O País – A verdade como notícia

O Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas para o dia 17 de Novembro. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira, pelo próprio presidente. 

“De acordo com os poderes que me foram conferidos pelo artigo 87 da Constituição, e depois de consultar o Conselho Constitucional sobre a data certa, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia Nacional sobre a conveniência, dissolvi a Assembleia Nacional”, informou Bassirou Diomaye Faye.

Com a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições legislativas, o governo de Faye pretende encontrar mais apoio de um novo Parlamento para implementar o seu programa focado em diminuir a dependência externa, cujos objetivos têm sido prejudicados, até agora, pela falta de maioria parlamentar.

“Dissolvi a Assembleia Nacional para pedir ao povo soberano os meios institucionais que me permitiriam dar substância à transformação sistêmica que prometi”, explicou o governante. 

No seu discurso, Faye afirmou ainda que “a promessa de uma colaboração franca com a maioria parlamentar… era uma ilusão”.

“Decidiu virar as costas ao povo para prosseguir o seu culto de obstrução, bloqueando assim o projeto para o qual fui eleito”, prosseguiu.

Faye obteve uma vitória presidencial em Março de 2024 com a promessa de uma mudança radical para a nação da África Ocidental.

Juntamente com o seu Primeiro-Ministro, Ousmane Sonko, Faye candidatou-se com uma promessa de soberania e pan-africanismo de esquerda, aumentando as esperanças dos jovens num país onde três quartos da população tem menos de 35 anos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai estender as sanções ao Sudão até Setembro de 2025. As repreensões em vigor terminam este ano.  A extensão foi aprovada em resolução esta quarta-feira.    

O documento foi aprovado por unanimidade e inclui medidas de restrição do movimento de armas para Darfur e sanções a indivíduos e entidades que contribuem para desestabilizar o Sudão.

Tudo isso, segundo as Nações Unidas, é fundamental para ajudar a acabar com o conflito crescente, aliviar a catástrofe humanitária e colocar o Sudão de volta ao caminho da estabilidade e segurança. 

Em reacção,  o representante do Sudão disse que há evidências irrefutáveis ​​de que a guerra neste país do norte de África resulta do apoio dos Emirados Árabes Unidos às milícias que estão a cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur.

O Sudão enfrenta uma sangrenta guerra civil desde Abril de 2023, um conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 10 milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.

O conflito coloca de um lado o Exército, liderado pelo general Abdel Fattah al Burhanm, e do outro os paramilitares das Forças Rápidas de Apoio, comandados por seu ex-número dois, o general Mohamed Hamdan Daglo. Este último grupo contesta a não integração no exército após o golpe de Estado, sendo que o país é agora dirigido pelos militares. Os líderes das partes beligerantes são acusados de crimes de guerra, sobretudo de bombardeios indiscriminados em zonas habitadas.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, não vai concorrer para o segundo mandato. O governante terá tomado a decisão após uma conversa com a esposa que disse que ele não deveria concorrer a um segundo mandato porque “não merecia aquilo”.

O anúncio foi feito, na quarta-feira, à saída do Conselho de Ministros, no palácio do Governo, em Guiné Bissau. “Há dias estava com a minha esposa no avião, e ela disse: presidente, não vais concorrer a um segundo mandato. Eu perguntei porquê, então ele respondeu que eu não merecia isso”.

Embaló diz que, definitivamente, não vai concorrer porque não está ao nível dos políticos actuais, mas garantiu que, “nem Domingos (Simões Perreira), nem Braima (Camará), nem Nuno (Naibiam) quem me vai substituir. Outro alguém me vai substituir, porque Guiné-Bissau merece alguém melhor que nós”, disse.

Os candidatos presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump e Kamala Harris, trocaram acusações durante o primeiro frente-a-frente a caminho das eleições presidenciais de 5 de Novembro. O republicano diz que a democrata não dispõe de um plano económico ideal, ao mesmo tempo que Harris acusa Trump de ser inconsequente.

O debate começou num ambiente cordial, com os concorrentes às presidenciais nos Estados Unidos da América a darem o aperto de mão, antes de cada um deles defender as suas propostas de governação. 

Foram quase duas horas de frente-a-frente entre Donald Trump e Kamala Harris, o primeiro  entre os principais candidatos às presidenciais norte-americanas de 5 de Novembro.

Dez pontos foram colocados à mesa e os candidatos tinham a janela aberta para expor o seu manifesto.

Harris foi a primeira a usar o microfone, mas foi  Trump quem acendeu o debate, acusando a democrata e seu partido de não disporem de um plano efectivo para manter a economia do país em pé.

“Acho que o meu plano é um plano brilhante. É um ótimo plano. É um plano que vai aumentar o nosso valor como país, e vai fazer com que as pessoas queiram trabalhar, criar empregos e criar muito dinheiro, o que é bom e sólido para o nosso país. E só para terminar, ela não tem um plano. Ela copiou o plano de Biden”, disse Donald Trump.

