O Instituto Nacional de Petróleo (INP) arranca já no próximo mês, com auditoria às contas da Sasol. O processo visa aferir os reais custos de operação declarados por esta petroquímica sul-africana que explora hidrocarbonetos em Moçambique.
O Governo moçambicano procede com o processo de certificação dos custos recuperáveis, resultantes das operações de pesquisa de gás e petróleo.
As petrolíferas Eni e Anadarko foram as primeiras a serem auditadas pelo Instituto Nacional de Petróleo. A auditoria, cujos resultados serão conhecidos até finais deste ano, é referente aos exercícios económicos de 2015, 2016 e 2017.
“Até ao momento foi finalizado e emitido o relatório referente ao exercício económico de 2015 e submetido às concessionárias para efeitos de contraditório de acordo com a Lei”, lê-se na Conta Geral do Estado de 2018, a que “O País” teve acesso.
Enquanto aguarda-se pelos resultados das auditorias à Eni e Anadarko, o INP notificou a 9 de Maio passado, a petroquímica Sasol, da auditoria que será alvo a 16 de Julho próximo.
Este levantamento será feito nas operações da Sasol nos blocos de Pande e Temane, na província de Inhambane, onde explora reservas de gás natural que é transportado através de um gasoduto de 865 quilômetros ao sul de Moçambique até à vizinha África do Sul.
Refira-se, que este processo é levado a cabo após suspeitas de custos inflacionados pelas empresas.