O País – A verdade como notícia

Um homem foi detido, perto do comício de Donald Trump em Coachella, no estado da Califórnia, por posse ilegal de armas. Segundo a Polícia, o indivíduo tinha duas credenciais falsas para o evento e estava fortemente armado.

A Policia suspeita que se tratava de uma terceira tentativa de assassinato do candidato republicano a Casa Branca.

O suspeito, de 49 anos, foi parado numa operação perto do evento e os agentes de segurança descobriram que trazia consigo uma caçadeira, uma pistola e um carregador com munições de alta capacidade, para os quais não tinha licença de porte.

Além disso, trazia uma credencial VIP e outra de imprensa para o comício, que afinal eram falsas. 

O homem, segundo as autoridades, é eleitor republicano e pertence a uma organização “anti-governo” radical de direita.

O Serviço Secreto, responsável pela segurança de Presidentes e candidatos presidenciais, emitiu um comunicado onde garante que o incidente não teve impacto nas operações de protecção e declara a sua gratidão aos parceiros de segurança locais.

Caso se efectivasse, esta seria a terceira tentativa de assassinato contra o ex-Presidente dos Estados Unidos da America.

O Prémio Nobel da Economia 2024 vai para o Instituto de Tecnologia de Massachusetts,  dos Estados Unidos da América. O anúncio foi feito, hoje, pela entidade responsável pela distinção, que destaca os estudos feitos pelo instituto sobre a prosperidade entre nações. 

Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson abordam estudos sobre como as instituições são formadas e afectam a prosperidade. Em outras palavras,  os três economistas elaboraram trabalhos que tentam explicar porque há países mais ricos que os outros. Um problema já estudado por Adam Smith, considerado o pai da economia. 

Daren Acemoglu é autor de centenas de artigos académicos. A maioria da sua pesquisa foi motivada pela tentativa de compreender “a origem da pobreza”. Sua pesquisa inclui uma ampla gama de tópicos, como política ,economia e capital humano.

Em Novembro de 2020,  Simon Johnson foi nomeado membro voluntário da Equipe de Revisão da Agência de transição presidencial de Joe Biden, para apoiar os esforços de transição relacionados ao departamento de tesouro dos Estados Unidos 

James A. Robinson   estuda o que torna os países diferentes, concentrando-se nas instituições económicas e políticas subjacentes, que levam alguns à prosperidade e outros ao conflito

O prémio de economia foi criado em 1968 pelo Banco Central da Suécia, é formalmente conhecido como o Prémio do Banco da Suécia em Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel. Este é o último Nobel a ser conhecido, depois do anúncio dos vencedores nas categorias de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz.

Cerca de 15 partidos da oposição no Chade denunciaram um registro eleitoral “corrupto” e falta de garantias de que as eleições serão livres e justas. As eleições no Chade estão marcadas para 29 de Dezembro e os candidatos poderão enviar suas candidaturas entre 19 e 28 de Outubro.

No domingo, 13 de outubro, os partidos de oposição, que não participaram da transição e não ocupam assentos em instituições, pediram aos chadianos que impusessem um “bloqueio eleitoral”.

O partido de Succès Masra, ex-primeiro-ministro, ainda não esclareceu a sua estratégia.

 As eleições de 29 de Dezembro acontecem meses depois da promulgação de uma nova lei orgânica que define a composição do novo Parlamento.

Os chadianos votaram, pela última vez, em eleições parlamentares, em 2011.

Uma nova assembleia deveria ser eleita em 2015. No entanto, a eleição foi adiada diversas vezes, devida a ameaça jihadista, da Covid e da transição que se seguiu após a morte do falecido presidente Idriss Déby em 2021.

 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu, hoje, ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que retire, imediatamente, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) “para um local seguro”.

As declarações foram feitas durante um discurso em que Benjamim Netanyahu interpelou directamente o secretário geral da ONU. “Senhor  secretário-geral, retire as forças da FINUL para um local seguro. É preciso fazê-lo já, imediatamente”, apelou. 

Na sua mensagem a António Guterres, o primeiro-ministro israelita lamentou que o exército israelita já tenha feito este pedido, apenas para ser “constantemente rejeitado”, uma recusa “destinada a fornecer escudos humanos aos terroristas do Hezbollah”.

“A sua recusa em retirar as forças da FINUL torna os seus membros reféns do Hezbollah e também põe em perigo a vida dos nossos soldados”, destacou.

Netanyahu disse que Israel faz “o possível” para evitar danos nas forças de manutenção da paz, mas considerou que a melhor forma de evitar tais incidentes é retirá-las do território, o que exigiria uma decisão do Conselho de Segurança.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, pediu, no sábado, ao seu homólogo israelita, Yoav Gallant, que garanta a segurança dos capacetes azuis e das forças armadas libanesas, após os ataques contra posições de manutenção da paz, no sul do país e a morte de dois soldados libaneses.

