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Um forte sismo de magnitude 8,8 atingiu a península de Kamchatka, na Rússia, provocando tsunamis no país e no Japão, e a emissão de alertas em muitos países banhados pelo Pacífico.

A Agência Meteorológica do Japão (JMA), citada pela RTP, elevou o nível de alerta de tsunami para três metros ao longo da costa do Pacífico do país. As autoridades japonesas emitiram, além disso, ordens de evacuação em vários pontos do norte, leste e centro do arquipélago.

A baía de Tóquio está igualmente sujeita a um alerta de tsunami até um metro, tal como a baía de Osaka, onde se realiza a EXPO2025, e as ilhas de Shikoku (oeste), Kyushu (sudoeste) e Okinawa (sudoeste).

São igualmente esperados tsunamis de até 20 centímetros ao longo das costas do mar do Japão.

O alerta surgiu na sequência de um dos mais fortes sismos registados na história, que atingiu, esta madrugada, o extremo oriente da Rússia, com magnitude de 8,8, causando um tsunami na região norte do Pacífico e levando à emissão de alertas em várias geografias no mundo.

A Agência Meteorológica do Japão (JMA) elevou o nível de alerta de tsunami para três metros ao longo da costa do Pacífico do país, após o sismo atingir a península russa de Kamchatka.

O terramoto ocorreu às 08h25 locais (00h25, em Lisboa) ao largo da costa sul da península de Kamchatka e teve a magnitude preliminar de 8, mais tarde revista para 8,8, segundo a Agência Meteorológica do Japão. O Serviço Geológico dos Estados Unidos estimou que o sismo ocorreu a uma profundidade de cerca de 18,2 quilómetros.

O executivo japonês criou uma equipa especial para acompanhar a situação, anunciou o porta-voz do Governo Yoshimasa Hayashi.

A África do Sul não vai retaliar as tarifas impostas pelos Estados Unidos da América, sendo que propôs favorecer as exportações norte-americanas e formalizar acordos em vários sectores, anunciou hoje o seu ministro do Comércio, citado por Notícias ao Minuto.

Pretória tenta concluir um acordo comercial antes da entrada em vigor, na sexta-feira, 01 de Agosto, das tarifas de 30% impostas por Washington sobre as suas exportações.

No entanto, os dois países encontram-se num “impasse” causado pela “convergência de questões geopolíticas, internas e comerciais”, declarou o ministro Parks Tau num comunicado.

“A África do Sul tomou a decisão de não retaliar as tarifas recíprocas anunciadas pelos Estados Unidos”, declarou, acrescentando que o Governo ainda aguardava “respostas substanciais dos homólogos norte-americanos” às suas propostas de acordos comerciais.

A África do Sul propôs importar gás natural liquefeito (GNL) e facilitar o acesso ao mercado para certos produtos agrícolas norte-americanos, segundo Tau.

“Empresas sul-africanas comprometeram-se a investir 3,3 mil milhões de dólares em indústrias norte-americanas, como a mineração e reciclagem de metais, enquanto os dois Governos concordaram em procurar investimentos conjuntos em minerais críticos, produtos farmacêuticos e máquinas agrícolas”, referiu o ministro.

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial da África do Sul, país vizinho de Moçambique, depois da China, importando produtos agrícolas, metais preciosos e veículos sul-africanos.

Os sectores automóvel e de cítricos, em particular, correm o risco de perder milhares de empregos, pois as tarifas impostas pelo Presidente Donald Trump anularam de facto o acordo comercial preferencial AGOA, que permitia a entrada de certas mercadorias de vários países africanos nos Estados Unidos sem tarifas.

“Fizemos o nosso melhor”, declarou Tau, acrescentando que uma redefinição das relações comerciais entre os dois países era “inevitável”.

Os laços entre as duas nações deterioraram-se desde que Donald Trump assumiu o cargo em janeiro, com o Presidente norte-americano a acusar a nação africana de praticar um genocídio aos agricultores brancos sul-africanos.

Um ataque mortal a uma base militar em Dargo, no norte de Burkina Faso, deixou cerca de 50 soldados mortos. Fontes locais disseram à Associated Press que cerca de 100 militantes invadiram a base na segunda-feira, matando soldados antes de saquear e incendiá-la.

Segundo o African News, o grupo armado Jama’at Nasr al-Islam wal-Muslimin, ou JNIM, é suspeito de executar o ataque. Embora os militares não tenham emitido uma declaração pública, o JNIM esteve por trás de muitas operações mortais recentes na África Ocidental.

