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O político sul-africano Julius Malema foi considerado culpado de incitação ao ódio por comentários que fez em um comício político em 2022.  

Segundo a imprensa internacional as declarações em causa incluem frases como “Nenhum homem branco vai me bater”, e “Você nunca deve ter medo de matar”.  

O tribunal de igualdade do país decidiu que a declaração “demonstrou a intenção de incitar danos”, mas o Partido dos Combatentes pela Liberdade Económica de extrema-esquerda de Malema disse que ela havia sido tirada do contexto.  

Malema apareceu em um vídeo que o presidente dos EUA, Donald Trump, exibiu para o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante uma reunião na Casa Branca, no início deste ano. Trump acusou o governo sul-africano de sancionar o assassinato de fazendeiros brancos para roubar suas terras. Desde então, os EUA cortaram toda a ajuda financeira à África do Sul, alegando políticas antibrancas e antiamericanas.  

Malema já havia sido condenado por incitação ao ódio em um caso separado por repetir um cântico da era do apartheid em comícios que continha as palavras “atirem no bôer”, referindo-se aos agricultores brancos africâneres da África do Sul. O veredito foi posteriormente anulado. 

Os tribunais de igualdade lidam com alegações de discriminação e podem determinar que os culpados apresentem um pedido público de desculpas, paguem indemnização ou enfrentem processo criminal. Ainda não há uma decisão sobre a punição de Malema neste caso mais recente.  

Malema, que é parlamentar, mas não está no governo, tem sido frequentemente criticado em seu próprio país por seus discursos políticos. Ele teve o visto para viajar ao Reino Unido negado duas vezes este ano devido às suas declarações públicas, que incluem apoio ao grupo militante palestino Hamas. 

O presidente ucraniano pediu um endurecimento das medidas contra a Rússia, depois de um ataque com mísseis balísticos durante a noite que terá provocado a morte a oito pessoas, entre elas uma criança. 

“A Rússia escolhe os ataques em vez da mesa de negociações. Escolhe continuar a matar em vez de acabar com a guerra. E isso significa que a Rússia ainda não teme as consequências”, afirma Zelensky.

Segundo a imprensa internacional, pelo menos três bairros de Kiev foram alvos de um “ataque massivo”,. O chefe da administração militar da capital, Tymour Tkatchenko, referiu no Telegram a ocorrência de um “ataque balístico russo” que provocou incêndios numa creche e num edifício residencial.

Zelensky garantiu nas redes sociais que pelo menos oito pessoas morreram nos ataques, mas teme que possa haver ainda pessoas presas sob os escombros.

“Estes mísseis e drones de ataque russos são hoje uma resposta clara a todos no mundo que, há semanas e meses, vêm pedindo um cessar-fogo e por uma diplomacia genuína. A Rússia opta pela balística em vez da mesa de negociações”, refere.

“A Rússia ainda se aproveita do fato de que pelo menos parte do mundo fazer vista grossa ao assassínio de crianças e procura desculpas para Putin”, acrescenta.

Diz esperar uma resposta da China, da Hungria e “uma resposta de todos no mundo que pediram paz e que agora, com mais frequência, permanecem em silêncio em vez de assumirem posições baseadas em princípios”.

“Definitivamente, é hora de novas e duras sanções contra a Rússia por tudo o que ela está a fazer. Todos os prazos já foram quebrados, dezenas de oportunidades de diplomacia já foram arruinadas. A Rússia deve se sentir responsável por cada ataque, por cada dia desta guerra”, conclui.

Para além dos ataques na capital, a companhia ferroviária ucraniana relatou um “forte ataque” russo, que causou cortes de energia na região de Vinnytsia (centro), provocando atrasos nos comboios.

Os ataques na Ucrânia e na Rússia têm continuado nos últimos dias, apesar da intensa atividade diplomática para tentar pôr fim ao conflito desencadeado em fevereiro de 2022 pela invasão russa.

O exército russo, que ocupa cerca de 20% da Ucrânia, no leste e no sul, acelerou o avanço no terreno nos últimos meses, beneficiando do enfraquecimento da resistência ucraniana, com menos efetivos e menos bem equipada.

Kiev foi, esta madrugada, alvo de ataques russos com mísseis balísticos, que causaram estragos em, pelo menos, três bairros da capital da Ucrânia, segundo as autoridades locais.

Pelo menos três bairros da cidade foram alvos de um “ataque maciço”, segundo o presidente da câmara, Vitali Klitschko. O ataque fez pelo menos quatro feridos, que foram hospitalizados.