Gallant enfatizou que os militares israelitas continuarão a tomar medidas para “prevenir danos” às tropas da FINUL, mas alertou que “o Hezbollah opera e dispara nas proximidades das posições da FINUL, usando missões de manutenção da paz como cobertura para as suas atividades”.

Pelo menos 15 pessoas morreram, na madrugada deste domingo, em cerca de 200 ataques realizados pelas forças de Israel contra o Hezbollah.  A informação foi partilhada pelo Ministério da Saúde libanês, citado pela imprensa local. 

Do número total, nove pessoas morreram em um ataque contra uma aldeia,  situada a norte de Beirute, onde houve, também, quatro feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês. 

No sul, mais quatro pessoas morreram e 18 ficaram feridas num ataque a Barja, um  distrito que fica a 34 quilómetros a sul de Beirute. 

No sábado, Israel ordenou a retirada de pessoas em outras 22 cidades, no sul do Líbano, e voltou a pedir à população civil que se deslocasse para o norte do rio Awali.

A Cruz Vermelha informou que vários dos seus socorristas ficaram feridos, este domingo, num ataque a uma casa no sul do Líbano, para onde foram enviados em coordenação com a missão da ONU, que actua como tampão entre Israel e Líbano.

Já o Hezbollah disse que disparou  foguetes contra soldados israelitas numa aldeia perto da fronteira entre o Líbano e Israel.

Anteriormente, o movimento libanês pró-iraniano disse que os seus homens estavam a confrontar tropas israelitas que tentavam infiltrar-se perto de outra aldeia fronteiriça, a poucos quilómetros a oeste de Maroun al-Ras.

Há mais de duas semanas, o exército israelita lançou uma ofensiva com uma campanha de bombardeamentos sem tréguas contra o sul do Líbano e os subúrbios a sul de Beirute, conhecidos por Dahye.

O conflito agravou-se, em 01 de outubro, com a invasão terrestre do exército israelita no sul do Líbano, onde mantém actualmente quatro divisões -, acompanhada por uma intensificação dos bombardeamentos israelitas, que já provocaram mais de 2.200 mortos.

Tito Mboweni,  ex-ministro das Finanças e do Trabalho da África do Sul e primeiro governador negro do banco central, morreu, num hospital em Johanesburg, depois de uma breve doênça, segundo avançou a mídia sul africana , na noite de sábado. 

O ativista anti-Apartheid foi o primeiro Ministro do Trabalho da África do Sul democrática de 1994 a 1999, no Gabinete do Presidente Fundador, Nelson Mandela. Actuou como governador do Banco da Reserva da África do Sul a partir de 1999, durante 10 anos.

Mboweni foi também Ministro das Finanças, durante o primeiro mandato do actual presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. 

A Presidência sul africana, segundo cita o portal de notícias African News, divulgou uma declaração, no sábado, na qual Ramaphosa elogia “um líder e compatriota que serviu a nação como ativista, inovador em políticas económicas e defensor dos direitos trabalhistas…Dado seu senso de vitalidade e seu envolvimento energético e afável com outros sul-africanos, o falecimento do Dr. Mboweni aos 65 anos foi um choque”. 

 

Mais de 550 pessoas morreram e 1.9 milhão foram afectadas pelas inundações no Chade. A informação foi divulgada este sábado.

Todas as 23 províncias do Chade foram atingidas por chuvas muito fortes que provocaram inundações. As autoridades locais falam de 550 mortos e 1.9 milhões de afectados e 210 mil casas destruídas .

Dos cerca de 1,9 milhões de pessoas afetadas no país, o Fundo de População das Nações Unidas afirma que 85 mil são mulheres grávidas.

As famílias estão agora abrigadas em locais e escolas improvisadas, sem acesso a serviços de saúde, água potável, saneamento e higiene, uma vez que as doenças como diarreia, malária, infecções respiratórias e cutâneas podem aumentar.

Os riscos de protecção também aumentaram para mulheres e raparigas em locais temporários, onde têm pouca ou nenhuma privacidade, e quando se aventuram no exterior em busca de comida e lenha num ambiente desconhecido.

Os estragos ocorreram numa altura em que o país declarou uma emergência de segurança alimentar e nutricional em Fevereiro.

As inundações generalizadas na região da África Ocidental e Central desencadearam crises em cerca de dois milhões de pessoas, com consequências devastadoras.

Pesquisadores do clima alertam que as lagoas que se formaram no deserto do Saara, devido a fortes chuvas no sul do Marrocos, podem mudar o clima da região e originar, também, novos e mais tipos de vegetação no local mais seco do mundo.