Burkina Faso continua a lutar contra uma crescente crise de segurança. Grupos armados agora controlam grandes áreas do país, especialmente em regiões rurais distantes da capital.

A violência provocou grande agitação política, incluindo dois golpes militares desde 2022. Apesar da reorganização de aliados e da liderança militar, o presidente Ibrahim Traoré tem lutado para impedir a disseminação do controle extremista.

O ataque em Dargo ressalta a crescente instabilidade e o alto custo para soldados e civis em uma das zonas de conflito mais voláteis da região.

 

Três meses antes da eleição presidencial da Costa do Marfim, o líder de longa data Alassane Ouattara anunciou que vai concorrer a um quarto mandato.

“Sou candidato porque quero que nossa amada Costa do Marfim continue sendo um país próspero, em paz e segurança”, disse Ouattara, num discurso televisionado, citado pela African News. 

O presidente de 83 anos disse que tanto sua saúde quanto a Constituição do país lhe permitem cumprir outro mandato.

Ouattara, que é presidente desde 2011, disse que o país estava a enfrentar “desafios de segurança, económicos e monetários sem precedentes”.

O Presidente da Costa do Marfim acrescentou que acreditava que a gestão da situação exigia alguém com experiência.

Segundo a imprensa internacional, durante meses, a maioria presidencial de Ouattara clama por sua candidatura em grandes manifestações por todo o país.

Ao nomeá-lo como candidato, seu partido, Rally of Houphouëtists for Democracy and Peace (RHDP), elogiou seu histórico no cargo e o descreveu como o único garantidor da estabilidade na sub-região.

Refira-se que em 2016, Ouattara redefiniu o limite do mandato presidencial, alterando a Constituição para permitir que ele concorra às eleições de 2020.

O primeiro dia da greve dos taxistas em Luanda, convocada contra o aumento dos combustíveis, ficou marcado, esta segunda-feira, por episódios de violência, incluindo saques, vandalismo e confrontos que resultaram em vítimas mortais, segundo a imprensa internacional. 

A paralisação dos táxis deixou, esta segunda-feira, milhares de pessoas sem transporte na capital de Luanda e restantes províncias do país, obrigando-as a percorrer longas distâncias ou a permanecer nos locais de trabalho devido à situação de insegurança. 

Segundo a RTP, o que deveria ser uma “paralisação pacífica”, convocada por associações de taxistas, escalou para episódios de violência em diversos bairros da capital angolana. Grupos de jovens revoltados bloquearam ruas, invadiram lojas e atacaram veículos, incluindo autocarros e carros da Polícia, forçando as autoridades angolanas a intervir com disparos para dispersar as multidões.

Após um primeiro dia de tumultos, várias lojas, escolas e postos de abastecimento fecharam por precaução, enquanto o Palácio Presidencial reforçou a segurança. 

A eclosão da violência coincidiu com o regresso ao país do presidente angolano, João Lourenço, após uma visita oficial de três dias a Portugal.

GOVERNO ANGOLANO DENUNCIA “ACÇÕES CRIMINOSAS”

O Governo angolano considerou os actos de violência ocorridos, esta segunda-feira, “acções criminosas” e avisou que constituem um “ataque ao Estado democrático e de direito”, num comunicado do Ministério angolano do Interior, citado pela imprensa local.

Segundo o Ministério do Interior de Angola, “são actos premeditados de sabotagem e intimidação que não serão, em hipótese alguma, tolerados, pelo que as autoridades estão a tomar todas as medidas necessárias para a manutenção da ordem e tranquilidade públicas, bem como para identificar, responsabilizar e levar à justiça os mandantes e executores desses atos deploráveis”.

As autoridades angolanas reafirmam que “a situação de segurança pública é estável e apela à população para que se abstenha de participar ou incentivar esse tipo de ações e que colabore com as autoridades denunciando quaisquer atividades suspeitas”.

Enquanto a fome global mostra sinais de declínio, um novo relatório das Nações Unidas destaca uma tendência preocupante em África, onde a fome continua a aumentar. 

Segundo o relatório, estima-se que 512 milhões de pessoas em todo o mundo vão permanecer subnutridas até o final da década, 60% delas na África.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, emitiu um alerta severo durante a Cúpula Global de Sistemas Alimentares da União Africana, realizada na Etiópia. Em vídeo, Guterres alertou que os alimentos não devem ser usados “como arma de guerra”, juntando-se a outros líderes no apelo por medidas urgentes para enfrentar a crescente crise alimentar no continente.

