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Iniciou-se movimento de retorno à África do Sul na fronteira de Ressano Garcia

Foto: O País

Mais de 11 mil pessoas atravessaram, esta segunda-feira, a fronteira de Ressano Garcia com destino à África do Sul. Devido ao aumento do fluxo de viajantes, foi reforçada a capacidade de atendimento com a activação de mais seis guichés, totalizando 20.

Desde o dia 09 de Dezembro passado, dia em que entrou em vigor a operação “tsakani”, entraram no país 150 279 viajantes e saíram da mesma fronteira 85 366, o que perfaz um global de 235 645 viajantes. Esta segunda-feira, começou-se a registar o fluxo de visitantes que procuram regressar à terra do rand.

Até ao meio-dia desta segunda-feira, foram registados na fronteira de Ressano Garcia 3104 mineiros que regressaram ao trabalho.

“O dia de hoje é o início do período de pico do movimento de retorno, que estava planificado – tínhamos dito que o movimento de retorno começava dia 2 e ia até ao dia 5 – e já temos muitos viajantes a escalarem este posto de travessia de Ressano Garcia”, avançou Juca Bata, porta-voz da operação “tsakani”.

Com o movimento a crescer cada vez mais, o Serviço Nacional de Migração teve que reforçar a capacidade operativa para evitar constrangimentos aos viajantes.

“Neste ponto, temos 14 guichés em funcionamento e temos adicionalmente seis alternativos, além do canal de pedestre, daí que a força toda está preparada e estamos todos aqui. Os guichés que estão a atender as entradas, não havendo movimento, passam a atender as saídas”, acrescentou.

As autoridades esperam que o movimento comece a intensificar-se a partir desta terça-feira. Face à prevalência de enchentes, faz-se o apelo aos viajantes para recorrerem a outras fronteiras como a de Namaacha, Ponta do Ouro e Goba.

A enchente de viajantes e filas enormes de viaturas, que se prolongavam a cada instante, fizeram Narciso Matavel reclamar: “A viagem está muito complicada, já temos duas horas, não estamos a passar. O engarrafamento está pior”.

Muitos que usaram transporte semi-colectivo de passageiros para viajar foram desembarcados ao meio do caminho devido ao congestionamento. Sem opções, nada restava se não caminhar, como testemunhou Jaime Massingue que vem da província de Gaza cujo destino é Johanesburg, na África do Sul.

E nos guichês do Serviço Nacional de Migração, muitos viajantes que perfilavam para regularizar a sua saída de Moçambique. Entretanto, os mineiros têm um atendimento privilegiado. “A fila vai bem aqui nos mineiros, somos bem atendidos até ao momento”, revelou Lino Chichava, mineiro.

Segundo as autoridades moçambicanas, a demora na abertura de canais de escoamento do tráfego rodoviário do lado sul-africano é que originou o congestionamento. Entretanto, as autoridades moçambicanas e sul-africanas activaram o quilómetro quatro, o que permitiu a flexibilização do tráfego rodoviário. A fila de quase seis quilómetros reduziu-se para menos da metade em menos tempo assim que o quilómetro foi activado.

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