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Incêndio destrói bancas e barracas no Mercado T3, na Matola

Foto: O País

Um incêndio de grandes proporções destruiu dezenas de bancas e barracas no Mercado T3 no Município da Matola. O fogo consumiu centenas de fardos de roupa usada.

O incêndio deflagrou na noite da última quarta-feira, numa altura em que quase todos os vendedores já tinham saído do mercado. Na secção de venda de lenha e carvão, onde igualmente funcionava um armazém, no qual se depositavam fardos de roupa usada, tudo foi destruído e reduzido às cinzas.

Líria Francisco, junto à sua mãe, tinha uma banca de venda de roupa usada e depositavam os fardos no armazém ora destruído. As duas estão agora desesperadas: “Da noite de ontem para hoje (de quarta à quinta-feira), recebi um telefonema a informar-me que o armazém onde depositámos a roupa estava a queimar. Mas, não conseguimos vir cá naquela alta noite, viemos cá esta manhã e perdemos tudo”.

Segundo os vendedores, o incêndio foi originado por fogo posto, este que queimou as cartolinas e papelões na lixeira e, com o vento desta quarta-feira, as chamas propagaram-se facilmente, segundo contou Judite Alberto: “Veio uma mana do interior do mercado, que vende comida, com cinza quente e deitou-a ali. Depois, a cinza originou fogo nós ainda aqui. Antes de irmos, tentámos apagá-lo e fomos para casa convencidos de que tivéssemos apagado, mas às 19h/20h ligaram”.

Adélia Balói, jovem que confecciona comida no Mercado T3, esteve presente na hora em que o fogo começou e lamenta que os bombeiros não tenham conseguido debelar as chamas. “O primeiro carro de bombeiros não conseguiu, voltou e veio o segundo que também não conseguiu. Por isso, nós, os vendedores, nos juntámos e tirámos a água dentro do tanque e começámos a ajudar para apagar o fogo.”

O Município da Matola já está a remover o lixo junto do mercado e garante o apoio aos afectados. João Mucavel, director de Salubridade naquela autarquia, disse que estava a ser feita a contabilização dos estragos.

“Neste momento, a actividade que está a decorrer é a de removermos os resíduos. Vamos sentar-nos para fazer a avaliação para podermos ver o tipo de assistência a prestar.”

O jornal O País contactou o porta-voz do Serviço Nacional de Salvação Pública, Leonildo Pelembe, para obter esclarecimentos em torno do caso, mas não foi possível.

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