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O Ministro da Defesa de Israel ameaça destruir Cidade de Gaza se o Hamas não aceitar condições para cessar-fogo. Esta sexta-feira, pelo menos 37 pessoas morreram na Faixa de Gaza.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, diz que a cidade de Gaza pode ser destruída se o Hamas não aceitar as condições impostas por Israel para pôr termo à guerra. 

A ameaça surge um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter anunciado que vai dar a aprovação final para a ocupação da cidade de Gaza e, ao mesmo tempo, iniciar negociações com o Hamas, para devolver os reféns e terminar a guerra. 

Esta sexta-feira, 37 pessoas morreram, 19 das quais só na cidade de Gaza, em resultado de mais uma ofensiva do exército israelita, protagonizado durante a madrugada.

Doze dessas mortes ocorreram durante um ataque de artilharia contra o edifício de uma escola.  

Entre as vítimas na cidade de Gaza estava uma família, com três crianças, que perderam a vida quando a tenda em que se abrigavam foi bombardeada.

Outras 12 pessoas foram mortas durante os ataques que atingiram o campo de refugiados de Al Shati e cinco num hospital, enquanto aguardavam por ajuda humanitária. 

Desde o dia 08 de Agosto, mais de 50 estruturas residenciais foram atacadas na capital do enclave, provocando a morte de 87 palestinianos, segundo dados da Agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

 

Pelo menos 18 pessoas morreram e 60 ficaram feridas, esta quinta-feira, em dois ataques terroristas na Colômbia. O presidente do país, Gustavo Petro, atribui os ataques a dissidentes da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

A tarde de ontem foi violenta na Colômbia, depois de ter sido marcada por dois ataques terroristas.

Um dos ataques foi protagonizado com recurso a um camião-bomba, que explodiu em uma rua movimentada, perto de uma base aérea em Cali, no sudoeste da Colômbia, causando pelo menos seis mortos.

A outra ofensiva teve lugar no noroeste do país, quando uma facção atacou um esquadrão da polícia que trabalhava em uma missão para erradicar plantações de folhas de cocaína. Armados com fuzis e um drone, os rebeldes derrubaram um helicóptero e houve confrontos que resultaram na morte de doze policiais.

Segundo escreve a imprensa local, a Colômbia está a registar intensificação da violência nos últimos meses, a menos de um ano para a realização das eleições presidenciais, processo que está, para já, marcado pela morte a tiro do favorito da direita, o senador Miguel Uribe, em um atentado, a 11 de Agosto.

O presidente colombiano, Gustavo Pedro, já reagiu aos dois ataques terroristas e atribuiu-os a dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Segundo o dirigente, a aeronave foi atacada em retaliação de uma apreensão de cocaína que supostamente pertencia ao grupo.

Em resultado dos dois ataques, mais de 60 pessoas ficaram feridas, com destaque para civis. Em reacção, a Organização das Nações Unidas instou os grupos armados não estatais a respeitarem os direitos humanos.

 

O Presidente da Ucrânia disse que a República Popular da China não pode ser uma garantia de segurança para a Ucrânia “contra a Rússia”, referindo-se directamente ao apoio de Pequim a Moscovo.

Segundo a imprensa internacional, as declarações de Zelensky foram prestadas na quarta-feira a um grupo de jornalistas, incluindo da Agência France Presse, mas sob embargo até hoje de manhã.

“Em primeiro lugar, a China não nos ajudou a acabar com esta guerra desde o início. Em segundo lugar, a China ajudou a Rússia abrindo o mercado dos `drones`”, disse Zelensky sobre as posições de Pequim face ao conflito. 

Zelensky referiu-se também ao eventual encontro bilateral Ucrânia-Rússia, no quadro dos contactos diplomáticos estabelecidos nos últimos dias, afirmando que o encontro com o Presidente da Rússia pode ocorrer na Suíça, na Áustria e na Turquia.

O Presidente ucraniano disse ainda que acredita que um encontro com Vladimir Putin “é possível após um acordo sobre garantias de segurança para Kiev”.

Na mesma conferência de imprensa, o Presidente ucraniano disse que a Rússia está a concentrar tropas na região ocupada de Zaporijia, no sul da Ucrânia, preparando uma potencial ofensiva.

Segundo Zelensky, Moscovo está a transferir as forças da região russa de Kursk para Zaporijia, na Ucrânia.

Em questões relacionadas com armamento, o presidente ucraniano afirmou que Kiev testou com “sucesso” um novo míssil com um alcance de três mil quilómetros.

O míssil “Flamingo” pode começar a ser produzido em grande escala a partir do início do próximo ano, de acordo com Zelensky.  

O Presidente ucraniano revelou ainda que pediu ao homólogo norte-americano, Donald Trump, para “convencer” o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, a desbloquear a abertura das negociações sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.

“Pedi ao presidente [Donald] Trump que garantisse que Budapeste não bloqueava a nossa adesão à União Europeia. O presidente Trump prometeu que a equipa norte-americana vai trabalhar no assunto”, disse Zelensky.

Os Estados Unidos suspenderam o processamento da maioria dos pedidos de visto para o Zimbabwe até novo aviso. A embaixada dos EUA em Harare citou preocupações não especificadas em relação ao governo do Zimbabwe como o factor determinante por trás dessa decisão.

A embaixada também esclareceu que essa suspensão não constitui uma proibição de viagem e que os vistos emitidos actualmente vão permanecer válidos.

Segundo a imprensa internacional, a suspensão entrou em vigor em 7 de Agosto e se aplica a todos os serviços de visto, com excepção da maioria das categorias de vistos diplomáticos e oficiais.

