade permite ao Brasil adoptar contramedidas comerciais e diplomáticas proporcionais a barreiras injustificadas impostas por países ou blocos económicos a produtos brasileiros.

O Presidente dos Camarões, Paul Biya, de 92 anos, confirmou que voltará a disputar as eleições, encerrando semanas de especulações sobre os próximos passos da sua carreira política. O anúncio foi feito através das redes sociais, onde o Chefe de Estado reafirmou sua vontade de continuar a servir o país e declarou que “o melhor ainda está por vir”.

Com mais de quatro décadas no poder, Biya é actualmente o segundo Presidente com mais tempo de mandato em toda a África. Sua decisão de concorrer novamente provocou reacções negativas por parte da oposição e de organizações de defesa dos direitos humanos. 

Nas últimas eleições, realizadas em 2018, Biya foi declarado vencedor com mais de 70% dos votos, uma vitória cercada de controvérsias, incluindo denúncias de fraude, baixa participação popular e episódios de violência.

As regiões anglófonas do país continuam a sofrer os impactos de um conflito separatista, que obrigou milhares de estudantes a abandonarem a escola e tem resultado em confrontos fatais entre forças governamentais e grupos armados.

Durante o seu longo mandato, Biya tem sido alvo de acusações de corrupção e críticas pela forma como lida com os problemas internos. Suas constantes viagens ao exterior para tratamento médico também levantaram dúvidas quanto ao seu estado de saúde e à sua capacidade de liderar de forma eficaz.

Com a aproximação de um novo ciclo eleitoral, a intenção de Biya de manter-se no poder adiciona ainda mais tensão ao cenário político camaronês, já marcado por complexidade e polarização.

Morreu, este domingo, o antigo Presidente nigeriano Muhammadu Buhari. A informação foi confirmada pelo Gabinete da Presidência do país. 

O antigo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, morreu este domingo em Londres, onde recebia tratamento médico.

Buhari, que liderou o país mais populoso da África de 2015 a 2023, foi o primeiro presidente nigeriano a destituir um ocupante do cargo por meio das urnas, depois de derrotar Goodluck Jonathan. 

Mas antes disso, na sequência do golpe militar de Dezembro de 1983, que derrubou o então Presidente Shehu Shagari, Muhammadu Buhari, que era um dos líderes militares revoltados, ocupou a Presidência entre 31 de Dezembro de 1983 e 27 de Agosto de 1985, período no qual conquistou seguidores, pelo seu estilo de governação baseado no combate à corrupção. 

Nascido a 17 de Dezembro de 1942, no noroeste da Nigéria, Muhammadu Buhari perdeu a vida aos 82 anos de idade. 

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, suspendeu o Ministro da Polícia, Senzo Mchunu, após graves alegações feitas pelo General Nhlanhla Mkhwanazi, um alto funcionário da polícia. Mkhwanazi acusou Mchunu e o Comissário Adjunto da Polícia, Shadrack Sibiya, de interferir em investigações delicadas e de conluio com organizações criminosas.

A suspensão ocorre em meio à crescente preocupação com suposta interferência política em importantes agências de segurança pública. Segundo o African News, o Presidente Ramaphosa anunciou a decisão publicamente e declarou:  “Para que a Comissão execute suas funções com eficácia, decidi conceder licença ao Ministro da Polícia, Sr. Senzo Mchunu, com efeito imediato. O Ministro comprometeu-se a prestar total cooperação à Comissão para que ela funcione adequadamente”.

Ramaphosa nomeou o Professor Firoz Cachalia como Ministro interino da Polícia. Enquanto isso, Mkhwanazi alegou ainda que Mchunu e Sibiya dissolveram uma unidade crucial de combate ao crime, que investigava uma série de assassinatos com motivação política. Esses assassinatos estariam ligados a redes criminosas organizadas.

O Presidente sul africano também delineou o escopo do inquérito. “A Comissão vai investigar o papel de altos funcionários, actuais ou antigos, em determinadas instituições que possam ter auxiliado ou incitado a suposta atividade criminosa; ou deixado de agir com base em informações confiáveis ou alertas internos; ou se beneficiado financeira ou politicamente das operações de um sindicato”, disse Ramaphosa.

Partidos de oposição criticaram o presidente por não tomar medidas mais enérgicas. Argumentam que afastar Mchunu é uma atitude que não leva à responsabilização e, em vez disso, pediram sua demissão imediata.

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