O País – A verdade como notícia

Um ataque aéreo do Israel reduziu a escombros um bairro residencial no centro de Sanaa, capital do Iémen, com casas destruídas, fumaça ainda a subir dos destroços e pertences de famílias espalhadas pelos escombros.

O ataque, que de quarta-feira, teve como alvo um prédio que abrigava os jornais 26 de Setembro e Al-Yemen, causando também um número significativo de vítimas civis e forçando muitos moradores a fugirem para áreas mais seguras.

Múltiplos alvos controlados pelos houthis foram atingidos no ataque. Embora os prédios residenciais não tenham sido atingidos diretamente, muitos desabaram devido às fortes ondas de explosão, prendendo civis sob os escombros. Segundo relatos dos houthis, o ataque deixou 46 mortos e 165 feridos.

“Esta era a casa de Abdullah Shabami. A esposa de seu filho Osama, que era médica, foi morta no ataque aéreo israelense. Esta é a casa de Azzub, bem aqui. Você consegue imaginar cinco famílias perdendo suas casas durante a noite? O próprio Ahmed Azzub também morreu, e sua filha ainda está no hospital. Lutamos por horas para retirá-la dos escombros”.

O relato é de Ibrahim Faki, morador do bairro atacado. Residentes do Iémen realizaram manifestações em Sanaa e outros lugares na sexta-feira e no sábado para protestar contra os referidos ataques aéreos.

Nos últimos tempos, a situação de segurança no Iémen e no Oriente Médio tem se agravado.

A Rússia diz ter abatido 340 drones ucranianos na sexta-feira. Enquanto isso, a Ucrânia relatou um ataque a uma refinaria de petróleo russa.

O Ministério da Defesa russo informou que seus sistemas de defesa aérea interceptaram três foguetes na sexta-feira. O anúncio foi feito este sábado.

As forças russas também lançaram ataques contra postos de comando ucranianos, unidades da legião estrangeira e instalações de armazenamento de drones, de acordo com a reportagem.

Além disso, as forças russas assumiram o controle do assentamento de Novonikolayevka, na região de Dnipropetrovsk.

Enquanto isso, as forças armadas ucranianas usaram as mídias sociais para afirmar que a situação em Kupiansk e seus arredores permanecia sob seu controle. 

Observou-se ainda que o ponto de saída do oleoduto usado pelas forças russas para transportar pessoal para Kupiansk também foi protegido por tropas ucranianas.

Um porta-voz das forças armadas ucranianas confirmou que as forças ucranianas retomaram uma vila na região de Dnipropetrovsk que estava sob controle russo.

Fontes da agência de inteligência militar ucraniana revelaram no sábado que drones foram enviados para realizar um ataque a uma refinaria de petróleo em Ufa, capital da República do Bascortostão, na Rússia.

Cento e sete pessoas morreram e outras 146 foram dadas como desaparecidas após um barco ter pegado fogo na República Democrática do Congo. Este é o segundo acidente mortal com um barco naquele país, na última semana.

Um barco de madeira com quase 500 passageiros a bordo pegou fogo e virou-se, na quinta-feira, na República Democrática do Congo. Cento e sete pessoas morreram e 146 foram dadas como desaparecidas pelas autoridades congolesas.

Este é o segundo acidente mortal com um barco naquele país, na última semana. O acidente desta quinta-feira ocorreu no rio Congo, na província do Equador, segundo um relatório do Ministério dos Assuntos Humanitários do Congo.

O acidente fluvial aconteceu um dia depois de 86 pessoas terem morrido e várias outras desaparecidas num acidente de barco na mesma província, elevando-se o total de mortos para quase 200. Até agora não são claras as causas dos dois acidentes.

À medida que mais pessoas recorrem a embarcações de madeira, consideradas mais baratas para viagens, os naufrágios tendem a ser cada vez mais frequentes na República Democrática do Congo.

Além de várias outras irregularidades, as embarcações, muitas vezes precárias, navegam sobrecarregadas à noite e a sinalização é praticamente inexistente. 

Os Estados Unidos da América, a Arábia Saudita, o Egipto e os Emirados Árabes Unidos apresentaram uma proposta para uma trégua humanitária de três meses no Sudão, seguida de um cessar-fogo permanente. 

Em uma declaração conjunta, os ministros das Relações Exteriores dos chamados países Quad pediram um processo de transição de 9 meses após a trégua para estabelecer uma governança liderada por civis.

“Não há uma solução militar viável para o conflito, e o status quo cria sofrimento inaceitável e riscos à paz e à segurança”, afirmam.

O Sudão está imerso em uma guerra civil desde Abril de 2023, quando as tensões entre as forças armadas e as Forças de Apoio Rápido paramilitares explodiram em guerra aberta. Os combates criaram uma das piores crises humanitárias do mundo, com cerca de 40.000 mortos e mais de 12 milhões de deslocados. Muitos dos que permanecem no país foram levados à beira da fome. 

A RSF vem estabelecendo seu próprio governo paralelo e assumiu a liderança no ano passado. O grupo controla a maior parte da região de Darfur, que serve de base para esse governo. A organização ainda luta contra o exército pela capital regional, com al-Fashir impondo um cerco devastador que espalhou a fome por toda a cidade.

O presidente, Luiz Lula da Silva, afirmou que o governo federal vai actuar contra qualquer proposta de amnistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de Janeiro, no qual está incluído o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Este posicionamento foi expresso, esta quinta-feira, durante entrevista de Lula da Silva a um Jornal brasileiro, onde garantiu que o seu  governo vai trabalhar contra a amnistia dos envolvidos no caso de tentativa de golpe de estado.

