O País – A verdade como notícia

O governo da África do Sul prometeu que não deixará que a retirada de cerca de 427 milhões de dólares em apoio dos EUA prejudique seu programa de HIV, mas está a ter dificuldades para preencher a lacuna. Especialistas, citados pela African News, alertam que os próximos anos poderão ver centenas de milhares de novas infecções.

Segundo a African News, a África do Sul tem mais pessoas a viverem com HIV do que qualquer outro país do mundo. Quando o presidente dos EUA, Donald Trump, cortou o orçamento de ajuda externa dos EUA, o impacto foi imediato, com clínicas gratuitas a fecharem as portas, deixando os pacientes sem medicamentos.   

Alguns pacientes, entrevistados pela imprensa sul-africana, dizem ter sido rejeitados em hospitais públicos, embora as autoridades insistam que isso não deveria acontecer.  Outros dizem que foram forçados a comprar medicamentos para HIV no mercado negro, onde os comprimidos custam quase o dobro do preço.

A operação militar conduzida pela Força Aérea da Nigéria resultou no resgate de  76 pessoas, no último sábado, vítimas de sequestro por grupos armados no estado de Katsina, no noroeste do país.

O resgate foi realizado após um ataque aéreo direcionado a uma área montanhosa em Pauwa Hill, na região de Kankara, onde operava um conhecido líder de gangue responsável por recentes ataques violentos na região noroeste da Nigéria.

 O grupo é suspeito de ter liderado a ofensiva contra uma mesquita e comunidades vizinhas na semana passada, acção que deixou cerca de 50 mortos.

O governo local confirmou a operação de resgate, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, apontando que durante a ofensiva, 76 reféns foram libertados, mas uma criança perdeu a vida.

Os sequestros em massa com fins de extorsão tornaram-se frequentes no noroeste e centro da Nigéria, onde grupos criminosos armados invadem aldeias remotas para roubo e captura de civis, exigindo posteriormente resgates em dinheiro. 

Embora essas milícias actuem sem motivações ideológicas claras, autoridades e analistas têm alertado para uma crescente cooperação estratégica entre esses grupos e facções jihadistas, que actuam no nordeste do país.

O Departamento de Estado dos EUA reavaliará o estatuto do Quénia como país aliado da NATO, devido a preocupações com os crescentes laços do país com a China, Irão e Rússia a ser concluída dentro de 180 dias.

De acordo com o Jornal de Angola, Washington examinará os laços militares e económicos do Quénia com a China, incluindo a sua participação na Iniciativa do Cinturão e Rota do presidente Xi Jinping, de acordo com a directriz apresentada pelo senador Jim Risch (R-Idaho) em 01 de Agosto.

“No mês passado, o presidente Ruto declarou que o Quénia, um importante aliado, não pertencente à NATO, e a China são ‘co-arquitectos de uma nova ordem mundial’. Isso não é apenas alinhamento com a China; é lealdade”, disse Risch durante um discurso no Comité de Relações Exteriores do Senado em Maio, “Confiar em líderes que abraçam Pequim tão abertamente é um erro. É hora de reavaliar o nosso relacionamento com o Quénia e outros que forjam laços estreitos com a China”, escreve o Jornal de Angola.

O relacionamento de Nairobi com o Irão e a Rússia, bem como com os grupos extremistas violentos Al-Shabaab e as Forças de Apoio Rápido do Sudão, também serão revistos. Além disso, o Senado mandatou o Departamento de Estado para investigar se o Governo do presidente William Ruto usou inteligência de segurança dos EUA para sequestrar e torturar civis.

O ex-presidente dos EUA, Joe Biden, deu ao Quénia o estatuto em Junho de 2024 como o primeiro país da África Subsaariana na sua relação com os EUA, o que lhe valeu a criação de uma parceria estratégica com as forças armadas norte-americanas e vem com vários privilégios militares e financeiros. Se os EUA retirarem o estatuto do Quénia, os seus militares poderão perder o acesso a equipamentos avançados de defesa e a participação em operações conjuntas, incluindo a missão de segurança no Haiti, avança o Jornal de Angola.