O chefe da administração militar da capital, Tymour Tkatchenko, referiu no Telegram a ocorrência de um “ataque balístico russo” que provocou, nomeadamente, incêndios numa creche e num edifício residencial.

Foi emitido um alerta aéreo para todo o território ucraniano por volta da uma da manhã do horário local.

Além dos ataques na capital, a companhia ferroviária ucraniana relatou um “forte ataque” russo, que causou cortes de energia na região de Vinnytsia (centro), provocando atrasos nos comboios.

Os ataques na Ucrânia e na Rússia têm continuado nos últimos dias, apesar da intensa actividade diplomática para tentar pôr fim ao conflito desencadeado em Fevereiro de 2022 pela invasão russa.

O exército russo, que ocupa cerca de 20% da Ucrânia, no leste e no sul, acelerou o avanço no terreno nos últimos meses, beneficiando do enfraquecimento da resistência ucraniana, com menos efectivos e menos bem equipados.

Pela primeira vez na passada terça-feira, a Ucrânia reconheceu que soldados russos entraram na região de Dnipropetrovsk (centro-leste), onde Moscovo já reivindicava avanços desde Julho.

A República Democrática do Congo e os rebeldes M23 iniciaram uma nova ronda de negociações.   As duas partes pretendem chegar a um acordo sobre como implementar uma trégua mediada pelo Catar,  que assinaram no mês passado.

As negociações de paz já decorrem em Doha, capital do Catar. Apesar desse acordo e de um anterior assinado entre Kinshasa e Kigali em Washington, os combates continuaram nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul da RDC. 

Esta última ronda de negociações  centra-se numa proposta de rascunho apresentada pelo Catar para um processo de paz em três fases. 

De acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, citado pela imprensa internacional, o mesmo envolve planos para criar um mecanismo de monitoria da trégua, bem como uma troca de prisioneiros. 

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Majed AlAnsari disse que as discussões actuais incluem planos para criar um mecanismo de monitorização da trégua, bem como uma troca de prisioneiros e detidos. 

Segundo ele,  os Estados Unidos e o Comité Internacional da Cruz Vermelha estavam intimamente envolvidos em apoiar as negociações.

Por sua vez,  o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica disse que o Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, já expressou a sua insatisfação.

O governo congolês e o M23 acusaram-se mutuamente de violar o cessar-fogo. Recorde-se que o grupo rebelde M23 é o grupo armado mais proeminente no conflito que já dura anos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, esta terça-feira, que vai implementar a pena de morte em Washigton para penalizar homicidios, como parte do plano de acabar com o crime na capital norte-americana.

“Se alguém matar uma pessoa na capital, em Washington DC, aplicaremos a pena de morte”, declarou Trump a jornalistas, acrescentando que está pronto para mandar militares para as cidades de Nova Iorque e Chicago, a semelhança do que está a acontecer em Washigton. 

“Dizem que sou um ditador, mas impeço o crime. Então, muitas pessoas dizem que é preferível ter um ditador, mas eu não sou um ditador, apenas impeço o crime”, disse. 

A organização internacional de liberdade de imprensa, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), condena veementemente o mais recente assassinato de jornalistas em Gaza por Israel, num ataque que matou 20 pessoas. Ao todo são 246 jornalistas mortos em Gaza desde Outubro de 2023.

O ataque ao Hospital Nasser em Khan Younis na segunda-feira, que causou a morte de 20 pessoas, incluindo seis jornalistas, gerou uma indignação global. 

A organização Repórteres Sem Fronteiras também condenou o ataque e disse que os jornalistas palestinianos foram alvos deliberados.

Na sua mensagem de repúdio, disse igualmente que é preciso permitir a abertura da Faixa de Gaza à imprensa internacional e acabar com o ciclo de impunidade dos crimes cometidos contra jornalistas palestinianos. 

O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lamentou o incidente, sublinhando que valoriza o trabalho dos jornalistas e profissionais de saúde mortos no local.

Israel proibiu os meios de comunicação internacionais de cobrir a guerra. Para mostrar ao mundo o que se passa no terreno, os órgãos de comunicação social ao nível global dependem em grande parte dos jornalistas locais em Gaza, bem como dos residentes locais.

No entanto, a protecção dos jornalistas é garantida pelo direito internacional, incluindo em tempo de guerra.

Desde o início do conflito, há quase dois anos, cerca de 246 jornalistas foram mortos pelas tropas israelitas.

Botswana declara emergência de saúde pública, devido à  uma crise sanitária que coloca os hospitais e clínicas sem medicamentos e mantimentos. O país está com dificuldades para tratar doenças como hipertensão, cancro e diabetes.