O presidente brasileiro falava no contexto das articulações da direita no Congresso que tentam aprovar projectos de amnistia para Jair Bolsonaro e outros 7 reus. 

Lula foi directo ao responsabilizar Bolsonaro pelo trama golpista.

O processo de Bolsonaro segue aberto a recursos, o que pode atrasar a execução da pena.

O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, pelo colegiado da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira. Bolsonaro não poderá ser eleito por oito anos, após o cumprimento da pena. 

Os ministros determinaram a aplicação da Lei da Ficha Limpa, que prevê que condenados por órgão colegiado, como é o caso da Primeira Turma do Supremo, fiquem impedidos de disputar as eleições por 8 anos após o cumprimento total da pena.

A aplicação da norma foi determinada para todos os oito condenados pela STF, nesta sexta. Refira que Jair Bolsonaro já é considerado inelegível até 2030 por uma outra condenação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Contudo, o cumprimento de pena não é imediato. As defesas dos réus condenados ainda podem apresentar recursos, como embargos de declaração, após a publicação do acórdão do julgamento. Não há um prazo definido para a publicação deste documento.

Além das condenações, a Primeira Turma determinou sanções ao ex-presidente e aos demais condenados. Todos deverão contribuir de forma solidária com o pagamento de R$ 30 milhões e terão as condenações remetidas ao STM (Superior Tribunal Militar) para análise de perdas de cargos e patentes, com exceção de Mauro Cid, por benefício da delação.

O activista conservador, Charlie Kirk, de 31 anos, morreu após ser baleado durante um evento universitário em Utah, esta quarta-feira. O líder norte-americano, Donald Trump, culpa a esquerda radical e promete retaliação. 

O fundador da organização juvenil Turning Point USA, Charlie Kirk foi atingido por um único disparo enquanto discursava sobre a violência com armas de fogo, numa universidade. 

Imagens do momento mostram-no levantando a mão antes de colapsar, com sangue jorrando do pescoço. O auditório entrou em pânico e a multidão dispersou-se em meio a gritos e correria.

O evento, promovido pela própria organização de Kirk, gerou forte polarização no campus, pois tinha sido levantada uma petição online que reuniu quase mil assinaturas contra a presença do activista, mas a universidade manteve a realização do debate, defendendo a liberdade de expressão.

Horas depois do ataque, o presidente norte-americano, Donald Trump, na Sala Oval, declarou luto nacional e prometeu retaliação. 

Para meus amigos americanos, estou cheio de dor e raiva do assassinato maligno de Charlie Kirk, em um campus universitário em Utah. Este é um momento escuro para os americanos. Aqueles da esquerda radical têm comparado americanos maravilhosos como Charlie com os nazistas e os piores assassinos e criminosos do mundo. Este tipo de retórica é responsável diretamente pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje. E deve parar agora mesmo”, disse Donald Trump.

Trump culpou diretamente a “esquerda radical” pela morte de Kirk e por outros episódios recentes de violência política no país, incluindo o atentado que quase lhe tirou a vida e o assassinato de Brian Thompson, director da United Healthcare.

Angola registou 37 casos diários de violência contra crianças em 2024, maioritariamente fuga à paternidade, trabalho infantil e violência física, tendo sido contabilizados, nesse período, 13 319 casos em todo o país, segundo dados oficiais.

De acordo com o Anuário Estatístico da Ação Social, Família e Promoção da Mulher 2024, citado por Lusa, as autoridades angolanas, através do Instituto Nacional da Criança (INAC), registaram 13 319 ocorrências de violência contra menores, sobretudo no terceiro trimestre de 2024.

As províncias de Benguela (2 487 casos), Bié (2 487 casos) e o órgão central de Luanda (1 728 casos) lideraram as ocorrências nesse período, sendo a maior parte dos casos de violência (54,6%) registados contra crianças do sexo masculino.

Quanto à tipologia dos crimes, destacam-se os casos de fuga a paternidade (6 228 casos), exploração de trabalho infantil (3 247), violência física (1 131 casos), seguido igualmente de casos de disputa de guarda (632 casos), violência psicológica (507 casos), violência sexual (477 casos) e outros.

Segundo o anuário estatístico, elaborado pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher em colaboração com o Instituto Nacional de Estatística (INE), 85,5% dos casos de violência contra menores foram encaminhados às autoridades judiciais.

Em relação ao apoio psicossocial, o Instituto Nacional da Criança prestou apoio a 2 520 crianças e suas famílias em 18 províncias do país.

As autoridades angolanas registaram igualmente no decurso de 2024 um total de 2 519 casos de violência doméstica, uma média de sete casos por dia, com grande incidência para a violência contra a mulher, 71 % do total.

Os registos apontam as províncias de Cabinda (393), Luanda (295), Lunda Norte (284), Moxico (246), Cuanza Sul (218) e Cuando-Cubango (210) com as somas mais altas, num total de 1.646, correspondente a 65%.

Os casos de violência doméstica dominaram no segundo semestre de 2024. Abandono familiar (940), violência sexual (14), violência patrimonial (143), violência psicológica (257) e violência física (114) lideraram as tipologias de violência doméstica neste período.

Foram ainda foram resolvidos 1 773 casos de violência doméstica, correspondentes a 70%, em 15 províncias do país, sendo Luanda (394), Moxico (246) e Cabinda (239), as províncias com maior número de casos.

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