O porta-voz da mídia do grupo extremista Hezbollah, Mohammad Afif, foi morto este domingo, num bombardeamento a Beirute, capital do Líbano. Segundo a agência de notícias britânica, Reuters, nem Hezbollah nem Israel confirmaram a informação.
Foi no ataque a uma das zonas que abriga muitos deslocados em Beirute, que o chefe da classe media do grupo hezbollah perdeu a vida e outras três pessoas ficaram feridas. Apesar de não haver confirmação de nenhuma das partes, a Reuters cita duas fontes de segurança libanesas e a Agência de Notícias Francesa AFP cita uma fonte não autorizada.
Sem mencionar nomes, o ministério de Saúde libanês referiu-se a quatro vítimas do ataque que eram do bairro de Ras al-Nabaa, entre as quais um morto.
Afif foi um conselheiro de media de longa data de Hassan Nasrallah, número 1 do grupo extremista, morto também, em ataque aéreo israelense em setembro. Afif gerenciou o canal de televisão “Al-Manar” do Hezbollah por vários anos antes de assumir o cargo de chefe do escritório de relações com a mídia do grupo apoiado pelo Irão.
Nas suas últimas aparições na imprensa, após o ataque mais mortal a Beirute desde o início da guerra entre Israel e Hezbollah, fez ameaças a Israel e disse que “viram muito pouco” do grupo desde o início da guerra e, na sua última declaração pública, a 11 de novembro, disse que o Hezbollah tinha armas e suprimentos suficientes para lutar uma “guerra longa”.
Não houve ordem de evacuação prévia ao bombardeio para a área atingida neste domingo. Antes da maioria dos ataques realizados pelo exército israelense em Beirute, um porta-voz militar publicou avisos para residentes das áreas visadas deixarem o local e se distanciar no mínimo por 500 metros.
Desde o início da guerra contra o Hezbollah, por volta de setembro, Israel realiza uma operação terrestre no sul do Líbano e ataques aéreos diários a alvos do grupo extremista libanês, principalmente à capital Beirute, onde estaria o armazém de armas do grupo.
Israel já matou outras autoridades da alta cúpula do Hezbollah em bombardeios na cidade de Beirute, incluindo o número 1 do grupo, Hassan Nasrallah, e seu possível sucessor, Hashem Safieddine, que era seu primo.