Essa medida segue restrições anteriores impostas pelo Departamento de Estado dos EUA, com o objetivo de lidar com excessos de permanência e abusos de visto.

Um relatório recente, citado pela African News, indicou que a taxa de permanência excessiva de visto para o Zimbabwe foi de 10,57% em 2023.

O Zimbabwe disse  expressou preocupação com o impacto dessa suspensão.

Pelo menos 22 pessoas morreram na última semana, devido à cólera,  no Sudão, elevando, assim, o número para 2.515 mortes, desde Agosto de 2024. Os dados são do Ministério da Saúde daquele país.

O Sudão enfrenta uma emergência sanitária cada vez mais grave. O Ministério da Saúde daquele país avança que 22 pessoas morreram na última semana, vítimas de cólera.

Na mesma semana, houve registo de 1.575 novas infecções, totalizando 101.000 casos confirmados, desde o início da epidemia.

A doença já se alastrou por quase todo o país, num contexto em que este é assombrado também pela guerra.

Desde Abril de 2023, o país está mergulhado num conflito violento entre os militares sudaneses e as Forças de Apoio Rápido.

Segundo as Nações Unidas, mais de 20.000 pessoas foram mortas e mais de 14 milhões foram forçadas a fugir das suas casas.

Com o sistema de saúde a entrar em colapso devido à pressão combinada da guerra e da doença, o Sudão enfrenta agora uma das crises humanitárias mais graves do mundo.

 

A Polícia Federal do Brasil encontrou no celular do antigo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, uma carta de pedido de asilo político destinada ao presidente da Argentina, Javier Milei. A polícia acredita que Bolsonaro pretendia fugir da justiça. 

A referida carta de pedido de asilo político  integra o inquérito que fez com que Jair Bolsonaro fosse indiciado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.

A carta, segundo a Polícia Federal brasileira, evidencia um plano para deixar o país e evitar consequências judiciais da operação Tempus Veritatis, que investiga uma trama golpista.

O texto foi localizado em formato editável e sem assinatura, com última modificação registrada em 12 de Fevereiro de 2024, data em que Bolsonaro se refugiou por dois dias na embaixada da Hungria. 

Segundo a Polícia Federal, o conteúdo da carta afirma que Bolsonaro é alvo de perseguição política no Brasil e que medidas judiciais recentes teriam motivado o pedido de asilo.

A introdução do texto alega que ele sofre retaliações por razões ideológicas e políticas, e que busca protecção em solo estrangeiro diante do que considera injustiças em curso.

 

Pelo menos 79 pessoas morreram esta terça-feira, num acidente de viação no Afeganistão. As vítimas estavam num  autocarro superlotado que transportava afegãos expulsos do Irão.

O acidente na rodovia Herat-Cabul que ocorreu na noite da última terça-feira,  envolveu uma moto, um caminhão e um autocarro, segundo o governo local.

O autocarro transportava refugiados afegãos expulsos do Irão, parte de um êxodo de centenas de milhares de pessoas, que estavam a caminho da fronteira para Cabul.

As autoridades afegãs apontaram que o autocarro pegou fogo após o acidente e que o número de mortos era de 79, com 17 crianças entre os mortos.

Os afegãos referem que os acidentes de trânsito têm sido comuns no Afeganistão devido à precariedade das estradas, situação agravada por décadas de guerra e motoristas que não seguem as regras.

 

Um ataque à mesquita, no noroeste da Nigéria, causou 32 mortos, segundo adianta o Notícias ao Minuto, citando um habitante da cidade de Unguwar Mantau.

O número actualiza a informação inicial difundida na terça-feira, quando foi conhecido o ataque à mesquita durante as orações matinais, que apontava para 13 mortos.

Segundo o Notícias ao Minuto, o comissário do estado de Katsina, Nasir Mu’azu, afirmou na terça-feira que o ataque à mesquita foi provavelmente uma retaliação por uma acção dos moradores de Unguwan Mantau, que no fim de semana emboscaram e mataram vários dos homens armados.

Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque na cidade de Unguwan Mantau.

Os ataques, que matam e ferem dezenas de pessoas, são comuns nas regiões noroeste e centro-norte da Nigéria, onde pastores e agricultores locais frequentemente entram em conflito pelo acesso limitado à terra e à água.

Os agricultores acusam os pastores, na maioria de origem fulani, de pastar o gado nas suas quintas. Já os pastores insistem que as terras são rotas de pastagem que foram inicialmente reconhecidas pela lei em 1965, cinco anos após o país ter conquistado a independência.

O conflito prolongado tornou-se mais mortal nos últimos anos, alertam autoridades e especialistas.

 

Pelo menos 393 pessoas morreram na sequência de chuvas fortes que caem no Paquistão e estão a causar destruição de infra-estruturas nos últimos cinco dias. O número pode aumentar, segundo o governo paquistanês.

Debaixo das chuvas torrenciais desde quinta-feira, Paquistão está em estado de alerta. Na sequência das enxurradas, foram contabilizados 393 mortos, grande parte registados na província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa a noroeste.

No terreno, equipes de resgate tentam localizar dezenas de desaparecidos que podem estar soterrados. Segundo a autoridade de gestão de catástrofes do país, desde o dia 26 de Junho até aqui, há registo de 706 mortos.

O governo do Paquistão prevê mais danos humanos e materiais até meados de Setembro próximo, altura em que se prevê que o fenómeno chegue ao fim.

O Paquistão é considerado um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas. Em 2022, chuvas semelhantes mataram mais de 1.700 pessoas e causaram perdas económicas de mais de 30 mil milhões de euros.

 

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