A Cruz Vermelha de Moçambique diz estar a enfrentar dificuldades para dar assistência aos deslocados, vítimas dos ataques armados na região centro do país, assim como das incursões terroristas na província nortenha de Cabo Delgado.
A situação, segundo o Presidente daquela organização humanitária, tem que ver com o difícil acesso às zonas para onde se refugiaram as vítimas, uma vez que ao longo do caminho intensificam-se os ataques.
Falando especificamente de Manica, Edson Macuácua, secretário de Estado nesta parcela do país, afirmou que existe o processo de deslocados internos na província que resultam dos ataques da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, que semeiam dor e luto.
A resposta da Cruz Vermelha a esse chamamento não é agradável. Aliás, para esta organização vontade e meios não faltam, mas há receio de também os seus voluntários caírem em emboscadas dos homens armados que intensificam as suas actuações, tanto na região centro, assim como em Cabo Delgado, por isso faz apenas o que pode.
“A única coisa que encontramos como dificuldade é a ida às zonas onde há conflitos, porque também temos que ter em conta a questão de acesso seguro”, referiu Avelino Mondlane, presidente da Cruz Vermelha no país.
Estas contratações foram feitas no decurso da nona sessão ordinária da Cruz vermelha de Moçambique que juntou em Chimoio representantes da organização humanitária de todo o país e parceiros de cooperação visando buscar resposta aos fenómenos que assolam o país.