As importações de Moçambique registaram uma redução acentuada em 2016, o pior ano de crise no país, com uma queda de 37,5% face a 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE).
As exportações também caíram, mas de forma mais ligeira, perdendo 2,5% face a 2015, de acordo os resumos publicados na última semana pelo organismo.
Em números absolutos, em 2016, o país exportou 3,3 mil milhões de dólares e importou 5,2 mil milhões, o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Como resultado, Moçambique diminui o défice da balança comercial com o exterior, que passou de cerca de cinco milhões de dólares para 1,8 milhões de dólares (se forem excluídos os megaprojectos, passou de 3,9 milhões de dólares para 1,2 milhões de dólares). A taxa de cobertura (exportações sobre importações) passou de 40,95% para 63,93% e de 46,3% para 73,3% excluídos megaprojectos). A descida mais significativa nos custos com importações foi registada no grupo de produtos que engloba “veículos e outros materiais de transporte”, de acordo com a designação do INE, grupo que caiu 74,38%.
Analisando para onde vai o dinheiro, durante 2016 Moçambique importou produtos de 200 países, mais 11 em relação ao ano anterior, resultado da entrada de 26 novos países e saída de 15 para a lista de parceiros comerciais em relação a 2015. Verifica-se que a compra ao estrangeiro de máquinas e aparelhos, por um lado, e de combustíveis minerais, por outro, representam 40% do valor das aquisições. A África do Sul é a origem de um terço de todas as importações, numa lista de cerca de 1100 produtos, com destaque para a electricidade com 14% do valor total e automóveis para transporte de mercadorias 3.97%.