O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, afirmou, hoje, que os Estados Unidos querem um Irão “obediente” que aceite as suas exigências, garantindo que o país se vai opôr e descartando que a negociação directa com Washington resolva as tensões, escreve o Notícias ao Minuto.

Ali Khamenei destacou que o país “com a sua história, dignidade e grandeza, nunca será subjugado”, e advertiu que a nação enfrentará “com toda a sua força” aqueles que pretendem impor essa condição.

Khamenei, segundo o Notícias ao Minuto, rejeitou os apelos dentro do país para iniciar negociações directas com Washington a fim de chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano e aliviar as tensões.

“Aqueles que nos dizem por que não negociamos directamente com os EUA e não resolvemos os problemas só veem as aparências. À luz do verdadeiro objectivo da hostilidade dos Estados Unidos em relação ao Irão, essas questões são insolúveis”, afirmou.

O líder supremo iraniano disse ainda que Israel e os EUA compreenderam, após “a resistência e a poderosa união do povo, dos responsáveis e das forças armadas” na guerra dos 12 dias em Junho, que não é possível “subjugar a nação iraniana com a guerra nem obrigá-la a obedecer”.

Por isso, indicou que agora procuram alcançar o seu objectivo através da “criação de divisões dentro do país”, pelo que insistiu na necessidade de manter a coesão interna.

As declarações surgem depois de a Frente de Reformas – uma coligação de partidos reformistas – e várias figuras próximas terem apelado nos últimos dias a mudanças estruturais no país, especialmente na política externa, e a aceitar a exigência do Ocidente de suspender o enriquecimento de urânio em troca do levantamento das sanções que asfixiam a economia, adianta o Notícias ao Minuto.

Pelo menos oito pessoas morreram na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, incluindo dois bebés com poucos meses de idade, devido à fome no território palestiniano. A informação foi tornada pública pelas autoridades locais.

A situação na Faixa de Gaza continua crítica, com o número de mortos a aumentar a cada dia. Desta vez, pelo menos oito pessoas morreram, incluindo dois bebês recém-nascidos, devido à fome .

Os dados, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, elevam o número total das vítimas de fome para 281, sendo que destas 114 são crianças.

Uma das crianças que morreu na sexta-feira, era uma menina de 5 meses, internada num Hospital após sofrer de “desnutrição grave.

A ONU declarou a fome na província de Gaza, na sexta-feira, a primeira vez no Médio Oriente, e alertou que a situação deverá alargar-se às províncias de Deir el-Balah (centro) e Khan Younis (sul) até ao final de Setembro.

O secretário-geral-adjunto das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, afirmou, na sexta-feira, que se trata de uma fome “previsível e evitável” causada pelo homem.

Num outro comunicado, o Ministério da Saúde de Gaza apelou este sábado à comunidade internacional para agir e ir além de meras declarações.

Israel negou a existência de fome na Faixa de Gaza e acusou a ONU de veicular uma narrativa falsa do Hamas.

A ofensiva israelita já provocou mais de 62.260 mortos em Gaza, a maioria civis, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

O embaixador da Ucrânia em Moçambique diz que a guerra, que dura há anos, é uma violação à independência do país. A comunidade ucraniana residente em Maputo reuniu-se, hoje, para orar pela paz, no âmbito dos 34 anos da independência do país. 

Pelo quarto ano consecutivo, a Ucrânia celebra a sua independência em meio a guerra. Ainda sem luz verde para o cessar-fogo, quem, mesmo de longe, acompanha a morte de conhecidos e vê a destruição da terra que o viu nascer, o seu desejo é a paz. 

Em meio a orações, a comunidade ucraniana residente em Maputo, reuniu-se na Sé Catedral para reforçar o pedido de intervenção divina, para pôr fim à guerra. 

Há cerca de 10 anos em Moçambique, Saril Allan deseja regressar ao país, mas fala de uma Ucrânia irreconhecível devido à destruição. 

