Um mês após “O País” noticiar que o Centro de Formação Profissional da KaTembe não estava a leccionar mesmo com as condições criadas para o efeito, a nossa reportagem voltou ao local e constatou que o mesmo já reabriu e já decorrem as aulas.
A 8 de Outubro o secretário de Estado da Juventude e Emprego (SEJE) visitou os Centros de Formação Profissional da cidade de Maputo. E um dos cenários constatados durante a visita foi a falta de alunos de Centro de formação da KaTembe. Na ocasião, Oswaldo Petersburgo mostrou-se insatisfeito por ver “um centro em condições às moscas”.
“Por isso, precisamos informar aos jovens que este centro existe, precisamos informar dos cursos e sensibilizá-los a virem fazer este tipo de formações”, recomendou o SEJE.
A recomendação foi acatada e três semanas depois as salas que antes estavam vazias já se encontram, desde 26 de Outubro, ocupadas por estudantes, num universo de 65 alunos, dos cursos de culinária, pastelaria, Pintura e Construção Civil.
Anabela Simango é uma das formandas do instituto, conta que fez a inscrição no início do ano, mas não foi possível estudar naquele momento por causa da COVID-19.
“Nesse tempo, depois de me inscrever fiquei em casa e não fazia nada, mas há semanas recebi uma chamada a informarem para voltar e cá estou, hoje”, disse entusiasmada, a formanda.
Para além de chamada às pessoas que já estavam inscritas para os cursos, foi feito também um trabalho de sensibilização aos jovens da KaTembe e não só, para que pudessem aderir aos cursos do instituto de formação, como também, foram oferecidas bolsas de estudo.
Os jovens aderiram a oportunidade. Mónica Reginaldo é uma das formandas e faz o curso de construção civil. Segundo a jovem “não tinha conhecimento da existência do curso, até que o Conselho Distrital da Juventude informar-nos dos cursos que existem aqui, aderi e estou aqui a aprender, há uma semana”.
Para a directora do Centro, Maria Emília apesar de já estarem a formar é preciso que mais jovens aproximem-se para adquirir competências.
“Estamos satisfeitos com o que já fizemos e por termos alunos, mas precisamos trabalhar mais e fazer as pessoas compreenderem a importância de estar aqui. Neste momento temos 65 formandos, mas esperamos ter mais”, referiu.
Dos 65 formandos do centro 16 são dos cursos de pastelaria, outros 16 de culinária e 32 dos cursos de pintura e construção civil e participam das aulas não só estudantes daquele distrito, como também de outros pontos da cidade de Maputo.
Ainda não há estudantes inscritos, mas o Instituto oferece ainda os cursos de informática, contabilidade e recursos humanos.