Na mesma onda, Kamala Harris acusou Trump de egoísmo económico, aquando da sua liderança na altura em que era presidente dos Estados Unidos da América.

“Bem, sejamos claros: a administração de Trump resultou num défice comercial, um dos mais elevados que alguma vez vimos na história da América. Convidou as guerras comerciais.  Querem falar do seu acordo com a China. Durante a presidência de Donald Trump, ele acabou por vender barato os americanos à China para os ajudar a melhorar e modernizar as suas forças armadas”, acusou Kamala Harris.

A economia só abriu o debate, que foi descendo para questões mais sociais. O aborto também foi assunto, com as partes a divergirem sobre a proibição ou não.

“Ele disse, o bebé vai nascer, e nós vamos decidir o que fazer com o bebé. Por outras palavras, vamos executar o bebé. E foi por isso que eu fiz isso, porque isso predomina. Porque eles são radicais. Os democratas são radicais nisso. E a sua escolha para vice-Presidente, que eu acho que é uma escolha horrível”, acusou primeiro o candidato Republicano. 

Haris não demorou em revidar: “Donald Trump não devia estar a dizer a uma mulher o que fazer com o seu corpo. Falei com mulheres de todo o país. Querem dizer que era isto que as pessoas queriam? Mulheres grávidas que querem levar uma gravidez até ao fim, que sofrem um aborto espontâneo, a quem são negados cuidados”.

Ademais, a política externa foi também um ponto divergente entre as duas figuras com ambição de chegar à Casa Branca. 

Trump preferiu voltar a criar expectativas de ajudar no alcance da paz entre Rússia e Ucrânia, enquanto que Harris promete intervir para paz entre Israel e Palestina.

“Ela odeia  Israel. Nem sequer se quis encontrar com Netanyahu quando ele foi ao Congresso fazer um discurso muito importante, recusando-se a estar presente porque estava numa festa da sua república. Ela queria ir à festa da república”, acusou Trump. 

“Temos de ter uma solução de dois Estados em que possamos reconstruir Gaza, em que os palestinianos tenham segurança, autodeterminação e a dignidade que tão justamente merecem”, disse Harris.

Políticas de migração e ataque ao Capitólio também fizeram parte do debate entre Harris e Trump.

A República Democrática do Congo recebeu, esta terça-feira, dos Estados Unidos da América, as primeiras 50 mil doses de vacina contra a Mpox, uma semana após a chegada, naquele país, de 200 mil doses da União Europeia.

O surto da Mpox, ou simplesmente varíola dos macacos, continua a preocupar o mundo devido à rápida propagação da doença. 

Na República Democrática do Congo, país mais afectado pela doença, os casos estão mais concentrados nas  províncias de Equateur, Kivu do Sul e Sankuro, onde irá iniciar a vacinação no próximo dia 2 de Outubro, segundo as autoridades locais. 

Esta terça-feira, o país africano recebeu 50 mil doses de vacina, enviadas pelos  Estados Unidos da América. 

Este não é o primeiro lote de vacinas contra a Mpox a chegar naquele país africano. Na semana passada, a União Europeia enviou 200 mil doses de vacina.

As 250 mil doses já recebidas na RDC representam apenas uma fracção das três milhões de doses que as autoridades dizem ser necessárias para acabar com o surto. Os países da União Europeia comprometeram-se a doar mais de 500.000 doses, mas o calendário para a sua entrega não é claro.

Desde o início de 2024, foram confirmados 5.549 casos de Mpox no continente, com 643 mortes associadas, representando um aumento acentuado no número de infecções e mortes em comparação aos anos anteriores. Os casos na República Democrática do Congo representaram 91% do número total no mundo.

Na semana passada, o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças e a Organização Mundial de Saúde lançaram um plano de resposta ao surto de Mpox em todo o continente, avaliado em 600 milhões de dólares, três semanas depois de a OMS ter afirmado que o surto em 12 países africanos constituía uma emergência global.

Nove pessoas morreram e outras três foram resgatadas com vida num naufrágio que ocorreu no domingo ao largo da costa senegalesa. informação foi avançada, esta segunda-feira, pelas autoridades marinhas daquele país, que continuam  a busca pelos desaparecidos. 

A embarcação afundou ao largo da costa de Mbour, no oeste do Senegal, e, segundo as autoridades, era envolvida na imigração irregular. Nove pessoas foram confirmadas óbitos, três recuperadas com vida  pelos pescadores locais, no momento em que continuam as buscas por outros desaparecidos.

Os familiares das vítimas continuam acampados no local do incidente até que o trabalho de buscas seja concluído. 

“O que se passou em Mours desde ontem é uma verdadeira catástrofe. Nós, os familiares que aguardamos pelos corpos desaparecidos na praia, decidimos manter- nos aqui”, disse On Mohamed Barro,  parente de uma das vítimas

O Senegal é um dos principais pontos de partida de milhares de migrantes africanos que, tomam a perigosa rota atlântica para tentar chegar à Europa, através do arquipélago espanhol das Canárias, a bordo de embarcações sobrecarregadas e, muitas vezes, em mau estado.