O embaixador da Ucrânia, Rostyslav Tronenko, que garante que o seu país está aberto a negociações de cessar-fogo, diz que o conflito é uma ameaça à independência.

A União Europeia esteve também representada nas orações e prometeu continuar a apoiar a Ucrânia, para o fim da instabilidade, disse Antonino Maggiore, Embaixador da União Europeia em Moçambique. 

O presidente ucranaino, Volodymyr Zelensky, felicitou os ucranianos pelo dia da independência com uma mensagem emotiva sobre a aspiração a uma paz justa, segura e duradoura.

 

O Ministério Público da República Democrática do Congo pediu uma pena de morte para o ex-presidente do país, Joseph Kabila. O antigo Chefe de Estado congolês é acusado de traição, crimes de guerra e apoio ao grupo rebelde M23. 

Mais uma etapa do processo criminal que pesa contra o ex-presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila.

É que na última sexta-feira, o procurador público do país pediu que fosse aplicada uma pena de morte ao antigo estadista congolês, no âmbito das acusações de traição ao Estado, crimes de guerra, incluindo o apoio ao Movimento rebelde 23 de Março.    

Em sede de Tribunal, um dos representantes  da acusação solicitou uma pena de 20 anos pela alegada ligação de Kabila com crimes de guerra e 15 anos por conspiração, embora não tenham sido fornecidos mais detalhes. 

Recorde-se que a imunidade de Kabila como senador vitalício foi revogada em Maio e actualmente os seus aliados consideram que o julgamento tem motivações políticas.

Joseph Kabila, presidiu de 2001 a 2019, a República Democrática do Congo, após assumir o poder aos 29 anos na sequência do assassinato do seu pai, o ex-presidente Laurent Kabila.

 

Uma operação internacional nos últimos meses, coordenada pela Interpol, resultou na prisão de 1 209 suspeitos de envolvimento em cibercrimes em África, que lesaram 88 mil pessoas. 

A acção decorreu entre Junho e Agosto, com apoio de 18 países africanos e do Reino Unido, e expôs uma rede de fraudes digitais de 1209 suspeitos, que terá feito cerca de 88 mil vítimas.

No total, foram recuperados mais de 97 milhões de dólares e desmanteladas mais de 11 mil infraestruturas digitais maliciosas.

Em Angola, por exemplo, foram encerrados 25 centros ilegais de mineração de criptomoedas operados por cidadãos chineses, que validaram transações blockchain de forma fraudulenta.

A Zâmbia também foi palco de um grande esquema de fraude online, que prometia lucros fáceis com criptomoedas. Estima-se que cerca de 65 mil pessoas tenham sido lesadas, com prejuízos que ultrapassam os 300 milhões de dólares e 15 indivíduos foram detidos.

A Interpol destacou a importância da colaboração com o sector privado, que ajudou a rastrear e identificar os autores dos crimes.

O Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar, um mecanismo das Nações Unidas, calcula que há 514 mil pessoas em privação alimentar, número que vai aumentar em Setembro. 

Um número que, segundo a imprensa internacional, corresponde a quase um quarto dos palestinos em Gaza, o número deverá aumentar para 641 mil até o final de Setembro.

Cerca de 280 mil dessas pessoas estão na região norte, abrangendo a Cidade de Gaza, que o relatório da ONU mostra estar em situação de fome. 

O restante está em Deir al-Balah e Khan Younis, áreas do centro e sul, onde se estima que estará em situação de fome até o final do próximo mês.

Israel rejeitou o relatório e disse ser “falso e tendencioso”, com o órgão militar que coordena as entregas de ajuda a Gaza. Tel Aviv afirmou que a pesquisa baseou-se  “dados parciais originários da Organização Terrorista Hamas”.

Para que uma região seja classificada como em situação de fome, pelo menos 20% da população deve sofrer de extrema escassez de alimentos, com uma em cada três crianças gravemente desnutridas e duas pessoas em cada 10 mil a morrerem diariamente de fome ou desnutrição e outras doenças.

+ LIDAS

Siga nos