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Inhambane retira sete mil toneladas de lixo marinho por ano

Inhambane tem cerca de 700 quilómetros de costa oceânica, um mar que, segundo as autoridades, não goza de boa saúde.

Só no ano passado, foram recolhidos mais de sete mil toneladas de lixo marinho. Só para se ter uma ideia, em 2020 foram recolhidos 845 quilogramas de lixo inorgânico, dos quais 150 quilos de lata de alumínio, 295 quilos de vidro, 250 quilos de plástico, 150 quilos de metais e 398 quilos de lixo orgânico, sendo que todo esse lixo veio apenas da Baía de Inhambane.

No entanto, não é apenas o lixo que prejudica a saúde do mar. Outro fenómeno é a pressão da pesca que se faz no mar, bem como as artes nocivas ao ambiente que as comunidades pesqueiras usam. Essas artes são associadas, cada vez mais, à aguda escassez de pescado que se vive em Inhambane.

A secretária de Estado em Inhambane, Ludimila Maguni, explicou que os oceanos cobrem cerca de dois terços da superfície da terra, da qual Moçambique faz parte, sendo os pulmões do planeta, pois produzem grande parte do oxigénio que se respira, influenciam o clima e fornecem alimento, energia, desenvolvimento do turismo e servem de espinha dorsal para o comércio internacional.

Os recursos costeiros e oceânicos são afectados pela pesca excessiva e acções contra o ambiente que colapsam as áreas de pesca e contribuem para a extinção de espécies, tais como baleias, dugongos e golfinhos.

Aliás, Inhambane tem grandes desafios na conservação do ecossistema marinho, desde a investigação para descoberta das causas do desaparecimento das ervas marinhas em Inhassoro e, consequentemente, a redução da captura de pescado, o controlo do abate do mangal e da proliferação do lixo marinho.

Para a governante, o programa “Vamos replantar Inhambane” vai contribuir grandemente na restauração dos ecossistemas e todos são chamados a participar activamente na implementação do programa.

Maguni assegurou que estão em curso acções com vista a reduzir a pressão sobre o mar e preservar o meio ambiente, com destaque para a restauração de 33 hectares de mangal, abertura de dois furos de água nas comunidades de Mangarelane e Vuca, no distrito de Inhassoro e construção de duas estufas para a multiplicação de diversas espécies.

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