Segundo a African News, cerca de 280 milhões de pessoas em toda África estão actualmente desnutridas. O presidente da Comissão da União Africana, Mahamoud Ali Youssouf, apontou os choques climáticos, os conflitos e as perturbações económicas como os principais impulsionadores do agravamento da insegurança alimentar.

Os líderes presentes na cúpula enfatizaram a necessidade de investimentos mais robustos em agricultura, resiliência climática e sistemas de proteção social para reverter a tendência.

Cheias e chuvas intensas provocaram 34 mortos em Pequim, na China, segundo anunciaram, nesta terça-feira, autoridades locais, citadas pela imprensa internacional.  

Em comunicado, o governo municipal indicou que a maior parte das pessoas morreram no distrito de Miyun, o mais afectado, e duas no distrito de Yanqing, ambos situados na periferia de Pequim.

Mais de 80 mil residentes foram retirados da cidade, incluindo 17 mil em Miyun, acrescentou a mesma nota. Durante a noite de segunda-feira voltou a chover com intensidade na área, resultando, segundo as autoridades, num deslizamento de terras, que causou quatro mortos na zona rural de Luanping, na vizinha província de Hebei, onde outras oito pessoas continuam desaparecidas. 

Segundo a RTP, as autoridades de Miyun abriram as comportas de uma barragem que atingiu o nível mais elevado desde a sua construção, em 1959, e alertaram a população para se manter afastada dos rios a jusante, cuja subida vai continuar devido à previsão de mais chuva.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou, na segunda-feira, que as cheias em Miyun causaram “graves baixas” e apelou a operações de salvamento, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.

O temporal provocou cortes de eletricidade em mais de 130 aldeias, destruiu linhas de comunicação e danificou mais de 30 troços de estrada. Na zona de Miyun, as inundações arrastaram automóveis e derrubaram postes de eletricidade.

As autoridades de Pequim activaram, na segunda-feira à noite, o nível máximo de emergência, ordenando à população que permanecesse em casa, encerrando escolas, suspendendo obras e actividades turísticas ao ar livre, medidas que vão vigorar até nova indicação.

A capital chinesa previa para hoje de madrugada a chuva mais intensa, com precipitação de até 30 centímetros em algumas zonas.

Donald Trump e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, chegaram a um acordo comercial este domingo, na Escócia. Os produtos europeus com destino à  América vão passar a ser taxados em 15% .  

O anúncio do acordo foi feito pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, este domingo, após uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, na Escócia.

O acordo comercial vai impor tarifas aduaneiras de 15% sobre os produtos europeus com destino aos Estados Unidos da América, com excepção da taxa sobre aço e alumínio, que se mantém em 50%. 

O memorando surge após os Estados Unidos terem ameaçado a Europa com tarifas de 30%, a partir de 1 de Agosto e o bloco europeu  ter preparado um pacote de retaliação no valor de 93 mil milhões de euros.

Trump apontou que a União Europeia se comprometeu a comprar energia dos Estados Unidos, numa margem de 750 mil milhões de dólares e ainda vai investir 600 mil milhões de dólares na América.

Houve também consensos sobre as tarifas zero bilaterais sobre uma série de bens estratégicos, como em produtos químicos, agrícolas, componentes aeroespaciais, matérias-primas e recursos naturais.

Por seu turno, o Japão afirmou, esta segunda-feira, que pretende acompanhar de perto as consequências do acordo comercial entre os dois blocos, apesar de considerar que reduz a incerteza económica.

Durante a oração do Angelus, neste domingo, no Vaticano, o Papa Leão XIV denunciou a grave situação humanitária em Gaza, afirmando que a população está a sofrer com a fome, a violência e o risco constante de morte.

O líder da Igreja Católica apelou a um cessar-fogo imediato, à libertação dos reféns detidos pelo grupo Hamas e ao respeito pelo direito humanitário.

O Papa manifestou ainda preocupação com outros focos de conflito no mundo, como a violência na fronteira entre Tailândia e Camboja, e no sul da Síria, com destaque para o sofrimento das crianças e famílias deslocadas.

Reforçando a mensagem de paz, Leão XIV defendeu a necessidade de negociações para garantir um futuro pacífico e digno para todos os povos, e pediu que os líderes globais se comprometam com o fim das hostilidades.

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