A emergência sanitária que assola o Botswana está a colocar o país em condições cada vez mais difíceis na prestação dos serviços básicos de saúde à população. Pacientes com doenças como  hipertensão, cancro e diabetes são os mais afectados, devido a ruptura de stok de medicamentos.

O Ministério da Saúde atribui a crise aos desafios financeiros. O Presidente Dumo Boko diz que o aumento dos custos de aquisição e os sistemas de distribuição ineficientes levaram a perdas, desperdícios e danos.

No início de agosto, o Ministério da Saúde alertou para o esgotamento dos stocks e adiou todas as cirurgias não urgentes, mas a crise prevalece. 

Desde então, o Ministério das Finanças aprovou 250 milhões de pulas que equivalem a 1.1 mil milhões de meticais em fundos de emergência para material médico.

O orçamento do Botswana tem estado sob pressão este ano, em grande parte devido à queda prolongada do mercado global de diamantes, uma das bases da sua economia. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou “intolerável” o ataque ao hospital Nasser, em Gaza, e instou Israel a respeitar o Direito internacional, salientando que “civis e jornalistas devem ser protegidos em todas as circunstâncias”.

“Os meios de comunicação social devem poder cumprir a sua missão de forma livre e independente para cobrir a realidade do conflito”, disse Macron após uma conversa telefónica com o Emir do Qatar, cita Lusa.

Vários países, a par da França, condenaram o ataque israelita ao hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que matou pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas.

O chefe da diplomacia do Qatar, Mayed al-Ansari, condenou estes ataques, que disse constituírem “um novo episódio na série de crimes odiosos cometidos pela ocupação contra o povo palestiniano irmão e uma violação flagrante do direito internacional”.

Al-Ansari sublinhou que ataques contra jornalistas e pessoal médico requerem “uma acção internacional e decisiva”.

Também a diplomacia alemã manifestou o seu choque com a morte de jornalistas, de equipas de salvamento e de civis, defendendo que o ataque deve ser investigado.

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, Israel deve “permitir imediatamente o acesso de meios de comunicação estrangeiros independentes e garantir a proteção dos jornalistas em Gaza”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano descreveu o ataque como um “crime odioso”.

O Vaticano, através do cardeal Pietro Parolin, diz-se “atordoado com o que está a acontecer em Gaza”, apesar da “condenação mundial”.

“Também aqui parece que não há atualmente nenhuma esperança de solução e que a situação está a tornar-se cada vez mais complicada, sobretudo do ponto de vista humanitário”, acrescentou.

Também os chefes da diplomacia dos 57 países-membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), que se reuniram hoje, afirmaram que Israel deve ser responsabilizado pelo Direito internacional por “crimes de guerra e genocídio” na Faixa de Gaza.

Os países apresentaram uma resolução em que exigem responsabilização e ação penal ao abrigo do direito internacional numa reunião extraordinária realizada na cidade saudita de Jeddah.

Em Novembro passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu três mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e o líder do Hamas, Mohammed Deif – entretanto morto – pelas acções realizadas na Faixa de Gaza e nos ataques do Hamas a 7 de Outubro de 2023, que desencadearam a ofensiva israelita no território palestiniano.

Israel bombardeou o hospital Nasser, esta manhã e, quando jornalistas e socorristas chegaram ao local para ajudar as vítimas e documentar o que aconteceu, voltou a bombardeá-lo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, numa técnica conhecida como “golpe duplo”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, definiu o ataque como “um trágico acidente”.

Vários grupos de manifestantes bloquearam hoje algumas das principais estradas de Israel, para exigir um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, informou a agência de notícias Efe.

Alguns dos manifestantes incendiaram pneus para perturbar o trânsito em vários cruzamentos da cidade e outros protestaram em frente à casa de vários ministros israelitas, tal como mostram imagens partilhadas nas redes sociais por vários grupos pró-democracia israelitas.

Segundo a imprensa internacional, as manifestações são parte de uma série de protestos convocados para hoje pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa a maioria dos familiares das pessoas raptadas nos ataques do grupo palestiniano Hamas de 07 de Outubro.

Há semanas que este grupo pede ao Governo israelita para pôr um ponto final na guerra e o regresso dos reféns.

Espera-se que várias marchas e protestos tenham lugar em todo o país ao longo do dia, culminando às 20:00 do horário local com uma manifestação na chamada Praça dos Reféns, em Telavive.

A 17 de Agosto, num evento semelhante, centenas de milhares de manifestantes encheram as ruas do centro de Telavive, para exigir um acordo que ponha fim à guerra, numa altura em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, segue em frente com os planos de intensificar a ofensiva e tomar a cidade de Gaza.

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