Nos últimos anos, milhares de pessoas morreram ao tentar chegar à Europa por esta via. Segundo dados da Organização Internacional de Migrações, mais de 22 mil migrantes desembarcaram nas Canárias desde o início do ano, mais do dobro do número registado no ano anterior.

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão reunir-se em Cimeira informal, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, segundo informações publicadas pela agência de notícias Lusa.

A presidência, rotativa, são-tomense já enviou os convites aos dirigentes dos Estados-membros da CPLP, para participarem da reunião, no dia 23 de Setembro, à margem da semana do Debate de Alto Nível das Nações Unidas. O evento vai decorrer na semana entre 23 e 28 de Setembro.

Segundo o embaixador de São Tomé e Príncipe junto da CPLP, país que tem a presidência rotativa da organização até 2025, a data proposta de 23 de Setembro poderá não se verificar, porque o dia da cimeira informal “terá de ser ajustado de acordo com as agendas dos chefes de Estado”.

A representante permanente de São Tomé e Príncipe junto da CPLP, Esterline Género, disse ainda desconhecer a agenda da reunião, mas assegurou que não estará relacionada com a futura presidência da organização.

Habitualmente, realiza-se uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP, mas, este ano, a Presidência são-tomense entendeu que seria importante existir uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo dos nove países, adiantaram outras fontes diplomáticas.

O objetivo, segundo as mesmas fontes, é haver uma decisão definitiva sobre o local da próxima cimeira, que será no país que assumirá a presidência da organização.

Na última reunião de chefes de Estado e de Governo, que decorreu em São Tomé e Príncipe, em Agosto de 2023, quando este país assumiu a presidência, ficou decidido que seria a Guiné-Bissau o próximo Estado-membro a assumir a liderança, em 2025.

Contudo, dada a situação política naquele país, os Estados-membros deverão pronunciar-se agora sobre o local da próxima cimeira, que será no país que assume a futura presidência da comunidade por dois anos.

Cerca de 23 pessoas perderam a vida na sequência de inundações que assolam Marrocos e Argélia, provocadas pela chuva que se regista desde domingo.

Dois dias de chuvas torrenciais acompanhadas de tempestade foram suficientes para inundar o deserto de Sahara e causar a morte de 18 pessoas no Marrocos e outras cinco na Argélia, na região Norte de África.

As chuvas tinham sido previstas pelas autoridades dos dois países, mas, mesmo assim, excederam a precipitação esperada, tendo inclusive afectado algumas regiões atingidas por terremoto no ano passado.

Segundo escreve a imprensa marroquina, para além das mortes, 54 casas ruíram, nove pessoas estão desaparecidas, o acesso à água e a transitabilidade pelas estradas principais também estão temporariamente condicionados.

Estima-se que turistas provenientes do Canadá e Peru podem estar entre as vítimas, uma vez que a região recebe frequentemente elevado número de estrangeiros.

Na Argélia, país com eleições presidenciais marcadas para este fim-de-semana, as autoridades informaram que, para além das mortes, as inundações danificam pontes e comboios.

As autoridades dos dois Estados informaram que várias acções estão em curso para localizar os desaparecidos, bem como prestar apoio às vítimas, num período em que a chuva continua a cair.

O maior opositor do presidente Venezuelano, Edmundo González Urrutia, teve asilo político na Espanha, depois de reivindicar vitória nas últimas eleições e ter um mandato de captura contra si.  A União Europeia diz ser um momento triste para a democracia, enquanto os EUA dizem que o acto se deve a medidas antidemocráticas de Maduro.

Dias depois de Edmundo González Urrutia ter refugiado-se, voluntariamente, na embaixada espanhola na Venezuela, o maior opositor de Nicolás Maduro saiu do país para a Espanha, onde recebeu asilo político.

A saída do candidato da oposição que reivindicou a vitória das eleições presidenciais de 07 de Julho acontece numa altura em que o Ministério Público da Venezuela emitiu um mandato de captura contra si, alegando crimes de terrorismo e usurpação de funções.

Em justificação de sua saída do país, Urrutia revelou tratar-se de uma acto antecedido por pressões e ameaças políticas.

O caso está a levantar reações de outros países. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou o acto e disse ser um momento de tristeza para a democracia venezuelana, defendendo que em Estados democráticos nenhum representante político deve se sentir forçado a pedir asilo em outro país.

Quem também condenou a saída de González Urrutia foi o governo dos Estados Unidos da América, através do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que disse que a saída de Urrutia é uma consequência das medidas anti-democráticas do chefe de Estado venezualno, Nicolás Maduro.

O candidato presidencial que disputou as eleições com Nicolás Maduro saiu da Venezuela através de um voo num avião da força aérea espanhola.

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