A polícia sul-africana e os imigrantes estão cada vez mais em alerta máximo devido à ameaças de actos xenófobos, sobretudo depois do assassinato de um zimbabwiano por um grupo de manifestantes anti-imigrantes.
Mantém-se o receio de mais uma vaga de xenofobia na África do Sul e os ânimos elevaram-se mais na quinta-feira, quando um cidadão zimbabwiano de 43 anos de idade, identificado pelo nome de Elvis Nyathi, foi morto por grupo de manifestantes anti-imigrantes.
O caso deu-se na província de Gauteng e o referido grupo invadiu a residência da vítima, espancou-a e incendiou tudo. Os autores deste acto ainda não foram localizados.
O assassinato do zimbabwiano ocorre numa altura em que a revolta popular aumenta contra a presença, na África do Sul, de cidadãos de outros países, alegadamente porque roubam oportunidades de emprego.
De acordo com a imprensa sul-africana, a situação está a originar pânico e coloca as autoridades policiais e os imigrantes em alerta máximo. Por isso, vários agentes da Polícia foram, esta sexta-feira, destacados para alguns pontos propensos à desordem na província de Gauteng.
Os focos de xenofobia na África do Sul intensificam-se desde Janeiro e já houve marchas organizadas por um grupo denominado Dudula, que tem estado a espalhar ódio contra estrangeiros ilegais.