O País – A verdade como notícia

Morreu este domingo, aos 91 anos, Quincy Jones, compositor e produtor musical norte americano, que lançou álbuns icônicos incluindo o “Thriller”, “Off the Wall”, e “Bad”, do “Rei do Pop”. De acordo com um comunicado da família, o músico morreu de forma natural, na sua casa em Los Angeles, na Califórnia, cercado pelos seus filhos, irmãos e familiares próximos.

Quincy partiu, mas sua vida deve ser celebrada, diz a sua família em comunicado, cita AFP.

“Nesta noite, com os corações repletos, mas partidos, temos que compartilhar a notícia do falecimento do nosso pai e irmão Quincy Jones. Embora seja uma perda para a nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele”, completou a nota citada.

Segundo os familiares, Jones é “verdadeiramente único” e fará falta para a família e a indústria da música. “Estamos confortados e orgulhosos em saber que o amor e a alegria foram compartilhados com o mundo pelo que ele criou. Por meio de sua música e de seu amor sem limites, o coração dele baterá por toda a eternidade”, afirmou o texto.

Durante a sua trajectória, são consideradas como suas maiores honras as suas produções com Michael Jackson, nomeadamente, “Off the Wall”, “Thriller” e “Bad”, que foram álbuns universais.

Jones foi uma peça fundamental para a consolidação da carreira de Michael Jackson e juntos criaram uma paisagem sonora global a partir de disco, funk, rock, pop, R&B, jazz e cantos africanos.

O álbum “Thriller” vendeu mais de 20 milhões de cópias só em 1983 e disputou com “Greatest Hits 1971-1975” dos Eagles, entre outros, como o álbum mais vendido de sempre.

Além de Michael Jackson, Quincy colaborou também com alguns gigantes da indústria musical, como Aretha Franklin, Frank Sinatra, Celine Dion e Ray Charles.

Quincy foi também relevante na indústria cinematográfica sendo o fundador da gravadora que produziu a série “Um Maluco no Pedaço”, protagonizada por Will Smith.

Jones fez 70 anos de carreira e apesar de sua vida e obra serem motivos para “celebrar”, ainda continuam desconhecidas as causas da sua morte.

Donald Trump escalou este domingo os Estados da Pensilvânia, Georgia e Macon, para a última acção de campanha eleitoral para as eleições de 5 de Novembro corrente. Por sua vez, Kamala Harris concentrou-se no Michigan, onde comprometeu-se a trabalhar para os americanos.

Os candidatos presidenciais Donald Trump e Kamala Harris escolheram, no domingo, os estados da  Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia e Michigan, consideradas decisivas para a eleição presidencial nos Estado Unidos de America,  para as últimas acções de “caça ao voto”. 

Depois de Carolina do Norte, o republicano dirigiu um comício popular na Pensilvânia, em Lititz, considerado o mais crítico dos estados decisivos. Economia e imigração são os dois temas principais que se espera ouvir de Trump nos eventos.

“Vamos defender as nossas fronteiras e proteger os nossos cidadãos e as nossas terras. Vamos acabar com a imigração ilegal e com o grande número de assassinos e traficantes de drogas, que estão a entrar no nosso país. Vamos acabar com eles a frio. Queremos que as pessoas entrem no nosso país, mas que o façam legalmente. Voltaremos a ser uma nação livre e orgulhosa. Toda a gente vai prosperar. Todas as famílias vão prosperar. E todos os dias serão repletos de oportunidades e esperança, e repletos do sonho americano”, prometeu o democrata.

Da Pensilvânia, Trump vai escalar Macon, Geórgia para o fecho da campanha, em um dos estados que, em 2020, foi ganho pelo democrata Joe Biden, e que ditou a derrota dos republicanos. 

Do outro lado da corrida, Kamala Harris esteve em Michigan, um estado essencial e de que dependem os democratas para chegar à Casa Branca. Harris disse ser forte para devolver alegria aos americanos.

“O trabalho árduo é um bom trabalho. O trabalho árduo é um trabalho alegre. E não se enganem, nós vamos ganhar. E Michigan, tu conheces-me, eu não tenho medo de lutas difíceis. Evidentemente, durante décadas, como procurador e principal responsável pela aplicação da lei, no maior estado do país, ganhei lutas contra os grandes bancos, que roubavam os proprietários de casas. Ganhei lutas contra faculdades com fins lucrativos, que burlavam veteranos e estudantes. Ganhei lutas contra predadores que abusavam de mulheres, crianças e idosos. Ganhei lutas!”, disse Kamala. 

Quem também esteve no terreno foi a antiga primeira-dama Michelle, que disse serem necessários “líderes que se conectem com a dor das pessoas e abordem as questões sistémicas na sua raiz, não de líderes que alimentem os nossos medos e concentrem a nossa fúria uns nos outros”.

