No âmbito das novas medidas de restrição, anunciadas na quinta-feira pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, os líderes das confissões religiosas, na cidade de Maputo, consideram que a suspensão de cultos é uma medida oportuna e vai evitar que as igrejas se transformem em focos de disseminação da COVID-19.
A partir deste sábado, vigoram as novas medidas para conter a propagação da COVID-19 no país que, nas últimas semanas, tem infectado, matado muitas pessoas e causado internamentos de uma forma alarmante, devido à influência da mais infecciona e mortífera variante Delta.
Dentre as novas medidas anunciadas esta quinta- feira pelo Chefe de Estado, está a suspensão dos cultos presenciais nas igrejas por trinta dias.
Na capital do país, esta medida não surpreende os gestores das igrejas, porque consideram que salvaguardar a vida dos crentes deve ser uma preocupação de toda a sociedade, tal como defende Carlos Matsinhe, bispo da Igreja Anglicana.
“A suspensão de cultos e celebrações não constitui um problema, porque é uma medida que visa proteger a saúde de todos, proteger a vida de crentes e do povo moçambicano no geral”.
Padre Geraldo Uaiare, padre da Igreja Católica, compartilha a mesma posição da suspensão dos cultos presenciais e justifica: “a igreja católica é uma instituição que trabalha para o bem e quer o bem de todos”.
Dando seguimento a este posicionamento, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus sublinha que “quanto mais o tempo passa, nós percebemos que somos humanos e responsáveis pelas nossas famílias e pelos nossos membros, pelo que é necessário que tenhamos o cuidado”.
Mesmo com portas fechadas por trinta dias, as igrejas afirmam que já pensam em novas formas para que os crentes mantenham as actividades religiosas em outros moldes, a exemplo do seguimento de cultos por formato digital.