Durante dois dias, uma das regiões mais secas do Marrocos, que não via água há cerca de 50 anos, observou enchentes. A situação, considerada rara e atípica, criou lagoas entre as palmeiras e dunas do deserto do Saara.

Os pesquisadores do clima, ouvidos pelo “O País”, estão divididos na explicação sobre o fenómeno. Mas convergem ao considerar que o Saara pode perder o estatuto de mais quente e seco do mundo.

Para o historiador ambiental Marlino Mubai, não há motivos para alarme, até porque “há dez ou cinco mil anos aquela era uma região com uma vegetação intensa”.

Mubai avança, justificando que “(…) aquilo não é um acontecimento isolado da região do Saara.Se olharmos para o planeta, no geral, vamos perceber que em tantas outras regiões há fenómeno um pouco fora do comum, sob o ponto de vista do clima”.

O sudeste do Marrocos é uma das áreas mais áridas do mundo e a chuva é rara, especialmente no final do verão. O governo marroquino informou que, em setembro, dois dias de chuva superaram a média anual em várias localidades que recebem menos de 250 milímetros por ano, incluindo Tata, uma das mais afetadas.

Em Tagounite, uma vila situada a cerca de 450 quilômetros ao sul da capital Rabat, foram registrados mais de 100 milímetros em apenas 24 horas.

As tempestades mudaram o deserto do Saara, fazendo água jorrar pelas areias e enchendo o Lago Iriqui, que estava seco há 50 anos. Essa quantidade de água também trouxe vida à vegetação local, criando um contraste impressionante com os castelos da região.

O pesquisador ambiental, Serafino Mucova, fala de “consequências negativas”, como “destruição de infra-estruturas e implicações económicas, ambientais e socioeconómicas” e “‘positivas”, neste caso “a recarga dos aquíferos que vai reavivar a ocorrência da vegetação neste local ”.

O investigador continua revelando que o continente adricano está cada vez mais quente e isso deve ser motivo de preocupação, porque “os próximos anos serão cada vez mais dramáticos.Esses eventos serão mais frequentes e intensos e é preciso uma boa preparação para fazer frente a estes eventos”, sugeriu o especialista.

O ambientalista Lário Herculano alerta que se o fenômeno preexistir, parte do deserto do Saara pode desaparecer ao longo do tempo.

“Se assim continuar, em trinta anos, nós já teremos perdido uma parte do deserto do Saara e vai afectar o equilíbrio ecológico”,adverte.

Há ainda muitas incertezas sobre a complexidade e significado do fenómeno incomum. Em meio a isso, os três especialistas convergem ao afirmar que a chuva, no deserto do Saara, pode causar mudanças no clima da região mais árida do mundo, influenciando o surgimento de nova vegetação, à medida que vai facilitar a produção agrícola.

“A dado momento que se formam lagos, elas podem criar novas precipitações,  isso pode criar chuvas cíclicas e a partir daí vamos ter um microclima diferente”, explicou Lário Herculano.

Este não é o primeiro caso atípico que ocorre na região. O mais recente deu-se há três anos, Gelo e neve cobriram as dunas do deserto, na região que compreende a Argélia.

Aumentaram para 16 as mortes causadas pelo furacão Milton, no Estado da Flórida, que ainda ameaça o sudeste dos Estados Unidos da América. As buscas por mais vítimas continuam.

Segundo as autoridades, as pessoas morreram depois de vários tornados desencadeados pelo furacão Milton terem afectado a região, na tarde de quarta-feira, e terem atingido um centro de idosos de Spanish Lakes Country Village, situado no norte de Fort Pierce.

As equipas de busca e salvamento estão no processo de localizar mais vítimas, uma vez que estes tornados deixaram centenas de casas danificadas ou totalmente destruídas em todo o condado, que é uma divisão administrativa dos Estados Unidos da América.

O furacão deu-se na quarta-feira à noite em Siesta Key, perto da cidade de Sarasota, com ventos máximos de 205 quilómetros por hora, o que corresponde à categoria 3.

Milton é o segundo furacão a atingir a Flórida em quase duas semanas, após o impacto do poderoso furacão Helene, a 26 de Setembro, que entrou pelo noroeste do Estado com categoria 4, deixando mais de 250 mortos e um rasto de devastação em seis Estados do sudeste dos Estados Unidos da América.

Os pedidos de indemnização por danos materiais na sequência da passagem do furacão poderão ter um impacto nas seguradoras de entre 50 mil milhões e 60 mil milhões de dólares, de acordo com o sector, que diz estar preparado para dar resposta.

Antes do fenómeno atingir o país, o Presidente Joe Biden juntou-se ao governador da Flórida e pediu que os moradores das zonas de risco saíssem o mais rápido possível.

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