A última sondagem da Marist dá a Harris 51% das intenções de voto contra 48% de Trump, ainda dentro da margem de erro, mas com uma diferença mais folgada que noutros estados. A nível nacional, o agregado de sondagens dá a Kamala Harris uma pequena vantagem sobre Donald Trump, cerca de 1,4% segundo a plataforma FiveThirtyEight

Pelo menos 31 pessoas foram mortas, este domingo, durante bombardeamentos israelitas, na Faixa de Gaza, no domingo. Segundo os médicos palestinianos citados pela imprensa internacional, mais da metade das mortes ocorreram nas zonas onde as Forças de Defesa de Israel levam a cabo uma campanha militar, que visa impedir o reagrupamento do Hamas. 

Os palestinos afirmam que as novas ofensivas aéreas e terrestres e as evacuações forçadas são uma limpeza étnica, destinada a esvaziar duas cidades do norte de Gaza e um campo da sua população, de forma a criar zonas tampão. 

Israel, por sua vez, nega esta afirmação, dizendo que está a lutar contra os militantes do Hamas que lançam ataques a partir dessa zona.

Segundo relatórios médicos, pelo menos 13 palestinianos foram mortos em ataques separados a residências, na cidade de Beit Lahiya e em Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados históricos do enclave e o foco da nova ofensiva do exército.

Os restantes foram mortos em ataques aéreos israelitas separados na cidade de Gaza e em zonas do sul, incluindo um em Khan Younis, que, segundo as autoridades sanitárias, matou oito pessoas, incluindo quatro crianças. 

Contudo, a agência do exército israelita para os assuntos civis palestinos afirmou que facilitou o lançamento da segunda ronda da campanha de vacinação contra a poliomielite no norte de Gaza, no sábado, e que 58 604 crianças receberam uma nova dose.

 

Mais de duzentas pessoas morreram após inundações que assolaram a Espanha. Os trabalhos de busca de desaparecidos e de recuperação de eventuais cadáveres vão continuar nos próximos dias.
Os alertas mantêm-se em várias regiões de Espanha, que foram vítimas do fenómeno meteorológico DANA.

As equipas das forças armadas e de segurança do Estado já encontraram 211 cadáveres nos locais em que actuaram no terreno, concretamente milhares de garagens, casas e estradas inundadas.
Os trabalhos de busca de desaparecidos e de recuperação de eventuais cadáveres vai continuar nos próximos dias.

Mais de cinco mil elementos das forças de segurança espanhola foram enviados para o terreno, para dar resposta a uma situação trágica com problemas e carências severas.

O Governo espanhol diz que dezenas de pessoas continuam a procurar familiares e amigos desaparecidos.

As eleições legislativas antecipadas da Guiné-Bissau já não terão lugar no próximo dia 24 de Novembro. Segundo o Governo e o Presidente guineense, “não há condições”.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou, ontem, que vai decretar, na próxima semana, por sugestão do Governo, o adiamento das eleições legislativas antecipadas que estavam marcadas para 24 deste mês.

Embaló afirmou que o decreto é apenas uma forma de anunciar, mas as eleições foram adiadas, justificando que o Governo propõe ao Presidente e o Presidente não organizar as eleições.

Alguns membros do Governo garantiram que não existem condições para a realização de eleições legislativas no próximo dia 24.

Mais da metade dos sudaneses (25.6 milhões), estão a passar fome aguda, das quais, 755 mil em “condições catastróficas”, causada pela guerra que eclodiu em abril de 2023, os preços elevados e crescentes e a devastação causada pelas fortes chuvas e inundações. A informação foi divulgada, hoje, pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Segundo o relatório denominado “Actualização Humanitária do Sudão”, mais de metade da população do Sudão (25,6 milhões de pessoas) enfrenta actualmente a fome aguda, incluindo mulheres grávidas e crianças, com “consequências fatais ou para toda a vida”.

De acordo com as Nações Unidas, as causas são as crescentes hostilidades político-militares que eclodiram em abril de 2023, os preços elevados e crescentes e a devastação causada pelas fortes chuvas e inundações.

Nesse universo, o OCHA alertou para a situação em que estão cerca de cinco mil crianças no campo de refugiados de Zamzam, que desde outubro passado não recebem tratamento médico porque tanto as milícias paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR) como o exército bloquearam a chegada de alimentos, medicamentos e “outros bens essenciais”.

Segundo o relatório da ONU, o país africano “continua a entrar numa espiral de caos” e a falência do sistema de saúde deteriorou ainda mais a situação.

O OCHA advertiu também que “o risco de surtos de doenças evitáveis por vacinação é o mais elevado desde o início do conflito, em meados de abril”, devido ao fragilizado sistema de saúde.
“O programa de vacinação infantil está a deteriorar-se e as doenças infecciosas estão a espalhar-se por todo o país”, referiu.

