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“Idai” força adiamento da formação de brigadistas do recenseamento eleitoral

A formação dos brigadistas que devem operacionalizar o recenseamento eleitoral, previsto para decorrer de 01 de Abril a 15 de Maio próximos, está suspensa e sem uma data precisa para acontecer, por conta dos estragos causados pelas calamidades naturais no centro de Moçambique.

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), que anunciou o adiamento, cancelou igualmente o início da campanha de educação cívica eleitoral.  

Com a suspensão das actividades em alusão, o calendário eleitoral, que de vez em quando vai sofrendo algumas mexidas, deverá, por conseguinte, ser novamente revisto.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) espera inscrever 13 milhões de votantes, número que, desde já, constitui um verdadeiro desafio, na medida em que, das 11 províncias do país, a “mãe natureza” fez das suas em Sofala, Manica, Tete e Zambézia. Pelo menos 300 pessoas morreram em consequência do mau tempo.

A cidade da Beira, em particular, foi deveras vergastado pelo ciclone Idai, na noite da última quinta-feira. De lá a esta parte, o levantamento dos prejuízos decorrentes desse desastre tem sido incessante e longe de terminar.

Face a este cenário, diga-se calamitoso, o STAE recuou e disse que a formação de brigadistas para o recenseamento eleitoral, bem como o começo da campanha de educação cívica estão “suspensas até novas ordens”.

O STAE não esclarece as razões da suspensão das actividades em questão, mas sabe-se que, na prática, não existem condições para a sua materialização, por enquanto, em Sofala, Manica, Tete e Zambézia.

Aliás, os órgãos eleitorais já estavam a gerir a situação dos distritos assolados pelos ataques armados em Cabo Delgado, com vista ao sucesso do recenseamento eleitoral.

Refira-se que, esta terça-feira, a Assembleia da República (AR) adiou as plenárias desta semana para permitir que os parlamentares se desloque para a região centro com vista a acompanharem o drama humano de perto.

O porta-voz da Comissão Permanente (CP) da AR, Mateus Kathupa, reconheceu a jornalistas que a não realização das sessões que estavam agendadas para esta semana terá implicações negativas no trabalho daquele órgão legislativo, mormente na aprovação de matérias para a viabilização das eleições presidenciais e legislativas e das assembleias provinciais.   

    

 

 

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