O OCHA lembrou que cerca de 11,2 milhões de pessoas foram deslocadas dentro e fora do Sudão desde abril de 2023, quando a guerra começou.

No Sudão, a escassez de alimentos melhora após a estação chuvosa, que começa depois do mês de setembro.

A Moldávia realizou eleições a 20 de outubro passado em que a actual presidente Maia Sandu, sem conseguir a maioria absoluta, obteve 42% dos votos contra 26% de Alexandr Stoianoglo, antigo Procurador-Geral e amigo da Rússia. Hoje, o país vai a uma segunda volta devido, também, às alegações de um esquema de compra de votos apoiado por Moscovo.

Os eleitores voltaram hoje às urnas na Moldávia para escolher entre a actual presidente Maia Sandu, pró-europeia, e o candidato Alexandr Stoianoglo, que é a favor de laços mais estreitos com a Rússia.

Apesar da actual presidente ter conquistado 48% dos eleitores, contra os 25% do antigo procurador, os votos não foram suficientes para conseguir uma maioria absoluta, e, uma vez que nenhum dos concorrentes conseguiu mais do que os 50% para uma vitória absoluta, os moldavos voltam pela segunda vez às urnas.

Após as duas votações de outubro, as autoridades moldavas denunciaram um esquema de compra de votos supostamente orquestrado por Ilan Shor, um oligarca exilado que vive na Rússia.

Shor foi condenado à revelia em 2023 por fraude e branqueamento de capitais. Os procuradores alegam que cerca de 35,8 milhões de euros foram canalizados para mais de 130 000 eleitores através de um banco russo que está sob sanções internacionais entre setembro e outubro. 

“Estas pessoas que vão a Moscovo, o chamado governo no exílio de Ilan Shor, que chegam com grandes somas de dinheiro, são deixadas à solta”, disse Octavian Ticu, um dos candidatos à corrida presidencial que foi considerado um outsider.

Shor negou qualquer irregularidade.

No mesmo dia da primeira volta das eleições presidenciais, realizou-se também um referendo nacional sobre a inclusão do objetivo de adesão à UE na Constituição do país.

O referendo foi aprovado por uma maioria de 50,35%, reforçada nas últimas horas da contagem dos votos no estrangeiro.

Nas duas eleições poderão determinar se o país candidato à União Europeia, vizinho da Ucrânia, se mantém na via pró-ocidental, apesar das alegações de que a Rússia tentou minar o processo eleitoral.

A actual Presidente Maia Sandu é a favorita para garantir um novo mandato numa corrida presidencial em que concorrem 11 candidatos. Os eleitores vão também escolher “sim” ou “não” num referendo sobre a possibilidade de consagrar na Constituição do país a sua aproximação à UE a 27.

Houve um protesto na Nigéria pelo fato de 29 crianças estarem entre os que enfrentam a pena de morte por, supostamente, participar de protestos contra a crise do custo de vida.

Os menores, com idades entre 14 e 17 anos, faziam parte de um grupo de 76 pessoas acusadas em tribunal, nesta sexta-feira, segundo avança o portal de notícias African News. 

As acusações contra eles incluem traição, destruição de propriedade, perturbação da ordem pública e incitação a um golpe militar.

Os menores teriam sido detidos pela polícia em Agosto. Quatro das crianças indiciadas desmaiaram, no tribunal, de exaustão antes de poderem fazer uma declaração. 

Os nigerianos foram às ruas em cidades por todo o país naquele mês para protestar contra as reformas económicas, incluindo o fim dos subsídios aos combustíveis e a desvalorização da moeda local.

As forças de segurança foram acusadas de uso excessivo de força durante os protestos, com o grupo de direitos humanos, Amnistia Internacional, dizendo que pelo menos 13 pessoas foram mortas a tiros em confrontos com a polícia.

Os advogados das crianças disseram que foi concedida fiança e que o caso será julgado em Janeiro.

Refira-se que pena de morte foi introduzida na Nigéria na década de 1970, mas não houve execuções desde 2016.

 

A Organização Mundial da Saúde disse, na sexta-feira, que quase um milhão de doses de vacinas contra o vírus Mpox foram alocadas para nove países africanos.

Isto segue o estabelecimento no mês passado de um Mecanismo de Acesso e Alocação (AAM) para apoiar o acesso equitativo e oportuno às vacinas contra a micotoxina na África.

“Até agora, mais de 50 mil pessoas foram vacinadas contra a mpox na República Democrática do Congo e em Ruanda, graças a doações dos Estados Unidos e da Comissão Europeia”, disse o Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado por African News. 

O anúncio foi feito no momento em que o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) informou que os casos de mpox estavam a apresentar um aumento de 500% em relação ao ano passado, afectando agora 19 países.

A OMS declarou Mpox uma emergência sanitária global em meados de Agosto, depois que uma nova cepa, clade 1b, começou a se espalhar da República Democrática do Congo para países vizinhos.

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